terça-feira, 21 de maio de 2024

Acabo de ler "Em Defesa de Stalin" de Vários Autores (Parte 16)

 


Voltamos a análise do Instituto Marx Engels Lenin sobre a vida de Stalin (páginas 233 à 236). Mais uma vez, nos deparamos com a pergunta: quem foi Stalin? Essa pergunta, repetida infinitamente, tem um esforço mais pedagógico do que uma função de mantra. Nossa investigação, até o presente momento, nos indica alguns posicionamentos:

1- Stalin foi mais relevante do que se supõe;

2- Stalin foi um revolucionário ativo e que participou em posições estratégicas cruciais;

3- Stalin não era um homem inculto, muito pelo contrário;

4- Stalin tinha notável domínio acerca da teoria marxista;

5- Stalin foi um homem disciplinado e estudioso;

6- Stalin foi um hábil estrategista geopolítico, compreendendo as distintas nacionalidades e seus respectivos problemas.


Ora, é um quadro infinitamente distinto do qual usualmente pintam. Stalin foi formador de muitas nacionalidades soviéticas e promoveu a elevação delas a povos reais. Isto é, ajudou no desenvolvimento de sua autonomia. O seu desenvolvimento, por sua vez, era mais benéfico que o estado anterior de submissão ao império czarista. Só esse fato já demonstra a genialidade de Stalin na compreensão dos povos que existiam ao redor da Rússia e a sua capacidade de compreensão geopolítica elevada.


Outra condição: Stalin não era muito dado a violentas abstrações. Enquanto Trotsky falava sobre a necessidade duma revolução permanente e priorizava a revolução europeia, Stalin falou sobre a capacidade russa de ter a sua própria revolução e criar um desenvolvimento socialista. Ou seja, não caiu na vaga hipótese duma revolução proletária na Europa – condição essa que nunca chegou a ocorrer de fato e que demonstra a capacidade política de Stalin de não cair em abstrações e hipóteses demasiadas.


É fato notável que Stalin não era incompetente. E se ele usou teorias e técnicas de adversários, isto não é um ponto negativo: reconhecer o mérito de rivais, apesar da discordância pontual, não é só maturidade política, também é sinal de maturidade intelectual. Dito isto, a forma de Stalin aparece de forma nova: uma muito mais benigna e menos violentada pelo ressentimento político.

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