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quarta-feira, 6 de agosto de 2025

Acabo de ler "The Conservative Mind" de Russell Kirk (lido em Inglês/Parte 2)

 


Nome:

The Conservative Mind


Autor:

Russell Kirk



Russell Kirk aqui trata de Edmund Burke. Segundo Kirk, Burke era um homem que acreditava na antiga era dos milagres em contraposição aos novos milagres fabricados pelo homem. Em outras palavras, contrapunha-se a ideia de que através da razão humana seria possível transformar homens em anjos e a sociedade em um paraíso.


Burke também possuía uma admiração pelos Whigs. Os Whigs eram pessoas que tinham um forte amor pela liberdade pessoal, uma devoção pelos seus direitos e uma devoção pela ordem. Os Whigs oposicionavam o arbitrário poder monárquico, defendiam a reforma administrativa e eram contra as "aventuras" da Inglaterra no exterior.


Toda essa ligação levou a Edmund Burke a acreditar na liberdade sobre o controle da lei, no balanceamento da ordem da comunidade e em um considerável grau de tolerância religiosa. A liberdade era fruto dessa ordem, respeitá-la era preservar essa liberdade.


Burke afastava-se de abstracionistas e metafísicos em matéria de política. Acreditava na liberdade e na ordem — que estavam intrinsecamente correlacionadas — e acreditava na prudência e experiência para a condução política. Além disso, via na sociedade uma alma. A continuidade espiritual levava-o a reformar mantendo o framework, mantendo assim também a unidade espiritual da alma social.

terça-feira, 22 de julho de 2025

Acabo de ler "The Dark Enlightenment" de Nick Land (lido em Inglês/Parte 4)

 

Nome:

The Dark Enlightenment


Autor:

Nick Land


Nick Land é um excelente comentador da obra de Mencius Moldbug. A ligação entre os dois é sempre colocada dentro desse livro, visto que Nick Land o cita o tempo inteiro. O que demonstra algum grau de proximidade e respeito.


O interessante é notar que, apesar do que dizem os intelectuais de esquerda, Mencius Moldbug não é um supremacista branco e tampouco um antissemita. Algo que eu vi muitas pessoas, sobretudo as de esquerda, associarem a ele.


A questão tratada nessa parte do livro é o universalismo, uma das crenças que compõem a fé e a doutrina democrática-igualitária moderna. Também há a questão do nacionalismo branco, no qual Mencius Moldbug afirma categoricamente não fazer parte. Embora existam também outros assuntos na estrutura desse capítulo.


A Catedral, comentada na análise anterior, apresenta-se com um mandato divino para afirmação da sua fé, uma fé que ela julga ser autoevidente e autoconfirmada — embora ela reprima qualquer questionamento a essa mesma fé. É interessante observar que a Catedral aparece com a social-democracia e uma economia cada vez mais corporativista, com uma tendência evidentemente de terceira posição e que tem uma semelhança com o fascismo, ao mesmo tempo que aparece atacando os neofascistas. Os neofascistas se correlacionam com a questão do nacionalismo branco — visto que muitos neofascistas são nacionalistas brancos.


Ao mesmo tempo que o nacionalismo branco vai crescendo na parte norte do planeta graças as imigrações em massa e as políticas ilustradas do multiculturalismo, cresce uma guerra ao politicamente incorreto — imagine quando eles descobrirem que existe uma esquerda politicamente incorreta (a alt-lefty) que vem surgindo. Essa guerra ao politicamente incorreto é fruto de uma inquisição de natureza quase religiosa, visto que o progressismo moderna é uma laicização de ideias religiosas. Essa guerra gera um aumento da database, ao mesmo tempo em que a sanha paranoica e conspiracional leva a um fechamento intelectual em que ver nuances dentro do debate — sobretudo quando essas nuances se dão em distintos grupos de direita — se torna cada vez mais difícil.