Mostrando postagens com marcador anotação. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador anotação. Mostrar todas as postagens

sábado, 31 de julho de 2021

Um esboço de minha filosofia

Esse foi um pequeno texto escrito em meu celular, sem rigor e apenas para dar uma breve exposição do que realmente penso sobre as coisas.

    Decidi fazer um esboço de minha filosofia, já admito: é apenas um esboço. Não esperem grandes coisas e nem grandes respostas sistemáticas, é apenas o esboço. Se eu pudesse definir algo da estrutura central de meu pensamento, defini-lo-ia assim:


Há o fôntico:

    Essa é a estrutura primária e alta de meu pensamento. A minha "doutrina" seria a doutrina do fôntico. Nela se encontra a delimitância indelimitada, que é a negação da parcialização pelo amor a todas as coisas - ou seja: pelo amor ao absoluto. Só que isso é puramente negativo ou uma forma de crença metodológica: o movimento "natural" é o fechamento do ser para o absoluto, logo a abertura é um movimento que se recusa a esse fechamento. Visto que, embora seja natural se fechar, o ser se cumpre quando se totaliza. 


    É necessário entender: o absoluto é a busca por todas as coisas. E não só por todas as coisas: é a busca por todas as coisas de forma perfeita e plena. Logo é a busca pela essência - só que a essência é a condição minimal, quando a descobrimos, descobrimos que ela já não é mais essência. A característica da essência é ser mínima por abarcar um maior número de coisas. A medida em que as coisas conhecidas aumentam, a essência se torna mais mínima, visto que se torna mais abarcante. Logo decorre-se uma necessidade paradoxal-dialética: a essência é mínima já que é máxima, essa é a condição minimal.


O ser só é ser enquanto absoluto: 

    Sendo o ser humano aquele que não é, mas aquele que está (existência), devido ao seu caráter perfectível, mas imperfeito: o ser só é ser quando se abre. Sendo o homem imperfeito, ele não pode assumir uma forma absoluta de forma cabal. Sendo o homem perfectível, pode se tornar mais perfeito na medida em que atinge maior plenitude. O homem existe, o homem não é, mas o ser é: o homem "é" nesse movimento de abertura, só que o homem só se mantém aberto quando se fecha na abertura - paradoxal, mas o paradoxal é a condição do real. 


    Daqui se decorre que: o ser é. Mas ele não é de forma essencial, ele "é" de forma provisória: é na existência que o ser descobre a essência - logo o homem "está", mas estar é buscar o ser que é. O homem se esforça para abraçar o mundo, mundo que o torna maior. E toda vez que o homem se torna maior, torna-se menor. Visto que o homem é perfectível e todo estado de perfeição que se acrescenta lhe é insuficiente. A característica da proximidade é a equisdistância: quando mais se aproxima, mais se afasta. Esse é outro movimento paradoxal-dialético, só que como já disse: o paradoxal é a condição do real. Toda vez que descobrimos algo, toda vez que descobrimos alguém: então descobrimos que não descobrimos o suficiente, todo passo aproxima e todo passo afasta. Toda proximidade leva a distância. 


    O ser é. O ser busca estaticamente ser. Só que esse buscar é um buscar movente. Toda vez que o ser se realiza, sua potência se torna ato. E esse ato trás novas potências. O homem busca novamente o absoluto. E vai de absoluto em absoluto. A busca do ser é ser. Existência é essência. Essência é existência. A existência confirma a essência na medida em que o homem buscar ser. O ser confirma a existência na medida em que só há ser na existência. 


Delimitância indelimitada:

    É o fechamento na abertura, movimento paradoxal-dialético necessário ao pleno desenvolvimento humano. Veja que ele se fixa em consubstanciação contraditória: o homem deve se fechar na abertura. Só o fechamento na abertura é válido, visto que é o único fechamento que não se fecha ao absoluto - e o absoluto é a concretização do ser.  O homem, todavia, não abarca o absoluto: o homem só abarca parte dele e deve continuamente se abrir para ele. 


    Dá-se a busca brutal: o homem deve se abrir, mas muitas vezes não sabe que se fechou. E muitas vezes quando se abriu, naquele momento se fechou. É por isso que: a abertura não é um movimento natural, mas aparente. É preciso de um esforço purificador: se abre a algo e a alguém, mas depois é preciso se abrir a mais algo e mais alguém. Abre-se a um entendimento, fecha-se a outro. 


Do pôntico: 

    É o que se decorre da fonte. Se a fonte é o absoluto, o pôntico é a ligação para com o absoluto. Ele é a ligação que traçamos com todas as coisas. O fôntico determina tudo. O fôntico traça a energia. O pôntico é a relação com a fonte e decorre dele. 


    Toda crença central é o fôntico: seja a guerra de classes, a raça, a coletividade, a individualidade. O fôntico é a fonte que determina todas as coisas. Mas, como deve ter percebido, se o fôntico for demasiado limitado, também será limitada a relação (a pôntico). Logo uma crença limitada não é capaz de se correlacionar com o mundo de forma certa - a delimitância indelimitada.


Heterodoxia heresiarca:

    Somos singulares, logo somos relativos. Porém a busca do ser é a universalidade - que é o absoluto. Logo só se pode partir da relatividade que somos nós para o absoluto que devemos desejar.


    O objetivo da relatividade é absolutividade, visto que o contrário da ligação com todas as coisas é o sofrimento em alguma medida. A felicidade está em amar, amar é fechamento na abertura. Todo ser busca o universal, mas todo ser é relativo em sua universalidade. O homem só compreende o universal pelo relativo, mas o fim do relativo é o universal. Daí decorre a própria singularidade inabarcável de cada ser: todo ser é absoluto de alguma forma. E mesmo que estudemos alguém em toda nossa vida, não abarcaremos ele. Não se pode abarcar o singular, mas deve-se tentar abarcar o singular por toda nossa vida.


    Logo a própria doutrina vem do sujeito. É por isso que é heterodoxa: ela não busca se condicionar. E também é heresiarca: se só se pode partir do relativo ao universal, a única existência possível é a heresiarquia que nega sistematicamente tudo e com saber - não pode ser herege quem não sabe. Porém ao mesmo tempo a relação é feita pela busca do entendimento, é a abertura epistemológica que dita a relação. Todavia o ser só pode ser relativo, mesmo que compreenda o universal que se torna cada vez mais universal.

quarta-feira, 30 de junho de 2021

Atualizações!

 


    Olá, meus caros! Estou estruturando minha caminhada e adaptando-a as minhas necessidades mais imediatas. Já que eu gosto bastante desses três assuntos: filosofia, teologia e ficção/romance/literatura/HQ/mangá, resolvi dividir meus dias nisso. Sendo uma roda: filosofia num dia, teologia noutro, ficção no último. Para que eu não acabe caindo numa roda rasa ou pouco elaborada, buscarei estudar "teoria literária" para dar mais "razoabilidade". Meu caderno de anotações literárias, ficcionais e românticas possui 97 páginas. Vou começar a ler "Capuz Vermelho e os Fora-da-Lei", visto que Jason Todd é meu Robin predileto e eu gostaria de recomeçar a ler ficção com algo leve. Ainda não possuo um local apropriado para estudar teoria literária, mas creio que com o tempo o terei. 

Correção!
Comecei a ler o Capuz Vermelho pela ordem errada, acabo de receber uma lista de um colega confiável. Passar-lhes-ei para que, quem queira, igualmente leia na ordem correta:
https://www.torredevigilancia.com/guia-de-leitura-17-capuz-vermelho/?fbclid=IwAR2e29zxlWlZYtQUIGSnHtabjn7HmaOqmqbOtBc1fJReNJUy8iaZyoHaFC8