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domingo, 12 de janeiro de 2025

Acabo de ler "How Cultural Marxism Threatens the United States" de Mike e Katharine (lido em inglês/Parte 6 Final)


Nome:
How Cultural Marxism Threatens the United States—and How Americans Can Fight It 

Autores:
Mike Gonzalez;
Katharine C. Gorka.
 

O documento – bastante sucinto – é bem interessante. Antes mesmo do famoso "Project 2025", a Heritage Foundation já fundava as bases atuacionais da direita americana. De fato, as atuações da Heritage Foundation são bem interessantes e muito bem delineadas. É interessante a incrível capacidade da direita americana em comparação a direita nacional.

É um documento altamente estratégico. Fornece formas de organizações. Ensina principais pontos da atuação da esquerda no território americano – embora sua atuação seja semelhante nos países da América Latina e Europa –, ensina como combatê-los, dá um delineamento acerca de táticas e práticas institucionais para quebrar a esquerda na política. Deveras interessante. 

Creio que esse "Special Report" foi bastante interessante para compreender pontos basilares da política dos Estados Unidos da América. Recomendo a sua leitura, visto que a Heritage fornece questões essenciais para a condução política americana.

sábado, 11 de janeiro de 2025

Acabo de ler "How Cultural Marxism Threatens the United States" de Mike e Katharine (lido em inglês/Parte 5)

 



Nome:
How Cultural Marxism Threatens the United States—and How Americans Can Fight It 

Autores:
Mike Gonzalez;
Katharine C. Gorka.

O que forma os Estados Unidos enquanto nação? O que faz, o que dá forma, o que eleva, qual é, por fim, a identidade americana? O drama espiritual americano, aquilo que se esconde por trás de toda a sua formação sociohistórica, é a questão da liberdade. É a luta contínua pela questão da liberdade. Já que os americanos encaram a liberdade como pré-condição para o florescimento humano.

Dessa questão profundamente humana, mas exemplarmente dedicada aos Estados Unidos enquanto experiência nacional, buscam criar uma ordem política baseada no respeito ao autogoverno, na liberdade de fala, nos direitos individuais, no direito das minorias. Não porquê a ordem humana pode ser perfeita, mas porquê só a partir do autogoverno é possível corrigir e aperfeiçoar a ordem sociopolítica.

É pelo fato da humanidade estar sujeita a corrupção que o poder não pode ser concentrado. O poder concentrado leva ao aumento da abuso e a impossibilidade mesma de correção desse abuso de poder.

O que é essencial nos Estados Unidos não é uma raça, não é uma religião, não é um idioma, não é uma organização planejada. O essencial dos Estados Unidos é a liberdade. Ou, mais especificamente, a perseguição da ideia da liberdade através da história.

Acabo de ler "How Cultural Marxism Threatens the United States" de Mike e Katharine (lido em inglês/Parte 4)



Nome:
How Cultural Marxism Threatens the United States—and How Americans Can Fight It 



Autores:
Mike Gonzalez;
Katharine C. Gorka.

Estamos dentro de um cenário de guerra. Esse cenário de guerra não é marcado pelo uso de armas, visto que a maior arma utilizada não é a força. Essa guerra é caracteriza pelo poder das letras, pelo poder das falas, pelo poder das batidas do coração e pelo imaginário que se encontra na mente de cada humano que vive e respira.

A esquerda, dentro das universidades americanas, começou seu domínio pela formação dos alunos. Criou um ecossistema em que só os alunos que fossem ideologicamente correlacionados aos seus meios e fins poderiam ser promovidos. Em meio a isso, foi instituindo uma prática de perseguição e censura dentro dos campos universitários. Com o tempo, foi cerceando pessoas que tinham visões não-esquerdistas. O pleno domínio foi se efetuando a passos de tartaruga.

Com o tempo, quase todas as instituições, formadoras de visões sociais, foram sendo levadas para a esquerda por meio de uma tática de contra-hegemonia. Essa contra-hegemonia que foi se institucionalizando, pouco a pouco. Essa contra-hegemonia que foi se tornando hegemonia. Polícias da fala, prevenção contra alunos que não eram de esquerda, ensinamentos sobre uma visão que não era americana, mas anti-americana.

O que viria depois? Organizações sociais dedicadas a aumentar uma imigração massiva de pessoas com visões não-americana ao lado de uma visão anti-americana passada para cada criança, adolescente e adulto americano. Organizações sociais dedicadas a redistribuição de recursos, oportunidades e dinheiro com base em critérios de raça, gênero, sexualidade e nacionalidade. Substituição geral de todos os valores e fundamentos de cima para baixo. A criação de uma cultura do cancelamento para destruir qualquer possibilidade de debate.

O fundamento geral disso tudo é uma estratégia de uma consolidação de uma hegemonia que se constrói e de um poder que se consolida. Consolida-se para metamorfose. A metamorfose de uma nação para algo que é o exato oposto do que ela era. Não de forma democrática, mas por meio de uma estratégia complexa, sutil e perniciosa. 

quarta-feira, 8 de janeiro de 2025

Acabo de ler "How Cultural Marxism Threatens the United States" de Mike e Katharine (lido em inglês/Parte 3)

 


Nome:

How Cultural Marxism Threatens the United States—and How Americans Can Fight It 


Autores:

Mike Gonzalez;

Katharine C. Gorka.


Os conservadores chamam de marxistas culturais aqueles que poderiam ser chamados de "New Left" ou, simplesmente, pós-marxistas. Poderíamos catalogar o marxismo cultural como uma reunião de táticas da guerra cultural impulsionadas por uma síntese de esquerda.


Uma das crenças básicas do marxismo é a separação da sociedade em diferentes categorias antagônicas. Algumas beneficiadas socialmente, outras que perdem seus recursos – que deveriam ser de direito – para grupos sociais mais privilegiados por causa da estrutura social. Se os marxistas clássicos dividiam a sociedade em trabalhadores e burgueses, os marxistas culturais dividem a sociedade por gênero, por sexualidade, por raça, por nacionalidade. Todas essas distintas catalogações servem como divisão para o trabalho revolucionário.


Para que os marxistas culturais consigam moldar a cultura, eles precisam destruir todos os traços da antiga cultura – que eles julgam pervasiva. Para tal, criam dois aparatos reguladores da atividade cultural:

1. Doutrinação em todos os meios de produção cultural;

2. Regulação da fala em todos os meios possíveis para cercear a possibilidade de discurso de visões alternativas de mundo.


É evidente que se comprovada ou admitida a existência de um marxismo cultural, cabe-se o entendimento lógico de que o marxismo cultural é um projeto de poder totalitário, de rigor tecnocrata e que ameaça qualquer possibilidade de uma sociedade livre por querer moldar toda a sociedade aos seus próprios critérios com base em doutrinação e censura. Não é uma crença, nem uma prática, que possa ser admitida ou tolerada dentro de uma sociedade livre, visto que é um veneno aos próprios critérios de liberdade.

segunda-feira, 6 de janeiro de 2025

Acabo de ler "How Cultural Marxism Threatens the United States" de Mike e Katharine (lido em inglês/Parte 2)


Nome:

How Cultural Marxism Threatens the United States—and How Americans Can Fight It 


Autores:

Mike Gonzalez;

Katharine C. Gorka.


Marx e Engels acreditavam que o mundo se baseava num conflito de classes. A briga presente da história seria a classe proletária contra a classe burguesa. Para se contrapor ao domínio burguês, o proletariado deveria tomar o Estado e assim exercer o poder em prol do seu favorecimento. Com o tempo, o proletariado criaria uma sociedade sem classes.


Marx acreditava que um país deveria ter sido primeiro capitalista, desenvolvido e industrializado, para depois ser um país socialista. Tal pretensão não se materializou: as revoluções saíram através de países de terceiro mundo, parcamente desenvolvidos. Qual seria a razão desse contraste? A resposta viria de Gramsci: o mundo burguês cria uma falsa hegemonia. Essa falsa hegemonia é forjada pelos meios culturais que moldam a consciência do proletariado e tornam aderentes da mentalidade burguesa.


Pensando na estrutura hegemônica como perpetuadora da mentalidade burguesa, como os marxistas virariam o jogo? A resposta viria a partir da cultura: a partir da dominação dos meios de produção cultural e das instituições, poderia se estabelecer uma contra-hegemonia que daria a consciência que o proletariado precisaria para virar o jogo.


A chave para compreender a movimentação histórica está no entendimento de que o marxismo baseado na economia foi trocado para o marxismo baseado na cultura (marxismo cultural). Esse movimento foi considerado necessário pois a maioria das pessoas eram aderentes da mentalidade burguesa e não da mentalidade socialista. Para criar uma revolução ou um processo revolucionário – mesmo que não violento –, teriam criar uma educação de esquerda e incuti-las nas massas.

sábado, 4 de janeiro de 2025

Acabo de ler "How Cultural Marxism Threatens the United States" de Mike e Katharine (lido em inglês/Parte 1)


Nome:

How Cultural Marxism Threatens the United States—and How Americans Can Fight It 


Autores:

Mike Gonzalez;

Katharine C. Gorka.


O debate cultural nos Estados Unidos é um tema muito, muito longo. Há tempos que se fala de guerra cultural e quais são as táticas de guerra que devem ser tomadas nessa batalha. No geral, há uma confusão acerca dos atores dentro desse palco em que as ideias sangram. Temos, por exemplo, várias versões de feminismo que são colocadas lado a lado numa análise superficial. Existem vários tipos de conservadores, mas são tratados todos em uníssono. Diante de tamanha complexidade, o que podemos fazer?


A história geral vocês já devem conhecer: fim da União Soviética e desesperança geral na esquerda. Muitos creem que o marxismo tinha por fim sido derrotado e seria chutado do debate público. Outros pensam que existe um reducionismo na forma com que os dois lados disparam uns contra os outros. Porém a pergunta geral é: qual direita e qual esquerda está disparando? Nem toda a esquerda americana pode ser resumida como "marxista". Existe diferença entre se basear no marxismo em dado aspecto e ser marxista. Uma modalidade pode ser sintética ou se projetar em forma de síntese, a outra pode adentrar no puro pensamento marxista. Outra menção honrosa é a luta entre diferentes tipos de conservadores e a luta da direita alternativa contra os conservadores. 


Segundo os autores, o novo marxismo se basearia não mais na classe trabalhadora (leia-se proletariado e campesinato), mas em raça, sexo e nacionalidade. Essas teriam correlações com o movimento negro, com o feminismo e com os movimentos das nacionalidades periféricas. As principais influências desse novo método de organização revolucionária seriam Gramsci e Escola de Frankfurt. Uma breve nota é que: até agora não encontrei nenhuma menção a Escola de Paris – essa costuma a ser confundida com a Escola de Frankfurt por suas temáticas.


Uma das principais alegações seria a corrupção do sistema de ensino. A doutrinação teria sido criada a partir de um ecossistema: professores marxistas cuidavam pessoalmente da ascensão de alunos marxistas, esses alunos marxistas eram privilegiados na educação e na carreira acadêmica e posteriormente seriam doutrinadores diretos para continuar a roda do ecossistema. A conclusão evidente seria a exclusão de outros pontos de vista – gradual diminuição das outras escolas de pensamento – junto com a dominação da academia inteira.


É deveras interessante que nessa linha se mesclam conservadores que se sentiram ou foram excluídos da academia junto com toda a crítica da esquerda americana aos Estados Unidos da América. O fato é que muitos americanos não gostam e se ressentem aos ataques contra a imagem dos Estados Unidos da América. Essa imagem, a que é projetada, é que os Estados Unidos é universalmente ruim. Isso estaria ocorrendo em filmes, shows de televisão, livros, revistas em quadrinhos, jogos, mídias sociais e sistemas de pesquisa. Aparentemente a esquerda não considerou o impacto psicológico e sociológico dessa ação. O que fortaleceu não só os argumentos, mas a condução narrativa da direita: "a esquerda odeia a América, basta ver tudo o que ela produz culturalmente".