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terça-feira, 9 de novembro de 2021

Acabo de ler "Drácula" de Bram Stoker, versão adaptada por Leonardo Chianca e ilustrada por Rogério Borges.



    Acabo de ler "Drácula" de Bram Stoker, versão adaptada por Leonardo Chianca e ilustrada por Rogério Borges.


    Uma fantástica curiosidade é que Bram Stoker passou os primeiros oito anos de sua vida deitado na cama por uma doença que não pôde ser diagnosticada pelos médicos. E sua mãe lhe lia contos de fadas, histórias de fantasma e apavorantes histórias de epidemias. Creio que tal experiência lhe proporcionou o corpo de sua obra literária.


    O que é o vampiro? Segundo a própria definição encontrada no livro após o final dele é: "uma alma aflita de um suicida, de um criminoso, ou de um herege, que saí de sua sepultura à noite, em geral sob a forma de um morcego, para beber o sangue de seres humanas". Imaginem uma figura conturbada pelas ideações suicidas, pela sua ideias heréticas e pelos crimes que lhes são inescapáveis devido a sua natureza corrompida. O vampiro é vítima de seu vampirismo e seu vampirismo é uma condição agônica que lhe faz fazer mal a sociedade como um todo. Sofrimento inescapável, vítima e algoz. 


    O vampiro é, sempre, uma pessoa ilustre que, por sua condição "demoníaca", escora-se em sua própria "arte das trevas" e sofistica-se no mal. O vampiro é aquele que adquiriu erudição nas "artes sombrias". Só que ele não faz isso por querer, mas pelo erro que lhe é inerente pela sua condição amaldiçoada. O vampiro é, como já dito, vítima e algoz. Vítima da sociedade, que não o compreende. Algoz dessa mesma sociedade, a qual parasita.


    Sendo um ser eminentemente sedutor, seduz as pessoas incautas e leva-lhes para roubar o sangue. O vampiro seduz, depois parasita. A sua chave de viver é o parasitismo a qual não pode fugir. Só acorda nas trevas e só vive nas trevas, seja nas trevas da noite e em seu coração. A luz, seja a luz do dia ou a luz do bem, o queima e mata-o. Logo, só pode ser um ser da noite, sempre fugindo eternamente da luz. Como tal, vive numa eterna noite sem paz. Talvez, intimamente, desejando o bem que não pode ter e aperfeiçoando-se nas "artes das trevas". Criatura fantástica, demoniacamente fantástica, vítima de sua própria natureza e perpetuadora do mal que é vítima.


    O vitimado é, também, um eterno algoz. Preso eternamente num mal.

sábado, 16 de outubro de 2021

Acabo de ler "Teoria da Literatura" de Roberto Acízelo de Souza.




    Acabo de ler "Teoria da Literatura" de Roberto Acízelo de Souza.

    Sempre passei pela ala que focalizava a teoria literária com enorme desinteresse. Nunca pensei que um dia eu estudaria teoria literária e curtiria. Esse livro me entregou parte de um conhecimento que eu quero continuar a ter como salutar pelo resto de minha vida, já que eu amo a ficcionalidade, a escrita poética ou artística. Estudar teoria literária me ajuda a compreender um universo que já amo, que é a literatura. Só que ele aprofunda o conhecimento da literatura e é basicamente isso que eu precisava hoje.

    Um dos trabalhos que quero fazer é relacionado a vida intelectual como uma relação não só de adquirir conhecimento seja prático ou teorético, mas como algo profundamente relacional e profundo. Quero desenvolver a ideia da vida intelectual como uma relação que se trava, um processo não só de conhecimento, mas de convivência. Só que até ler esse livro eu não sabia como eu faria isso e graças a ele, tudo parece se esclarecer.