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sexta-feira, 3 de outubro de 2025

Memória Cadavérica #1 — Piadas Traquinas sobre Política

 


Memórias Cadávericas: um acervo de textos aleatórios que resolvi salvar (no blogspot) para que essas não se perdessem.


Boa tarde, ⁨Gomes Cordeiro⁩. O senhor ⁨Leandro é presidente da Juventude Trabalhista. Um dos homens mais bem informados sobre a política nacional.

Ele tentou reformar o PTB (Partido Trabalhista Brasileiro), tal como a galera do Livres tentou reformar o PL (Partido Liberal) e tal como a American Compass tenta reformar o Partido Republicano.

O fato é, o PTB não foi refundado em direção a um trabalhismo mais novo, o Livres não tornou o PL em um partido liberal e apesar dos esforços da American Compass, o Partido Republicano ainda não é hamiltoniano.

(A propósito, lembra mais o Jackson [primeiro presidente democrata e populista] e uma versão confusa do jacksonianismo do que Lincoln e Hamilton).

De qualquer forma, apesar dos ventos indicarem a permanência de estruturas políticas fossilizadas de toda espécie. Além de imbecis sugerirem que a União Brasil é a Nova UDN, mas sem toda a erudição, pessoas cultas e retóricas adornadas, o Brasil parece caminhar para um impasse.

Em 2026, é provável que Lula ganhe, porém em 2030 há um impasse conjuntural. Dizem que a direita aguarda esse momento para eleger Tarcísio (de Freitas).

Entretanto, apesar de todas essas argumentações, a reunião se trata de eleger ⁨Clarice e você, ⁨Gomes Cordeiro. O ⁨Leandro⁩, pelo que se sabe, compreende a extensão da alma do fluminense e do carioca — e não, isso não é uma piada com pinto.

Ele é quase um Nelson Rodrigues, mas a sua dramaturgia é a dramatugia do trabalhismo brasileiro com o gingado carioca.

Espero que essa reunião, além da minha digressão inútil, seja proveitosa para nós quatro.

quinta-feira, 10 de novembro de 2022

Acabo de ler "Governo Lula e Dilma: O Ciclo Golpeado" de Vários Autores

 



O debate nacional é sempre, para mim, instigante e necessário. A vida intelectual serve para um "acúmulo assombrativo" que traz uma maior percepção das nuances que estamos dentro, sobretudo de forma inconsciente. Com o acúmulo eruditivo, adentramos num reino de sutilezas que nos dão maior afinidade com a realidade que estamos imersos.

Eu nunca poderia ter compreendido com maior maestria o governo Lula e Dilma sem esse livro. E é interessante observar que as informações dos mais diversos pontos, opostos ou amigáveis entre si, locupleta a nossa capacidade de assimilar a densidade do real. O projeto de conscientização intelectual, além de aumentar a capacidade assimilativa dos movimentos do mundo, também proporciona uma maior palatividade da realidade conforme nos deixa encantados com os processos dinâmicos do universo.

É importante frisar que o projeto de Lula e Dilma se situava numa localidade de maior amplitude das ações do Estado no desenvolvimento nacional. Para tal, o Estado era visto como estratégico na posição do Brasil como nação mais desenvolvida. Graças a isso, o protagonismo do investimento estatal foi colocado como uma das prioridades norteantes dos dois governos.

Também é preciso colocar que: o governo de Temer e de Bolsonaro se pautaram pela menoridade da ação do Estado brasileiro no âmbito do desenvolvimento nacional. Se os dois governos predecessores, de Lula e Dilma, pautaram-se pelo acréscimo da intervenção do Estado: os governos sucessores, Temer e Bolsonaro, fincaram raízes num movimento propriamente oposto em que a atuação estatal era de natureza diminuta.

Outro ponto de importante natureza: os governos petistas se colocaram fortemente na integração regional e numa espécie de bloco contra-hegemônico. A ideia era diminuir o poder dos países dominantes e criar uma ordem de caráter multipolar em que houvesse maior autonomia dos países em desenvolvimento em sua autodeterminação. Disso surge, é claro, uma maior unidade do BRICS como bloco, a integração da América Latina e o contato crescente com países africanos.

quarta-feira, 12 de outubro de 2022

Acabo de ler "Celso Daniel: política, corrupção e morte no coração do PT" de Silvio Navarro

 



O quanto é válido ir além dos meios lícitos para ter acesso ao poder? Se tratando do Brasil, qualquer coisa deve ser válida. Um dos casos mais bombásticos e irresolutos de nossa história é o caso do ex-prefeito de Santo André, berço do Partido dos Trabalhadores, o ilustríssimo Celso Daniel.

O caso de corrupção envolvendo o ex-prefeito, que seria mais tarde assassinado, era uma forma de teste experimental pelo qual montar-se-ia todo esquema corrupto e corruptor do Partido dos Trabalhadores. O objetivo daquele estranho projeto era o de ser um caixa 2 para o financiamento de candidatos do próprio Partido dos Trabalhadores. Poder-se-ia falar-se que "tudo pelo causa, nada fora dela", embora eu não seja um desses lunáticos vermelhos que ficam imensamente gratos pelo suposto "saldo positivo" do mensalão - a velha frase: "o mensalão trouxe conquistas sociais", vindas dos mais porcamente realistas petistas semi-desiludidos (a concordância ideológica importa mais que a honestidade).

Se o leitor, nessa presente análise, ressente-se e busca, por todos meios mentais e palavrões que cogita dirigir a minha pessoa, uma razão para tal livro ser analisado na "véspera" do segundo turno entre Lula e Bolsonaro, acreditando que faço parte dum projeto de poder bolsonarista ou algo de gênero semelhante, apenas posso me compadecer de seu relativismo moral. Alguém como eu, que se debruça numa série de raciocínios díspares, não tem tempo para picuinhas de seitas ideológicas - mesmo quando essas prometem um mundo mais "limpinho, cheiroso e igualitário".

Quando comecei a ler esse livro, peguei-o meio que desinteressadamente. Forcei-me a lê-lo em alguns pontos. Depois de um tempo, num átimo, interessei-me fortemente por ele e a leitura fluiu numa liquidez célere de caráter impressionante. A cada página via uma trama marginalmente criminosa em que se envolviam catervas dos mais diversos gêneros. Pouco a pouco, fui engolido em meu nojo misturado com curiosidade.

Leitura recomendada, aliás recomendadíssima, a todos que têm maior interesse na compreensão do lado obscuro petismo.

sábado, 22 de janeiro de 2022

Você já conhece o estilo gamer Sergio Moro?

 



Vamos lá, em primeiro lugar, temos que nos ater as mãos: elas devem estar invertidas. Jogar com mãos invertidas pode parecer um erro, mas demonstra habilidade fora do comum. Imaginem só: "eu sou tão bom que jogo com o controle invertido". Essa é uma imagem de segurança e demonstra uma postura de quem enfrenta inimigos com as mãos nas costas em meio a porradaria. 


O segundo passo? Mensagem nacionalista. Além de jogar bem, a ponto de usar mãos invertidas, você precisa demonstrar que tem uma forte paixão pelo Brasil. Coloque uma mensagem nacionalista. Diga o quanto ama o Brasil e quanto quer defender ele. Só que você não é um defensor qualquer, você é o defensor das mãos invertidas. Você tem garra, coloca uma dificuldade pra si mesmo apenas para demonstrar mais poder e desdenhar os adversários. 


Em terceiro lugar, coloque uma mensagem para algum inimigo ou opositor. Só que demonstre que você é inteligente, que manja das referências simbólicas da cultura gamer e junte-as a realidades políticas locais. Desse jeito, haverá um desaforo sutil, próprio de pessoas inteligentes.


Esse foi, meus caros, o método gamer Sergio Moro.