terça-feira, 30 de maio de 2023

Acabo de ler "Kono Subarashii Sekai ni Shukufuku wo! - Vol 7 - Natsume Akatsuki" (lido em espanhol)

 



Como na análise do volume anterior, este aqui também não foi adaptado pelo anime. Tentarei suavizar as informações para não comprometer as reações psicológicas daqueles que aguardam ansiosamente pelo retorno do anime.


Neste capítulo, há também um foco em Darkness. Isto é uma escolha surpreendente, visto que já tivemos um volume focado em Darkness e o autor poderia ter priorizado outro personagem para desenvolver a trama. Não que a escolha resulte num produto ruim, muito pelo contrário.


Konosuba trabalha com uma jornada do herói às avessas. Não é o herói que vai para uma terra desconhecida enfrentar o perigo, tendo que perder algo de si para amadurecer e superar a problemática que está imerso. Pelo contrário, é o problema (desconhecido/caos) que busca o herói, como uma espécie de força antagônica que se move em contradição aos seus anseios de vida pacífica. Essa inversão que traz o ensejo cômico da obra e é um mecanismo excelente.


Neste volume, Kazuma também está tentando levar vantagem e viver uma vida fácil - tal como em qualquer outro volume. Mas, novamente, a sua sorte é aniquilada e ele tem que enfrentar diversos problemas, perdendo muito do que acumulou até o presente momento. A trama também traz um lado mais complexo do psiquismo da Darkness, demonstrando um lado virtuoso e heróico nesta garota que parece um oceano de perversão. Isto também complexifica a personagem, dando maior substancialidade e menos caricatura, humanizando-a. Kazuma, para ajudá-la, também demonstra-se capaz de abandonar seu conforto, provando-se um herói e amadurecendo enquanto pessoa.


Este volume é muito interessante. A forma com que os personagens progridem não pode ser ignorada, sobretudo numa obra que é, essencialmente, um humor heróico. Podemos ver que o autor está realmente dando substancialidade a cada volume, demonstrando uma psicologia complexa e um universo colorido.

sexta-feira, 26 de maio de 2023

Acabo de ler "Cerati La Biografia" de Juan Morris (lido em espanhol)

 



Gustavo Cerati foi o maior roqueiro de toda a América Latina. Não só isso, foi um dos maiores músicos de toda história latino americana, sempre trazendo inovações e compondo com uma diversidade rica e erudita. Um homem absolutamente experimental que navegou em vários mares, trazendo produções radicalmente geniais.


Sua carreira como integrante da banda Soda Stereo e sua carreira como solista são mutuamente geniais. Mostram a riqueza de um homem que sempre buscou ir além das condiconalidades que o circundava, superando o ambiente e, mais do que isso, trazendo o ambiente ao mundo que ele apresentava. Gustavo Cerati era o guia, a América Latina o seguia.


Este livro traz toda a sua vida de forma minuciosa, abordando também o período em que ele esteve em coma. A história é de tirar o fogo e nos sentimos envolvidos em cada acontecimento. Quando Gustavo Cerati esteve mal, sentimo-nos mal. Quando Gustavo Cerati esteve bem, sentimo-nos bem. É como se fôssemos tratados por um momentâneo papel de esponjas. Mesmo que não estivéssemos lá em cada momento, sentimos como se lá estivéssemos e como se o nosso mundo fosse o mundo de Cerati e nossa psiquê fosse a de Cerati. O leitor sentir-se-á em simbiose com a leitura desta obra biográfica.


Ler biografias é sempre enriquecedor. Podemos psiquicamente relativizar os nossos problemas ao entrarmos numa espécie de transe em que absorvermos a vida de outrem. E ler esse livro, cheio de altos e baixos dum gênio em ascensão e queda, é uma forma diferenciada de repensar a própria vida.


Livro recomendadíssimo para todos os roqueiro e aficionados por música. Ou simples e substancialmente para quem está buscando uma leitura biográfica para repensar a vida que leva. 

domingo, 21 de maio de 2023

Acabo de ler "Quién yo?" de Dalmiro Sáenz (lido em espanhol)

 



O livro começa com um cenário que é aparentemente banal: um homem sendo julgado por um crime irrelevante. Este fato pesa a favor do homem e querem libertá-lo o mais rápido possível. Porém essa estranha figura não é tão simples. A forma de se comunicar e interagir também não são usuais. 

Numa narrativa alucinante, vemos o desenrolar de uma história cômica e cheia de confusão. Cada parte da história se sucede como uma reminiscência projetada por uma mente bastante ofuscada. E em todas elas crimes se sucedem.

A grande questão é que a história de um criminoso não entraria normalmente numa estrutura hilariante. É a forma com que o autor encaixa cada parte e a direção que ele leva que dão o sabor da obra. E ele faz isso muito bem.

É uma ótima pedida para quem está buscando uma comédia para se divirta após um longo período de estresse.

Acabo de zerar "Mario Kart 8" no Wii U

 



Creio que a maioria das pessoas tenha jogado essa pérola no Nintendo Switch e não no Wii U. A razão de eu ter jogado no Wii U? Minha mãe já dizia: "você não é todo mundo", então joguei no esquecido, odiado e subestimado Wii U. (Na verdade, nem tenho Switch).


Recomendo que joguem este jogo com o modo controle de movimento ativado. A jogabilidade flui bem e é impressionante assertiva, não falha em nenhum momento. Fora que controlar esse jogo como se estivesse controlando um carro de verdade é uma das melhores experiências que você terá.


As pistas são imensamente divertidas. Tive a oportunidade de jogar online e também apreciei bastante a experiência. Infelizmente o servidor de Mario Kart (e do Splatoon) do Wii U se encontra(m) em manutenção no momento em que escrevo essa análise (a manutenção começou dia 2 de março e estamos no dia 21 de maio).


Se você tiver um Wii U, parado ou ativo, e mesmo não goste de jogos de corrida, eu recomendo fortemente zerar o jogo. Pegue até mesmo o modo mais fácil (50cc), porém jogar esse jogo é obrigatório.

quarta-feira, 17 de maio de 2023

Acabo de ler "Kono Subarashii Sekai ni Shukufuku wo! - Vol 6 - Natsume Akatsuki" (lido em espanhol)

 



Aqui adentramos naquilo que o anime ainda não adaptou. Logo tentarei ser bastante cauteloso com o que escrevo por aqui, visto que não quero dar spoilers para ninguém.


Neste volume, vemos Kazuma desenvolver-se ainda mais como personagem. A forma heterodoxa de como usa seus poderes é fantástica e demonstram toda grandiosidade eclética que o personagem possui. O final é especialmente brilhante, sobretudo pelas falhas recentes que fazem com que o personagem tente ardentemente demonstrar seu valor.


O personagem vem crescido de forma multilateral, já que as suas companheiras de equipe são unilaterais. E toda a potencialidade dele como um detentor de vários poderes é explorada neste capítulo. O que dá pistas da linha de desenvolvimento do personagem.


Neste capítulo também temos um contato maior com a Chris. Personagem que estava de escanteio e aparece agora com algo que certamente influenciará a trama daqui pra frente. Também temos a apresentação de novos personagens, entre elas a pequenina Iris. Iris é a apresentação da realeza dentro do universo de Konosuba, o que dá novos ganchos e enriquece o universo.


A única fraqueza desse volume talvez seja o ritmo mais lento da trama. O próximo capítulo se focará novamente na Darkness, ao menos essa é a impressão que o final do volume dá.

Acabo de ler "Autobiografía" de Jorge Luis Borges (lido em espanhol)

 



"Ya no considero inalcanzable la felicidad como me sucedía hace tiempo. Ahora sé que puede ocurrir en cualquier momento, pero nunca hay que buscarla"


Li esse livro pensando que, tendo-o como primeiro, seria capaz de aproximar-me mais do autor. O fato é que esse grande escritor tem uma história fantástica e é um dos maiores pensadores latino-americanos do século XX.


Jorge cresceu cercado de livros, com o contato com a língua inglesa e espanhola. Também desenvolveu contato com outras línguas através de seu percurso vivencial. Sendo um homem de altíssima erudição, tem uma obra riquíssima e que quebra todos os padrões anteriormente estabelecidos, tornou-se um autor paradigmático, visto que sua obra revolucionou a prática literária.


Um dos detalhes mais dolorosos foi o desenvolvimento gradual de sua cegueira. Essa cegueira é como um legado de sua família, afetando também seu pai, avô e bisavô. Ficou cego bem cedo, aos 55 anos de idade. Porém ele já sabia que um dia ficaria cego, o legado familiar não lhe deixava dúvida.


Este livro conta uma história de um homem fantástico. É um verdadeiro compilado de toda uma história de andanças, de amadurecimento, de intelectualidade, de múltiplas e inúmeras facetas e ângulos. O conteúdo é riquíssimo e ao mesmo tempo encantador.

domingo, 14 de maio de 2023

Acabo de ler "Kono Subarashii Sekai ni Shukufuku wo! - Vol 5 - Natsume Akatsuki" (lido em espanhol)

 



Esse volume traz o conteúdo do que foi adaptado até agora em animação. Isto é, após esse volume tudo que virá é, de fato, desconhecido para quem acompanhou tão somente o anime e os filmes.


Este volume é centrado na Megumin e vemos o divertido povo Kouma. Conhecer finalmente esse estranho povo é uma das alegrias deste volume. Conhecemos também o pai e a mãe da Megumin, e a forma que eles tratam Kazuma é bastante cômica.


Um dos fatos mais encantadores é que quanto mais Kazuma tenta sair dos problemas, mais atrai-os como um maravilhoso para-raios. Talvez a sorte de Kazuma não seja para realizar os desejos egoístas e autoprotetivos dele, talvez seja para guiá-lo numa jornada evolucional tal como um autêntico herói. A forma com que esse processo é passado contra o desejo do personagem sempre é um bônus de humor.


A expansão do mundo demonstra uma capacidade de complexidade narrativa crescente e esta é sempre posta de forma bem encaixada. Mesmo o autor querendo trazer um texto cômico, ele não deixa de apresentar um universo rico de substância e divertido de se conhecer.


O final traz uma mensagem bem especial, demonstrando que Kazuma se torna cada vez mais conhecido por seus feitos. E é bem provável, conhecendo a forma que Konosuba se desenrola, que isso lhe traga mais problemas.

quinta-feira, 11 de maio de 2023

Acabo de ler "Psicologia Aplicada de Jung - Capítulo 11: as principais contribuições de Jung para psicologia"

 



Jung adotou práticas freudianas em sua experiência clínica. Porém ele se lidava com um ambiente diferente do de Freud e com pacientes diferentes - e de problemas diferentes -, logo Jung teve que fazer algumas adaptações. Junte isso ao fato de que Jung tinha uma visão diferente da de Freud no que tange ao campo espiritual e, pouco a pouco, verá um delineamento diferente que definhará as relações entre os dois e dará início a psicologia junguiana.


Jung adotaria a crença de que há um inconsciente a mais. Enquanto Freud falava sobre o inconsciente a um nível pessoal e restrito a pessoalidade, Jung adovagaria a existência se outro inconsciente: um inconsciente coletivo e de natureza comum a toda humanidade. Essa descoberta se daria no fato de que Jung observou a existência de mitos, histórias e crenças religiosas em comum em vários povos distintos, o que dar-lhe-ia a noção de que existem arquétipos. Esses arquétipos são comuns em toda história humana, aparecendo onde quer que ela esteja e de forma distinta - porém essencialmente semelhante - onde quer haja humanidade.


Outro lado da psicologia de Jung é o fato de que a historicidade do paciente conta fortemente na análise que dele se tem. O problema do paciente é encontrado em sua história. Esse aspecto faz com que exista um elo dialógico e de abertura na relação paciente-terapeuta. A escuta é ferramenta central.


A doença, em Jung, é resultado da divisibilidade do ser. E esta é por sua vez resultado da ausência de autoconhecimento ou rejeição de algo que internamente pertence ao paciente, todavia este tenta negá-lo. Logo a saúde seria uma tentativa frequente de encontrar a paz consigo mesmo em um processo de unificação. A plenitude e realização dependem do equilíbrio dos opostos que existem dentro de cada um de nós.

quarta-feira, 10 de maio de 2023

Acabo de ler "El Diálogo de Civilizaciones" de Fidel Castro Ruz (lido em espanhol)

 



Em primeiro lugar, devo dizer que esse pequeno livro é, na verdade, a junção de dois discursos que foram proferidos por Fidel Castro em momentos diferentes. Um no ano de 1992 e outro no ano de 2005.


O conteúdo da primeira parte do livro, ou seja, do primeiro discurso também pode ser encontrado em outro livro que igualmente li, também em espanhol, recentemente: "Ecocidio, crimen capitalista". Esta obra também se trata duma transição de um discurso oral para um escrito, só que abordando duas falas (Hugo Cháves e Evo Morales) além da de Fidel Castro. A análise pode ser encontrada no blog, no Instagram ou no Facebook.


O que Fidel Castro pensa? Esta é uma das questões que mexe particularmente com latino-americanos, já que ele é uma figura histórica de importância primordial para o desempenho de nosso povo - e civilização - no século XX. Porém não abordarei, neste diminuto espaço, o fato da América Latina ser uma civilização e nem farei uma análise pormenorizada do quadro geopolítico do século XX.


Fidel foi um marxista-leninista, todavia teve um espaço muito maior e privilegiado para pensar e colocar em pauta as suas ideias. A primeira se deve ao fato de ter vivido no início do século XXI e a segunda ao fato de que tinha poder político em Cuba. Então pensamentos ecológicos e formas de guiar um país socialista, além dum bloco não inteiramente socialista que fizesse oposição aos Estados Unidos, são preocupações adicionais ao nortear seu pensamento e papel.


Neste livro, Fidel não fala duma organização socialista em confrontação aos Estados Unidos e a sua aliança imperialista. Fidel fala dum bloco de vários países distintos, cada qual com seu modelo político e econômico, fazendo frente às pressões imperiais americanos. Esta posição coloca-o, geopolítica e estrategicamente, muito próximo ao Dugin. E é importante delinear as suas últimas colocações a partir desse contexto e conjuntura.

terça-feira, 9 de maio de 2023

Acabo de ler "Psicologia Aplicada de Jung - Capítulo 10: as etapas da vida humana"

 



Jung acreditava que a consciência surge a partir do problema. Isto é, conforme a pessoa se depara com questões mais ou menos espinhosas, mais ela vai adquirindo consciência. Outro aspecto de fundamental importância seriam os nexos que seriam criados gerando conhecimento e identidade.


Os problemas usualmente começam a aparecer conforme vamos nos tornamos mais adultos. Estes por sua vez encadeiam - fazem-nos encadear - respostas. Procuramos respostas para estes problemas - conhecimento é gerado a partir disso - e as soluções que vamos adquirindo levam-nos as ações que nos ligam a dadas ideias, grupos, locais - criando pertencimento e identidade. Daí se vê a relação entre conhecimento e consciência.


O instinto ligar-se-ia à natureza e a consciência atar-se-ia à civilização. É importante lembrar que, para Jung, o instinto continua existindo e influenciado-nos mesmo que o ignoremos, logo devemos aprender com ele em vez de sermos controlados inconscientemente por ele. E o fenômeno da busca por resoluções que ignoram o padrão primitivo encontrado em nós sempre acabam recriando soluções primitivas sem saber (veja, por exemplo, as ideologias que foram criadas para substituir as religiões e acabaram se tornando religiões políticas tão dogmáticas quanto as anteriores).


O correto, para um psiquismo estruturalmente saudável, seria a integração da parte que está faltando ou sendo deliberadamente recusada por nós. Ou seja, a unidade da totalidade de nosso ser - conseguida pela aceitação do ser na plenitude de si mesmo.

segunda-feira, 8 de maio de 2023

Acabo de ler "Kono Subarashii Sekai ni Shukufuku wo! - Vol 4 - Natsume Akatsuki" (lido em espanhol)

 



Antes de Kazuma entrar no novo mundo, a vida dele era ligada a uma inércia NEET, hikikomori ou nem-nem (termos que se referem a uma pessoa que não trabalha, não estuda e nem faz estágio). Isto é, uma paralisação geral. Depois do acidente que levou a um novo mundo, ele teve que começar a se mexer.


Diferentemente do que acontece nos isekais mais modernos onde há uma inversão do mito do herói, neste há um autêntico mito do herói sendo desenvolvido pela trama. O mito do herói é: o herói adentra num um território desconhecido em que tem que trabalhar para se virar no caos que adentrou. Os isekais "genéricos" de personagens com poderes absolutos ocorre precisamente o oposto disto: o personagem central sai do caos de sua vida para entrar num mundo paradisíaco em que tudo é confortável.


É interessante observar que Kazuma, mesmo sendo um mau-caráter pouco esforçado e certamente bastante duvidoso em aumento de poder via autodesenvolvimento, é um autêntico herói enquanto muitos desses isekais que são lançado a rodo são tramas para eternos adolescentes mentais buscando o retorno uterinal. Kazuma, ao contrário dos heróis nutellas para uma geração inteira de fracassados, é um personagem infinitamente melhor que qualquer personagem de "isekai over power".


Podemos dizer que o drama de Kazuma é o drama da realidade objetiva, mesmo num universo ficcional. O mundo em que está o nosso mau-caráter favorito é o mundo em que o tempo todo lhe gera importunação enquanto ele, nosso destemido e débil herói, tenta dar alguma ordem por meio de seu esforço de ordenabilidade.

sexta-feira, 5 de maio de 2023

Acabo de ler "Kono Subarashii Sekai ni Shukufuku wo! - Vol 3 - Natsume Akatsuki" (lido em espanhol)

 



Nesse volume, temos desenvolvemos legais para os personagens e algumas explicações que dão a entender as razões de suas falhas. Essas informações são essenciais para o desenvolvimento da obra:


Darkness: poderia ser uma boa guerreira, tinha todo potencial para sê-lo. Mas seu fetiche masoquista faz com que ela prefira apanhar, de tal modo que investiu tudo em defesa.


Aqua: tem poderes acima da média, todavia é incapaz de usá-los congruentemente devido a sua falta de inteligência. A falha de Aqua é e sempre será sua inteligência, embora seja excepcional.


Megumin: com a aparição de Yunyun, descobrimos que ela era a melhor aluna da classe. Como ela estragou todo seu potencial? Com a sua monomania em magia de explosão que a fez desistir de magias diversificadas.


Kazuma: apesar de não estar preso a nenhum fetiche estranho, não ser um idiota e não ser monomaníaco, ele não tem um potencial grande de aprender nenhuma classe avançada e seu maior atributo é a sorte. Todavia a sua sorte é anulada por causa de suas companheiras. Embora haja a compensação dele estar se tornando um verdadeiro líder e um executor de multitarefas para cobrir as falhas de suas companheiras.


Nesta novela também é abordado que a Darkness é uma nobre e grande parte do enredo é dedicado a ela. Também vemos uma maior caracterização de Megumin e o enredo por trás dela é ampliado. A razão da falta de sorte de Kazuma foi igualmente adicionada. Creio que, a partir de agora, haverá uma complexificação cada vez mais densa na obra - sem perder a parte cômica e a natureza doentia dos personagens centrais.

quarta-feira, 3 de maio de 2023

Acabo de ler "Kono Subarashii Sekai ni Shukufuku wo! - Vol 2 - Natsume Akatsuki" (lido em espanhol)

 



Voltar a falar sobre essa preciosa obra da cultura nipônica moderna é por demasiado prazeroso. Como já havia escrito antes: o principal aspecto da obra é a disfuncionalidade dos seus personagens centrais, seja a nível de poderes, moral ou de pensamento mesmo. É mais comum um vilão com bom caráter do que um personagem central de bom caráter.


Os personagens centrais são: Kazuma Sato, um ex-hikikomori (pessoa que não trabalha, não estuda e nem faz estágio), que tem uma classe baixa (aventureiro); Aqua, uma deusa pra lá de idiota e, portanto, incapaz de perceber o ambiente e quando deve agir ou não; Megumin, a maga piromaníaca que só consegue usar uma única magia por dia, embora essa seja devastadora; Darkness, a crusada masoquista que investiu todos os seus atributos em defesa já que gosta de apanhar - e, portanto, não consegue atacar.


Nesse volume, vamos descobrindo mais sobre os personagens. A noção de que o grupo que idolatra a Aqua é completamente maluco começa a dar seus primeiros passos. O fato da Darkness ser muito rica é igualmente apresentado numa micro-escala. Por outro lado, o lado pervertido do Kazuma tem um de seus melhores desenvolvimentos nesse volume. Megumin talvez seja aquela que mais passou despercebida em desenvolvimento nesse volume.


Vemos que o autor conseguiu manter um bom ritmo, dando um humor bastante substancial ao mesmo tempo em aumentava a complexidade narrativa.

Acabo de ler "Em Defesa de Stalin" de Vários Autores (Parte 12)

  Essa é a última parte de Emil Ludwig, indo da página 185 à 208. Aqui termina a triunfalmente rica e arguta análise de Ludwig. E talvez sej...