quinta-feira, 31 de março de 2022

Psicologia Aplicada de Freud - Capítulo 1: A Vida de Sigmund Freud (pág. 9 a 29)

 



A compreensão do fenômeno da psicanálise não seria completa sem a vida que teve o seu fundador. Não por acaso, esse livro se dedica a ela nas primeiras páginas. E, sem querer ser puxa-saco, que baita vida, meus caros.

A vida de Freud é um exemplo: ele é símbolo de uma resistência. Só que essa resistência se manifesta multiplamente: resistência intelectual, resistência em autocompreensão, resistência investigativa, resistência amorosa. Freud não era um acadêmico que buscava a compreensão da realidade exterior sem compreender a realidade interior. Talvez, por isso, tenha manifesto uma genialidade difícil em nossa época de baixa autocompreensão.

Freud era perseguido por várias vias: pela Igreja Católica, que o julgava perverso; pela academia mecanicista, organicista e darwinista que não aceitava o fato de que a sua suposta racionalidade perfeita inexistia por causa da natureza mesma da mente humana que é ditada majoritariamente por fenômenos inconscientes; e, por fim, pelos nazistas que odiavam Freud pelo simples fato de ser judeu. Nada disso o impediu de continuar, muito pelo contrário: serviu-lhe de força motriz.

Freud viveu perseguições que o seguiram por toda vida, só que no final dela de natureza maior: a barbárie nazista buscava-lhe incessantemente. As dores da primeira guerra não foram suficientes, tinham que ser maiores por causa de Hitler e o ressentimento alemão. Mesmo assim, Freud continuou. Claro que não sem a pressão. Seus livros foram queimados, amigos e familiares perseguidos. Sua atividade foi cerceada.

Com tudo isso, esse homem ergueu o mundo que o odiou e o tiranizou em suas costas e caminhou com ele em sua notável produção intelectual, que se tornou ainda mais notável no período de maior ausência e precariedade. Ele encarou o mundo, dentro e fora de si. Seguiu o lema filosófico do Oráculo de Delfos: "conhece-te a ti mesmo". Com isso, foi magistral, seja no sentido de autocompreensão ou de compreensão da realidade exterior.

quarta-feira, 30 de março de 2022

Notas do Gamesolo #1 - Digimon Rumbe Arena

 



Não me lembro muito bem em que ano joguei Digimon Rumble Arena pela primeira vez. Não me lembro também da idade, mas eu deveria estar com 10 ou 11 anos. No dia, um amigo de minha irmã mais velha trouxe um PS1 aqui em casa. O jogo que, de longe, mais curti era exatamente ele. Até hoje é um dos meus jogos favoritos, chego a zerá-lo quase uma vez por ano.



Era uma boa época. Ninguém falava de sexo ou namoro como pauta existencial absoluta, boletos ainda não existiam e eu tinha pesadelos com a imagem do zumbi que apareceu no jogo do Resident Evil - e não com a política nacional ou internacional. Minha maior frustração era ter apanhado do amigo de minha irmã durante aquela gameplay. Sinto saudades de quando o maior drama existencial era a pergunta se zumbis eram reais.





Quando conheci o jogo, conheci o 3D. Na época, só tinha jogado Super Nintendo, Mega Drive, Master System e Nintendinho. Jogos 3D eram puramente revolução, ao menos em minha cabeça oca e de baixo orçamento. Já havia PS2, já havia até Xbox 360. 

quinta-feira, 24 de março de 2022

Verdetextomania #1 - MEU DEUS DO CÉU, COMO EU ODEIO TEOLOGIA!

 


>abra um livro de um teólogo

>comece a ler

>"pô, que legal o pensamento teológico"

>frases legais, maneiríssimas

>de repente, uma citação

>aparece um número: "1", "2", "3"

>cada um desses números fazem referência a um capítulo e versículo da Bíblia

>"lá vamos nós, né, mêo?"

>abre a sua bibliazinha

>procura o capítulo

>procura o versículo

>lê

>menos de dez palavras depois, outra citaçãozinha da Bíblia

>"ah, mas ele vai citar a Bíblia diretamente, não é?"

>NÃO

>vamos lá, pega a Bíblia de novo

>a primeira citação foi ao antigo testamento

>essa é do novo testamento

>vai lá, vamos pro Novo Testamento, lê o versículo

>"ah, mas eu não entendi direito"

>lê todo capítulo então, por que não?

>volta pro livro do teólogo

>menos de cinco palavras depois, outra citação

>"ah, tá muito chato esse negócio de abrir a bíblia o tempo inteiro"

>beleza, pega a Bíblia do app do seu celular

>mas eu não tenho a Bíblia no meu celular

>baixa lá o aplicativo

>pô, mas o livro bíblico citado não aparece no aplicativo da Bíblia

>você baixou a Bíblia protestante, baixe a Bíblia católica

>leia o capítulo e o versículo

>na Bíblia do celular é mais rápido

>foi mais rápido, né?

>tá pegando o jeito, safadinho

>você passou da primeira página do livro do teólogo

>agora pega a segunda página

>sete citações indiretas a bíblia

>você olha no campo de referências

>elas indicam cada capítulo e versículo específico

>você terá que ir no seu celular de novo

>vai e olha cada um

>dez minutos depois, você sai da segunda página após ter lido cada capítulo da Bíblia citado indiretamente

>faça isso na terceira, quarta, quinta, sexta página

>meu Deus do céu, que burocracia sem fim

>uma hora e meia de leitura

>você só leu dez páginas do livro

>"por que esse santíssimo autor não citou a Bíblia diretamente?"

>"ah, ele é um erudito na Bíblia, né, mêo?"

>você acaba desistindo do livro do seu querido teólogo

>você joga álcool no livro

>você queima o livro

>você para tudo após xingar o autor mil e quinhentas vezes

>agora você vai lá e assiste um anime

>é menos burocrático, é mais fácil

SIM, EU ODEIO TEOLOGIA!

TOLERÂNCIA MODERNA É AUTOMARKETING MORAL DE CHARLATÃES!




Só existe um tipo de aceitação: aquele que você aceita o que rejeita. Quando um esquerdista ou liberal abre a boca para falar de "aceitação", só fala em coisas que ele aceita e quer que sejam aceitas, mas nunca de coisas que não aceita e que, para processos de abertura fática, deveria aceitar. Logo isso não é aceitação, é imposição. Longe de ser uma alteridade, é um imposição em que se força algo que já se crê. Todo discurso se estrutura numa falsidade: além de não ensinar tolerância real, ensina-nos intolerância. Uma pessoa que crê num estado laical, onde a religião é puramente privada e de deliberação pessoal não é uma pessoa tolerante por defender isso, já que defende algo que já aceita e acredita. Tolerância seria ele aceitar que existem estados de índole religiosa e que isso depende da autodeterminação do povo que assim o quis. Seria tolerância se ele aceitasse pessoas de índole monárquica religiosa e aceitasse a ideia de que pessoas podem viver num estado religioso confessional.

TOLERÂNCIA É DIFERENTE DE ACEITAÇÃO!

Toleramos só aquilo que não gostamos, não existe tolerância para aquilo que já aceitamos. Um homem que come tortas de limão por gostar delas não é uma pessoa tolerante com tortas de limão, já que as ama. Do mesmo modo, um homossexual que diz ser tolerante com a comunidade homossexual está em contradição consigo mesmo - como tolera algo que faz parte? Quem pede tolerância, quer que as pessoas que não aceitam o que elas são ao menos a ignorem. Quem quer aceitação, quer que as pessoas que a odeiam as aceitem. Só que quem quer tolerância e aceitação quer, usualmente, uma condição passiva do próximo: ela só recebe o ordenamento daquele que exige, sem que haja um feedback de sua parte.

NÃO CAIA NAS BOBAGENS MODERNOSAS!

Qualquer pessoa que se diz aberta, está fechada. Abertura é um processo de negação de si mesmo, depois da abertura vem a integração: aquilo que se era rejeitado passa a integrar o horizonte de consciência do sujeito. Só que depois que foi aceito, não é mais abertura: tornou-se parte integrante do sujeito. Abertura é sempre negação de si, alteridade para com aquilo ou a pessoa que se nega. O resto é falsidade pura, automarketing moral. E o que define o automarketing moral é a própria falsificação do discurso que altera as coisas do que são para o que gostaria que se fosse. Quando você ver grupos "tolerantes" e "abertos", saiba que não têm nada de tolerância ou abertura.

A COMPREENSÃO DE ATO E POTÊNCIA!

Ato é aquilo que já foi realizado, potência é aquilo que pode ser. Uma árvore é potencialmente uma cadeira até que se torne uma cadeira em ato. Quando se tem uma abertura, "atualiza-se a potência". Aquilo que "poderia ser" torna-se aquilo que "se é". É por isso que a abertura começa com uma negação de si mesmo e depois uma integração que se torna parte constitucional de si mesmo. Só que depois que se integra, não é mais aceitação. Aceitação é processo, depois dela não é mais aceitação, é um enraizamento. Quem fala de tolerância, aceitação e abertura usualmente não defende esse processo para si mesmo: defende-o para o outro, o outro que sempre deve subordinar-se a sua "visão superior de mundo". É um processo de dominação com duplipensar (1984), onde se defende exatamente o oposto do que se defende: "fechamento é abertura", "tolerância é o que se aceita". Uma loucura conduzida em larga escala por charlatães.

quarta-feira, 16 de março de 2022

Acabo de ler "Homens sem Mulheres" de Haruki Murakami



Ler Haruki Murakami é sempre uma tarefa grata. O autor, já indicado ao prêmio Nobel de literatura, é simplesmente um gênio inigualável que goza de um estilo potente, sobretudo no aspecto subjetivo.

O livro conta com uma série de contos de homens que não têm mulheres. Não no sentido que não possuam nenhuma relação social, sexual ou romântica com mulheres. É no sentido de que o relacionamento não entra num tom mais perpétuo, num "relacionamento mais sério" (não, não vou entrar na polêmica do relacionamento aberto ou poliamor). Se questiona sobre o casamento, casar ou não tem a ver com isso, só que não inteiramente. De qualquer modo, são homens que não possuem um relacionamento muito estável.

Talvez o livro vá de encontro com a vida pós-moderna ou líquida, já que o termo modernidade líquida não é o mesmo que "pós-moderno" (esse pressupõe superação da modernidade). Ele vai de encontro com as relações de hoje: sempre mutáveis, com poucos laços duradouros e condições de "fidelidade única". Não poderia ser diferente, é um retrato das relações contemporâneas, de nossa sociedade - aqui sem nenhum juízo de valor do relacionamento ideal ou normativo ou o que quer que seja.

É impossível ler sem sentir nada, já que tudo em Haruki Murakami é descrito com uma subjetividade. Essa subjetividade que nos assombra ou nos encanta é o principal aspecto desse grande autor. Eu não deixei de sentir em nenhum momento, Haruki Murakami me prendeu a cada conto e cada um entregou uma sensação diferente, mesmo que a experiência central (homens sem mulheres) permanecesse a mesma.

Acabo de ler "As Crônicas de Nárnia Vol. 1: O Sobrinho do Mago" de C. S. Lewis

 



"— Riam sem temor, criaturas. Agora, que perderam a mudez e ganharam o espírito, não são obrigados a manter sempre a gravidade. Pois também o humor, e não só a justiça, mora na palavra" (Aslam).
Apesar da aparente simplicidade, o livro é bastante complexo e, como não haveria deixar de ser, esconde uma "mensagem cristã criptografada". O livro tem uma lição moral que quer conduzir o jovem leitor - ou o "velho leitor", como em meu caso - para um entendimento cristão de mundo.
Por um lado, o livro apresenta um conflito quase que cósmico entre uma figura de uma rainha de gelo (Jadis) contra um Leão bem próximo ao fogo (Aslam). Jadis representa não só a figura de Satã, mas bem simboliza a idolatria e o Estado-Deus. Jadis é tirânica e se julga além de qualquer coisa "fortuita" como as emoções e ambições humanas. Já Aslam crê na liberdade, não por acaso uma de suas frases, citada bem no começo, fala sobre o riso e a liberdade de rir. Aslam não se impõe, mesmo sendo imponente, pois crê na liberdade. A salvação traz não somente o paraíso da ausência de escassez, também traz o paraíso do sorriso e do riso. Aslam, tal como Verbo Divino (Jesus Cristo), produz um mundo pelo seu canto majestoso ("no princípio era o verbo", já dizia a Bíblia). Já Jadis representa a gravidade, onde toda ação tem um preço e tudo se correlaciona a um poder gravitacional - lógica da escassez, diferente do paraíso.

André, tio do protagonista, mexe com algo que não sabe e acaba por trazer o mal para a Terra. Digory e Polly, nossas duas crianças, em sua pureza, vão acabar por impedir o mal. As ambições de André, o feiticeiro, acabam dando errado e ele acaba por descobrir que o mal é sempre ligado numa lógica dura, numa lógica de coração de pedra em que a ambição do mais forte recai sobre o mais fraco e o mais fraco se curva - diferentemente do bem, movimento pela graça, que ama todas as criaturas em igualdade e as ela quer bem, não por algo prévio e sim pelo amor. De tal modo, Aslam (figura cristã) é o amor e Jadis (figura satânica) quer só o próprio benefício, abusando dos mais fracos. Simples, mas complexo.

quinta-feira, 3 de março de 2022

Zumbis

 


Quando criança, eu já sabia. Eles um dia estariam lá. Não só pelas ruas, estariam nos metrôs e nos trens que se conectam com toda uma rede de locais que são pórticos de esperança. Não tardaria para que eles vissem, para que eles me cobrassem a tarifa da existência. Ignorei-os pelo fato de que achava que nada podia macular a minha integridade. A infância é sempre ditada pela tolice duma esperança ingênua e logo soube meu lugar no mundo: ou a vida zumbi que dilacera a carne do próximo na esperança que ele se adeque na solidão de seu corpo ou o suicídio idealista que a alma elava, já que no corpo não mais a contém.

Eu sempre soube que eles estariam também estariam nas linhas de trem. Caminhavam em seu sofrimento eterno. Condenados a comer a carne humana, condenados a destruir seus iguais e igualá-los em sua maldição. Crianças, adolescentes, adultos e velhos - nem mais crianças e adolescentes podiam se livrar do jugo da existência cadavérica. Todos deveriam caminhar zumbificados por todos os lugares, sempre e em todo lugar. Logo, nada diferentes do usual, nada diferentes dos seres humanos normais. E nada mais normal que a escravidão. Humanos, demasiadamente humanos, imersos em lodaçais de normas sem fim. Buscando um emprego prum sustento precário. Buscando o básico, o imanente, o nauseante nauseabundado.

Inicialmente desejei sobreviver, eu acreditei que era natural que o Sol se fizesse presente num novo alvorecer. Triste ilusão. A verdade é que o ideal sempre esmaga o real. Às vezes a gente aprende, por outras não. Por vezes só queremos acreditar que o mundo é burlável e que a alma é imortal - crença antiga e reacionária, portanto revolucionária para os parâmetros de hoje.


A noite aqui é sempre fim. Ela é sem fim, mas a Lua é sempre sem gosto. A Lua aqui nunca é mística e não há boêmia no amanhacer. Agora a rotina era mais que a rotina, a rotina era sem transcendência. Agora a rotina era utilitária sem a divindade da inutilidade que encanta a vida e o que objetivo da vida encerra. Era uma noite apolínea sem a dialética dionisíaca. Agora só era só isso, matar ou morrer. Infelizmente, viver não era viver. Infelizmente, viver só era sobreviver. Humanos tornam-se cruéis sem a domesticação da tirania, tão logo que se perde a elevada civilização, perde-se de igual modo a sobriedade da ideação corretamente ordenada. Não são agora só os zumbis problemáticos, são os estupradores, ladrões e aqueles que se fanatizaram pelo gosto pelo sangue, pelo gosto pela morte. Num mundo assim, do que adianta ainda viver? Viver aqui é inatural, já que tirando o sobrenatural do natural, sobra-se tão somente o inatural.

Eu escolhi. Escolhi tristemente, mas escolhi. Escolhi que fugiria dos zumbis na espera do próximo trem. Nesse trem, arquétipo da salvação da alma, entregar-me-ei de corpo para que salve a minha alma. Eu tinha que fugir dos zumbis. Eu tinha que fugir até de mim mesmo. Tinha que sair da cela não tão monástica de meu corpo. A cada dia, eles andavam lentamente ao meu lado. A cada dia, imploravam para que com eles eu caminhasse. Eles andavam sempre vagarosamente, o que era mais detestável era o cheiro. Cheiro cadavérico e distante de todo sonho. Cheiro de zumbi, conquanto cheiro de mim. Cheiro que só sobrevive e não vive. Alguns sem olhos, outros com tripas de fora. De tanto ao lado deles caminhar, cheiro deles já era cheiro meu.

 Quem eu sou? Eu sou o Hipo Cristo justificado, já que fui também crucificado. Um falso cristo, um cristo sem santidade. Cristo esse que tinha sonhos tão proféticos quanto o verdadeiro Cristo. Cristo esse tão crucificado quanto o próprio Cristo. A brutal diferença era que eu não tinha deidade e nem minha morte remia o mal do mundo, mas por ele era condenado. Adequei-me a cada dor. Aprendi com cada qual em seu ódio sem ódio. Com cada qual o ódio mortal, com cada qual o pior tipo de ódio, com cada qual o ódio realizado que matou o realizador. Eu não quero ser um zumbi, eu quero ser o ser amado e o ser que ama. Não quero ser encerrado num corpo que já não tem alma ou espírito, não quero ser um zumbi ou, mais precisamente, não quero ser um cidadão líquido duma pós-modernidade. Não quero, como eles, ser encerrado em um corpo desalmado, como num dia triste sem fim.



quarta-feira, 2 de março de 2022

Acabo de zerar "The Legend of Zelda: Twilight Princess" no GameCube (no Wii)

 



Esse é certamente o jogo mais difícil que eu zerei. E valeu cada segundo. O jogo é simplesmente uma obra de arte que usa todo poder do GameCube - sim, optei pela versão de GameCube, já que ela é mais difícil e o jogo foi criado originalmente nela. E se o jogo queria dar uma despedida honrosa ao nosso querido console em formato de cubo, esse foi o melhor enterro da história dos consoles.

Pra começar, esse Zelda é o mais sombrio de todos. Há quem pensa que trevas e Nintendo não combinem, mas esse jogo existe para provar o contrário. O aspecto sombrio, a ideia de viver num mundo imerso nas trevas, o tom maturo da história, as transformações em lobo, um mundo totalmente fragmentado pelo poder do mal... esse é um Zelda simplesmente único. Difícil acreditar que veio depois do infantil Wind Waker.

A frase da Zelda, no final do jogo, é simplesmente fantástica: "Luz e sombras são as duas faces da mesma moeda. Uma não pode viver sem a outra". O mundo das trevas e o mundo da luz só são ruins quando desarmônicos, na retidão são dialeticamente necessários. Ganondorf não é o mal por ser das trevas, mas por ser desequilibrado. A missão de Link nessa obra é restaurar o mundo em seu equilíbrio, não destruir as trevas. E a verdadeira representante das trevas, Midna, é uma pessoa boa. O desequilíbrio é o erro.

Sem dúvidas é um dos mais belos jogos que joguei. Como foi extremamente difícil, lembrar-me-ei dele como uma eterna conquista. Uma verdadeira obra de arte.

Acabo de ler "Em Defesa de Stalin" de Vários Autores (Parte 12)

  Essa é a última parte de Emil Ludwig, indo da página 185 à 208. Aqui termina a triunfalmente rica e arguta análise de Ludwig. E talvez sej...