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domingo, 5 de outubro de 2025

Memória Cadavérica #13 — Underground




Memórias Cadávericas: um acervo de textos aleatórios que resolvi salvar (no blogspot) para que essas não se perdessem.


Nunca ganhei um único centavo sendo escritor. Sempre fui escritor por hobby. Ou, talvez, por vocação. Quando vejo as pessoas dizendo: "não sei se me pociono ou deixo de me posicionar de tal forma", percebo que segui um caminho mais certo. Também pouco espero de apoio social ou financeiro.


O brasileiro está sempre quebrado, quem é independente precisa trabalhar na hora extra para não receber nenhum tostão.


Não espero fama, não espero viver bem. A única coisa que se acumula são as dores nas minhas costas e o cansaço para com o debate público. Debate público que, além de emburrecer cronicamente, piorou muito.


Tenho muitas opiniões extremamente polêmicas. Guardo comigo uma série de visões que escapam, seja do exuberante patrimonialismo intelectual brasileiro — o qual chamamos de universidades públicas —, seja da direita woke e mainstream que agora cresce que nem piolho.


Eu não espero compreensão. Muito pelo contrário, afasto-me de bandos tal como o diabo se afasta da cruz e o boêmio se afasta da carteira de trabalho.

sexta-feira, 3 de outubro de 2025

Memória Cadavérica #7 — Erros Históricos




Memórias Cadávericas: um acervo de textos aleatórios que resolvi salvar (no blogspot) para que essas não se perdessem.


Nota: texto expandido para efeito de melhor compreensão.


A direita precisa começar a aprender com os próprios erros.


O bolsonarismo tentou trazer o neoconservadorismo, que havia sido atacado por conservadores-populistas e neohamiltonianos nos Estados Unidos. No período em que há o auge do neoconservadorismo no Brasil (Bolsonaro eleito), o neoconservadorismo é massivamente rejeitado pelos próprios ciclos conservadores americanos.


Do mesmo modo, no período da covid, o bolsonarismo trouxe a mesma prática embusteira de Reagan na gestão da AIDS: teorias conspiratórias a rodo e ausência de forte base científica em suas decisões. A mesma procedência duvidosa de uma direita que cresce a margem da academia e se ancora no populismo e no reacionarismo. Os resultados foram milhares de mortes e o afastamento de vários acadêmicos do conservadorismo.


A UDN errou a trazer um liberalismo do século XIX, datadíssimo, nas eleições contra Vargas. Quando perdeu, contestou as eleições. Isso remete ao bolsonarismo trazendo o neoconservadorismo em vez do conservadorismo populista ou neohamiltoniano e ao Aécio e Bolsonaro rejeitando os resultados das urnas. Se a UDN trouxe um liberalismo do século XIX no século XX, Bolsonaro trouxe um conservadorismo do século XX no século XXI.


Existe um nuance: o discurso bolsonarista é populista, estilo trumpista. A prática governamental é neoconservadora e a militância bolsonarista é associada à direita woke. De resto, em relação econômica, ele foge da Nova Doutrina Econômica Conservadora (American Compass), que é um retorno ao conservadorismo hamiltoniano (o chamado neohamiltonianismo).


O bolsonarismo pega os piores elementos da direita do passado e junta com os piores elementos da direita do presente.