Mostrando postagens com marcador internet. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador internet. Mostrar todas as postagens

sexta-feira, 4 de julho de 2025

Acabo de ler "Hauntological Warfare" de Roy Uptain (lido em inglês)

 


Nome:

Hauntological Warfare: Explorations in Propaganda, Influence Campaigns, and Online Affect


Autor:

Roy Uptain


"Hauntological Warfare" poderia ser traduzido como uma guerra fantasmalogical. O artigo trata da forma com que a sociedade ressuscita símbolos do passado para utilização narrativa no presente. Há uma conexão entre passado, presente e futuro que se influenciam narrativamente, moldando a percepção e o agir humano.


Atualmente uma das principais questões da contemporaneidade é a opacidade da informação que é massivamente compartilhada, gerando redes e mais redes de feedback, além da incapacidade cada vez maior diferenciar propaganda, vigilância e guerra psicológica. Existe, além disso, uma mistura e uma conexão cada vez maior entre o soft power e o hard power: o algoritmo, o conteúdo, a manipulação afetiva e a amnésia histórica se misturam tenebrosamente.


A sociedade americana vem entrado no chão "realismo das pyops". Eles perceberam que são alvo constante de massivas propagandas e vigilância. A paranoia e a desinformação não são apenas mais ferramentas estratégicas, mas também condições ambientais.


Não muito estranhamente, vários sites são observados realizando estranhos movimentos. Eles utilizam uma estratégia subversiva que mescla metanarrativas, mitologias culturais e conspirações políticas para consolidar uma mensagem. Fantasmas do passado e hipóteses do futuro aparecem lado a lado para influenciar o presente. Enquanto isso, armificam medos e fobias para criar narrativas e contra-narrativas.


Creio que para nós, brasileiros, é de suma importância pensar acerca de uma crescente atmosfera semelhante em nosso cenário.

domingo, 7 de julho de 2024

Acabo de ler "8chan, a Twitter-Fossil" de Susana Gómez Larrañaga (lido em inglês/Parte 4 Final)

Nome completo do artigo: 8chan, a Twitter-Fossil: A post-digital genealogy of digital toxicity


É preciso que tenhamos uma capacidade de investigar a propagação da informação sobretudo em locais altamente descentralizados e desregulados da internet. Apesar da autora estar falando sobre o 8chan e a ausência de mecanismos de regulação para frear a propagação de mensagens tóxicas, a mesma realidade também é observável no Brasil – o movimento channer nacional não é tão fraco como se usualmente pensa. Se não há um mecanismo que identifique a linguagem de determinados grupos sociais, sobretudo grupos particularmente nocivos e criadores de movimentos antissociais, a própria sociedade acaba correndo riscos e sendo vítima da movimentação dessas pessoas.


É evidente que precisamos considerar os aspectos predecessores que os levaram a se tornar o que são e a própria humanidade dessas pessoas, mas elas devem ser presas ou tratadas. Ignorar esse fato é deixar que acumulem mais poderes e mais táticas, garantindo que criem metodologias sócio-colaterais cada vez mais sólidas e perniciosas ao funcionamento da própria sociedade. Assim sendo, temos que compreender que há uma codependência entre o online e o offline. 

Acabo de ler "8chan, a Twitter-Fossil" de Susana Gómez Larrañaga (lido em inglês/Parte 3)

 


Nome completo do artigo: 8chan, a Twitter-Fossil: A post-digital genealogy of digital toxicity


Atualmente se discute muito a questão dos efeitos tóxico-colaterais de certas mentalidades na sociedade. A propagação de ideologias tóxicas se dá muito pela possibilidade que a própria internet fornece. Estamos, como já alertado, presos no dilema da liberdade individual e da segurança pública. Se existem sites em que vemos uma constelação de postagens de conteúdo nocivo surgindo, o que poderíamos fazer se não combatê-los? As antigas soluções do liberalismo clássico muitas vezes desconsideram as implicações psicológicas e sociológicas do discurso e a sua influência no indivíduo concreto ou em agrupamentos sociais. As postagens tóxicas – e a propagação do ideário tóxico – tem efeitos sócio-colaterais, na esfera individual e social, podemos discordar sobre como lidar com isso, mas não podemos discordar que tal problema exista.


Hoje em dia precisamos pensar para além dos antigos dilemas e das antigas soluções. Além disso, devemos superar as barreiras ideológicas e propor uma solução que seja agradável ao bem comum. Não uma solução que seja exclusivamente coletivista ou individualista. Não se trata de esmagar o indivíduo ou a sociedade, mas se trata de colocar uma solução que possibilite o indivíduo viver ao mesmo tempo que cuide do anseio social.

quarta-feira, 3 de julho de 2024

Acabo de ler "Epic Win for Anonymous" de Cole Stryker (lido em inglês/Parte 4)

 


A internet é a criação de vários projetos. Ela nunca foi muito unificada quanto a visão de seus portadores. Não há um senso dirigente geral. Existe apenas uma mescla de várias variações que saúdam umas as outras ou se afastam. Existe uma tradição virtual daqueles que não gostam do funcionamento da vida real: somos muitas vezes marcados por laços e traços de identidades que nos classificam, várias vezes de forma errônea, sendo julgados muitas vezes por condições que nem sequer fomos nós que escolhemos.


Qualquer um que tenha estudado, trabalhado ou vivido em sociedade sabe: somos classificados e hierarquizados o tempo todo. A existência de fóruns que permitam uma não identificação permitem que outros julgamentos possam vir a ser feitos. Esses julgamentos não se baseiam mais na beleza, no porte físico, na capacidade financeira ou na cor dos olhos. Eles pertencem exclusivamente ao âmbito das ideias. É assim que se pensava a Usenet e Futaba, e é assim que também se pensou inicialmente o 4chan.


Não existem muitas leis, nem muitas regras. Ninguém te conhece, nem te julga. Você pensa o que quer e joga aquilo que quer por lá. Não há muita restrição, tão somente interação. Esse seria o ambiente de possibilidade criativa perfeita, com toda envolvente dinamicidade de anônimos conversando entre si. Essa possibilidade de internet foi a internet que o mundo perdeu.

domingo, 30 de junho de 2024

Acabo de ler "4chan & 8chan embeddings" de Vários Autores (lido em inglês/Parte 2 Final)

 


O artigo analisado foi escrito por:

Pierre Voué ( pierre@textgain.com ) has a master’s degree in Artificial Intelligence and works as a data scientist at Textgain, studying Salafi-jihadism and right-wing extremism.

Tom De Smedt has a PhD in Arts and is CTO at Textgain, focusing on Natural Language Processing. He was awarded the Research Prize of the Auschwitz Foundation in 2019.

Guy De Pauw has a PhD in Linguistics and is CEO of Textgain. He has over 20 years of experience in Natural Language Processing and Machine Learning.

–––


Atualmente sei pouco sobre "hackearias", mas pelo que entendi: os criadores desse artigo criaram mecanismos para rastrear e mapear os usos linguísticos do "chanspeak". É evidente que com tal mecanismo é mais fácil de compreender e identificar os portadores do chanspeak. Logo os apitos de cachorro seriam mais facilmente identificados, possivelmente até pela Inteligência Artificial em um futuro próximo. Identificando a utilização de linguagem tóxica, podemos rastrear a movimentação desses grupos sociais e impedir que causem distúrbios. O que é uma utilização bastante inteligente para a tecnologia.


É notório que uma mecanismo de busca que identifica e classifica sistemas linguísticos de grupos sociais determinados pode parecer problemático. E de fato o é a depender da conjuntura. Se, por exemplo, esse mecanismo fosse utilizado para a repressão sistemática de socialistas ou liberais teríamos uma utilização negativa dessa técnica. É preciso delimitar o que é uma "diferença teórica" e o que é um desenvolvimento criminológico e propriamente tóxico. O uso da tecnologia, em mãos erradas, pode ter um lado bastante obscuro.

segunda-feira, 24 de junho de 2024

Acabo de ler "Epic Win for Anonymous" de Cole Stryker (lido em inglês/Parte 2)

 


O que é a internet? Um local maravilhoso cheio de pornografia e um punhado de futilidade. Talvez um mundo aberto para a livre exploração. Ou talvez um desenvolvimento de uma potência que se fez morta. De qualquer modo, é possível ter acesso a muitos dados de qualidade ímpar. Todavia quem lerá o conteúdo qualificado com tanta coisa divertida que rapidamente se prende a nossa consciência como um macaco numa árvore para fugir dum predador feroz?


O que há na internet se não uma série de possibilidades que, na maioria das vezes, não se concretiza? O desejo inicial do criador do 4chan era um local para discutir a cultura otaku. Essa intenção primária foi sabotada pelo próprio fluxo natural do tempo. E acabou por se tornar algo muito maior: um fórum com uma potência gigantesca onde variados agrupamentos sociais postam anonimamente.


O criador do texto se perdeu tão logo quanto ganhou seu primeiro computador e começou a pesquisar conteúdos na internet. Sua vida se dividiu entre pornografia e games. É claro que houve um desenvolvimento intelectual nesses enormes tutoriais de jogos – na época de forma textual e não audiovisual – e muita, muita e muita pornografia. Não posso dizer, analisando-me biograficamente, que não sofri de processo semelhante.


De qualquer modo, o 4chan veio para instaurar uma condição bastante nova. Isto é, a condição dum faroeste virtual onde as suas visões importam mais que seu status virtual. É o anonimato que possibilita a livre circulação de ideias em um ambiente anárquico. Vaidades sociais pouco importam nesse processo.

quarta-feira, 10 de novembro de 2021

O Trágico Fulminante #1 - Sou um reacionário digital!


    

    A internet já foi incrível. Ao menos, em minha visão amargurada pela idade, a internet foi incrível. Lembro-me de que, quando jovem, acessava a minha net discada e ficava aguardando o carregamento de vídeos do animatunes e mundo canibal. Toda essa espera, gerava uma expectativa que, usualmente, era correspondida com minhas risadas durante o vídeo - mundo digital era tão reacionário que não se resumia ao YouTube. Naquele tempo, não se tinham propagandas em vídeos e todo mundo tinha um discurso mais ou menos politicamente incorreto. Não, isso não era gerado por um consciente fanatismo político de ódio conjurado, mas duma ação mais ou menos "natural" e "inconsciente". Havia-se politicamente incorreto sem militância politicamente incorreta, já que o politicamente incorreto não tinha forma ativa e pensada, era só o "discurso normal" e "corrente". Hoje, o politicamente incorreto é um fetiche intelectual entre vários outros fetiches tão idiotas quanto. Quando havia propaganda, era uma coisa interna do próprio produtor cultural previamente combinada. Seria reacionário de minha parte propôr que era melhor assim? Acessava uma carralhada de sites que, em minha concepção, eram incríveis.

    Passei horas a fio lendo artigos da Desciclopédia, vendo o humor refinado de Felipe Neto no "Não Faz Sentido" e aprendendo a ser um "hater". Naquela época, o "hater" era uma pessoa que lia e correspondia o mundo com o seu ódio refinado, ódio que advinha de tempos de sofisticação na arte do ódio. Era-se preciso odiar tudo que era gostado por uma maioria que acreditávamos ser burra menos capacitada intelectualmente: Restart, Cine, Funk e outras coisas que nós, em nosso reacionarismo inconsciente e "natural", tínhamos o dever moral de odiar. Não que a gente odiava, o ódio era apenas um fetiche expressivo do qual ninguém poderia escapar sem deixar de ser um pleno cidadão cibernético. E pensar que tudo isso seria levado a uma problematização esquerdizante constante, hoje se vê um discurso de esquerda adornando até mesmo a retórica de fãs fanatizados pelo Kpop. Na verdade, quando odiávamos algo, odiávamos por não considerarmos "profundo" e "inteligente o suficiente". Em meu tempo, o funkeiro não nos responderia citando a Escola de Franque, o Fruta Frankfurt.

    O mais icônico disso, era que éramos todos normativistas incomensuráveis. Queríamos a gramática normativa e exigíamos que a leitura fosse algo habitual. Odiávamos por uma simples crase, atacávamos por uma mera confusão momentânea de "mais" e "mas". A palavra "analfabeto" aparecia em quase todos os sites como se fosse onipresente. E sei que isso era meio que idiota de nossa parte e que estávamos meio errados nisso, só que tínhamos isso como um esforço civilizatório que almejava a elevação da cultura humana. Anseio que era bom, embora delirantemente excessivo. Hoje, nessa nova grande era cibernética, odeia-se qualquer coisa que tenha mais de três linhas. O novo cidadão cibernético é aquele que lê pouco - ao menos não lê textos que possuam mais de três linhas, embora seja vítima um consumidor de microleituras que se sucedem nauseabundamente -, escreve informalmente e odeia qualquer escrita formal. Escrever formalmente é sempre, sempre e sempre um pedantismo odiável e execrável a ser condenado pela Inquisição Digital. Se alguém aparecesse, em meu antigo tempo, dizendo que não lia mais de três linhas, era chamado de imbecil ou qualquer outra coisa que afigure alguém desprovido de inteligência. Não mais, não mais hoje: o progresso é tanto que a leitura contínua é dispensável e tudo deve se reger por memes e microleituras. A microleitura e não aquela babaquice reacionária que chamamos de livro, é o auge, o ponto culminante do pensamento humana dessa civilização cibernética-progressa. No meu tempo não, a gente discutia por linhas e mais linhas, horas sem fim. Parecíamos como que desocupados que se ocupavam de abstrações que, hoje, soam tão desnecessárias quanto imprudentes. Em meu tempo - e parece que não sou mais do tempo em que vivemos, parece até mesmo que fiquei preso num passado como um louco delirante - não se podia e nem se devia resumir todas as linhas políticas num meme que tinha, como fim, o cômico. Aquele que postasse memes o tempo todo, acreditando ganhar o debate, seria chamado de "pomba-enxadrista".

    Não é que o cômico não existisse, não é como que fôssemos pessoas pedantes presas num verborreia vergonhosa, o cômico só era cômico por sua sofisticação e sua oposição declarada. Era preciso ser sofisticado, escrevendo corretamente e dando críticas que eram feitas por eruditismo. A gente "adorava" demonstrar que odiávamos, só que odiávamos com uma substancialidade que hoje é estranha aos novos cidadãos digitais. Não que a gente fosse pedante, era apenas a nossa forma expressiva. Expressar-se longamente, demonstrando um "poderio intelectual", era considerado melhor. Hoje não, hoje o progresso afirmou que o desenvolvimento dialógico não poderia ter mais de três linhas e que tudo poderia ser resolvido com memes de uma única frase que tem, por objetivo, reduzir realidades monumentais em apenas microleituras de efeito cômico e satirizante. Hoje a microleitura é tão presente quanto onipresente. Tal como é a pornografia que estende o seus braços não só para pessoas com mais de dezoito anos, já que o progresso civilizacional exige que pessoas com cada vez menos idade possam "gozar pra valer" com a nossa civilização progressista hiperssexualizada e hipergâmica. Ah, meus velhos tempos, se alguém fosse tão hiperssexualizado e hipergâmico, acreditaríamos que ele estava preso nalgum estado delirante e hipnótico que o fizesse repetir: "sexo", "sexo" e "sexo" como um mantra religioso. Isso, ao contrário de hoje, diagnosticar-se-ia como "idiotice".

    Como tudo se moderniza, para o bem e para o mal, e como o novo se torna velho e o velho reacionário, virei um reacionário digital. Quando vejo alguém reduzindo discursos políticos a memes condensados com microleituras, afeto-me por tamanho "reducionismo". Quiçá, seja eu, um imbecil que só entende coisas quando escritas com "longevidade". A microleitura não me agrada, os memes muito menos. Sou antiquado demais para me acostumar com tanta microleitura dispersa e que me parece "superficial" - perdoem-me pelo meu reacionarismo antiquado. Quando vejo que a internet agora se limita a duas grandes corporações: Google e Facebo..., ah, perdoem-me, todo mundo agora tem direito a nome social e o Facebook, em sua pós-modernidade, descobriu-se feminino e chama-se agora "Meta". Como ia dizendo, nessa civilização progressa, o monopólio tornou-se o cume da civilização cibernética e agora tudo é "Google" e "Meta". Ah, os tempos modernos... Em meu reacionarismo ululante, em meu reacionarismo fanático, não curto que as coisas se resumam a esses progressistas monopólios que reduzem o mundo digital a quase duas empresas. Eu devo ser um "pequeno burguês" clamando a favor das pequenas propriedades privadas em bravatas contra o comunismo monopólico virtual. Ah, em meu tempo, em minha mocidade, o comunismo não era um monopólio de grandes corporações digitais, mas uma propriedade comum e popular - ah, como as concepções ideológicas se atualizam com o passar inexorável do tempo.

    Eu me tornei um reacionário cibernético, não por escolha, mas por um amor a uma antiguidade participante de um certo período temporal de minha vida. Olhar que o mundo cibernético saiu de uma rede de sites ligadas a uma certa individualidade humana - e, talvez, garantidora da singularidade humana - para um grande corporativismo que parece mais ser uma guerra fria de "Meta" e "Google", desagrada-me. Ver discursos políticos reduzidos a microleituras que tem sempre, simplesmente sempre, um "efeito cômico" - ou seria "efeito memético"? - que reduz realidades intelectuais a um fantochismo grosseiro onde se destrata o "inimigo" com piadinhas cheias de estereótipos me deixa enojado. Eu sempre quis argumentar e discutir, mas cada argumento que solto em linhas é respondido com "mais de três linhas, eu não leio". Já que mais de três linhas, hoje, é pedantismo. Tudo com mais de três linhas é "textão". Ah, como era bom ir na Desciclopédia e ver artigos com mais de dez parágrafos para dar risadas e mais risadas. Se classifico meu tempo como "bom" ou "melhor", talvez seja pelo fato de que estou ficando velho e reacionário.

    É, meus caros, tornei-me um odiável reacionário digital, sonhando com os áureos tempos de outrora. Se eu disser que a internet hoje é decadente, que a monopolização dos sites por dois grandes agrupamentos que entram numa constante "guerra fria" me dá nojo, que microleituras me parecem nauseabundas e desgostosas, que tudo ter formato de meme é algo meio forçado e que estamos sendo vítimas de uma constante bestialogização, talvez eu não soe só antiquado, como velho e um emissor daquilo que se chama de um "discurso de ódio". Pena dizer isso, só que é exatamente isso que "vejo" - ou "sinto" - na internet moderna - é insuportável acessar qualquer site. Acho que, no fim, terei de voltar para as cavernas trevosas chamadas livros - essas coisas reacionárias que possuem textões, já que tem mais do que três linhas - e dialogar com autores através de escritas em meus cadernos. Serei um eterno lunático em manifesta solidão, um homem que vive na "Idade das Trevas", um autoexilado do mundo virtual por seu reacionarismo ululante, fanático, odiável, trágico e deprimente. Sim, meus caros, eu sou um reacionário digital.