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terça-feira, 17 de janeiro de 2023

Acabo de ler "150 Videojuegos" de Alejandro Crespo (lido em espanhol)




Uma lista honrável e certamente bem feita, uma verdadeira história, em ordem sistemática e cronológica, dos videogames que todo fã apaixonado deveria ler.


O livro é bem simples, as informações bem pequenas, só que conta com o caráter notoriamente sistemático e historiográfico que denotam uma capacidade singular de pesquisa e dedicação. Pode ser, também, uma forma de introduzir novos jogadores ao mundo dos jogos de forma mais didática ou, simplesmente, servir material de referência para todos aqueles velhos jogadores, como eu, que buscam uma boa dose de informação organizada.


A leitura dessa obra é fluída, bem descontraída e, ao mesmo tempo, consegue ser divertida e intelectualmente valiosa. Além do ganho na parte do entretenimento, adentramos profundamente num longo passeio histórico ao qual nos conduz um autor apaixonado e que busca, com rigorosa dedicação, conquanto que também com bom humor, apresentar-nos de forma metódica o seu amor.


Leitura recomendadíssima, seja para quem quer adquirir mais constância com a língua espanhola, seja para quem quer aprender mais sobre videogames, seja para quem busca apenas se divertir ou passar o tempo.

segunda-feira, 8 de agosto de 2022

Acabo de ler "Sangue, Suor e Pixels" de Jason Schreier

 



Videogames são a coisa mais divertida do mundo, não? Podemos desvendar masmorras mortais em The Legend of Zelda, viver o apocalipse zumbi em Resident Evil, correr a velocidade do som com Sonic, espancar deuses em God of War. Tudo indica que videogames são divertidos, eles abrem um leque de possibilidades existenciais nas quais entramos de cabeças em novos mundos... mas, pera aí, como tudo isso é feito mesmo? Cada possibilidade que adentra no fantástico mundo da gameplay é meticulosamente preparada por pessoas que, às vezes, passam dias trabalhando mais de dez horas por dia sem ver a família ou dormindo no próprio estúdio pra poupar tempo e maximizar a produção.

Sim, tudo gasta tempo e esforço. O cogumelo que aumenta o tamanho do seu encanador favorito requisitou tempo e esforço daquele que o programou para fazer isso. Os zumbis que lhe perseguiram pelas ruas de Raccoon City requisitaram de uma sofisticada inteligência artificial. Até mesmo o Sol e o reflexo na água tiveram um determinado tempo para ficarem prontos. Alguém teve que deixar qualitativo os movimentos das gramas. Sem falar da física que a tudo rege que teve incontáveis cálculos matemáticos. Fora uma série de piruetas de todos os tipos, alguém teve que conceber artisticamente o produto para que ele fosse bonito e verificar se as mecânicas dentro dele o deixavam divertido além de jogável.

Atrasos de produção, pessoas largando tudo para produzir jogos, horas de discussões intermináveis sobre poderes e como aplicá-los, passar tempo longe da família, não ver os filhos crescerem. Se isso lhe parece uma vida divertida, quiçá esteja apto pra trabalhar 12 horas por dia para que uma flor apareça numa tela e dê poder de fogo a um encanador barrigudo que luta contra tartarugas. A vida dos programadores não é fácil, videogames podem até ser divertidos, só que produzi-los é um esforço estóico do mais alto nível. Toda essa história é contada por uma série de relatos nesse livro.

Pra quem quer entender mais sobre videogames, esse livro é de leitura obrigatória. Ele trabalha com relatos que dão uma nova compreensão sobre jogos de forma inesquecível.