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segunda-feira, 4 de novembro de 2024

Acabo de ler "New Libertarian Manifesto" de Konkin III (lido em inglês/Parte 2)


Nome:

New Libertarian Manifesto

Autor:
Samuel Edward Konkin III


Quando pensamos em libertarianismo podemos cair numa armadilha. Ao termos em conta a opressão do Estado, muitas vezes decaímos num desvio. Esse desvio está em mais de preocupar com a consistência da teoria libertária do que uma prática ou ação libertária. Com esse erro, pensamos mais na "perfeita idealidade" do que queremos conceber do que na concepção em si. O libertarianismo se torna, por fim, num esforço abstracionista e isolado no terreno da mente.

O esforço agorista vai em direção a outro sentido. Esse sentido não é só teórico, ele é um exercício prático que se transforma em algo teórico no processo de seu exercício. A questão é: uma sociedade livre, sem Estado, requer pessoas que possuam conhecimento do que estão fazendo e que aprendam com a prática do que fazem. Lacunas teóricas são consideradas, mas elas fazem parte do processo de aprendizagem. A liberdade sempre é assim, o preço da liberdade é a eterna vigilância.

A liberdade implica um risco e esse risco é o risco até mesmo de uma possibilidade de agressão. A defesa duma sociedade livre é algo que deve ser corretamente considerado, mas sem cair na reformulação do Estado enquanto agente de proteção dessa sociedade. E os inimigos internos e externos nos tentarão conforme nos dediquemos a essa sociedade e a essa prática.

A liberdade apresenta rápidos crescimentos materiais e não materiais, já que a liberdade é uma expressão artística não violenta. Todavia precisamos cuidar para que essa sociedade não se autodestrua no processo. 

segunda-feira, 24 de junho de 2024

Acabo de ler "Epic Win for Anonymous" de Cole Stryker (lido em inglês/Parte 2)

 


O que é a internet? Um local maravilhoso cheio de pornografia e um punhado de futilidade. Talvez um mundo aberto para a livre exploração. Ou talvez um desenvolvimento de uma potência que se fez morta. De qualquer modo, é possível ter acesso a muitos dados de qualidade ímpar. Todavia quem lerá o conteúdo qualificado com tanta coisa divertida que rapidamente se prende a nossa consciência como um macaco numa árvore para fugir dum predador feroz?


O que há na internet se não uma série de possibilidades que, na maioria das vezes, não se concretiza? O desejo inicial do criador do 4chan era um local para discutir a cultura otaku. Essa intenção primária foi sabotada pelo próprio fluxo natural do tempo. E acabou por se tornar algo muito maior: um fórum com uma potência gigantesca onde variados agrupamentos sociais postam anonimamente.


O criador do texto se perdeu tão logo quanto ganhou seu primeiro computador e começou a pesquisar conteúdos na internet. Sua vida se dividiu entre pornografia e games. É claro que houve um desenvolvimento intelectual nesses enormes tutoriais de jogos – na época de forma textual e não audiovisual – e muita, muita e muita pornografia. Não posso dizer, analisando-me biograficamente, que não sofri de processo semelhante.


De qualquer modo, o 4chan veio para instaurar uma condição bastante nova. Isto é, a condição dum faroeste virtual onde as suas visões importam mais que seu status virtual. É o anonimato que possibilita a livre circulação de ideias em um ambiente anárquico. Vaidades sociais pouco importam nesse processo.