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quinta-feira, 3 de julho de 2025

Acabo de ler "Transmedia storytelling and memetic warfare" de Roman e Dariya (lido em inglês)

 



Nome:

Transmedia storytelling and memetic warfare: Ukraine’s wartime public diplomacy


Autores:

Roman Horbyk;

Dariya Orlova.


Num mundo onde temos várias ou múltiplas visões de mundo, a narrativa — quando poderosa e eficiente — é uma das armas centrais na estratégia comunicacional. Nessa guerra que ocorre na Ucrânia e na Rússia, isso vem sido particularmente bem demonstrado.


Na guerra que presentemente vemos, vimos um país que era visto como dividido e corrupto surgir com a imagem épica de país unificado, de um pequeno Davi enfrentando o Golias. Enquanto os russos preparavam o foreshadowing (um elemento narrativa que insere o próximo passo antecipadamente), Zelensky já sabia a importância de uma boa narrativa.


Nessa guerra, as imagens meméticas que iam se construindo e delineando substituiam toda área cinzenta do debate. A complexidade do debate é, até agora, substituída por um robusto, mas simplificante, exercício de storytelling. O jornalismo é feito de arma e não de mecanismo informacional — isso não é uma novidade, mas na era da guerra de quinta geração, isso vai aos extremos.


Creio que no tempo moderno, a grande lição é compreender a centralidade narrativa, como ela impacta os vieses cognitivos e como ela impacta diferentes grupos religiosos, étnicos e políticos. Podemos correr o risco de estarmos sendo feitos de tolos por diferentes lados.


quarta-feira, 2 de julho de 2025

Acabo de ler "Exploring psyop-based conspiracy theories on social media" de Justin (lido em inglês)

 


Nome:

Exploring psyop-based conspiracy theories on social media


Autor:

Justin Bonest Phillips


Redpill, QAnon e /pol/ (4chan): quando esses nomes entram juntos, eles explodem o debate público. E quando aparece uma teoria da conspiração e psyop, há um prato cheio para todo analista.


Pensando bem, o que é uma teoria da conspiração? Uma teoria da conspiração se distingue por conter algumas características:

1. Ver padrões uma sequência não coincidente de eventos;

2. Identificar atores que aplicam o plano secreto em correlação com outros;

3. Expõem a intenção hostil dos conspiradores;

4. Lutam para revelar a verdade para todos.


O que é uma psyop? Um grupo de pessoas agindo secretamente, desejando mudar o comportamento de determinado grupo.


Uma teoria da conspiração pode surgir por múltiplos motivos, mas existem três razões bem interessantes para gerar uma teoria da conspiração: (1) epistêmica, (2) existencial e (3) social.


1. Epistêmica: estabiliza as visões de mundo;

2. Existencial e social: atende aos anseios daqueles que se veem como dominados ou em um mundo instável.


Em última instância, a teoria da conspiração é um mecanismo de defesa natural que satisfaz uma necessidade. Ela serve como um mecanismo de reforço epistêmico e um mecanismo de defesa simultaneamente. Ela também estabelece, para um grupo, um senso de pertencimento.


O interessante dessa pesquisa é que ela analisa que plataformas mais mainstream possuem um público menos ávido por teorias da conspiração e plataformas mais extremas (4chan e Telegram, por exemplo) possuem um público mais ávido por esse tipo de conteúdo. Além disso, a versão de uma teoria da conspiração é mais leve dentro de plataformas de nicho mainstream e é mais pesada e ofensiva dentro de plataformas de nicho underground. Fora isso, existe um consumo e postagem maior de teorias da conspiração em plataformas extremistas.

Acabo de ler "The Internet and Psychological Operations" de Angela Maria Lungu (lido em inglês)

 


Nome:

The Interner and Psychological Operations


Autora:

Angela Maria Lungu


Qual seria a melhor forma de conduzir guerras na era moderna?


Opção A: invadir um país e destruí-lo por dentro gastando uma série de recursos;


Opção B: fazer uma operação psicológica a distância e deixar que o inimigo destruir a si mesmo.


Evidentemente, a opção B deve ser feita. E, em último caso, a opção A é viável. Os estudos modernos vêm sido grandiosos no detalhamento da guerra informacional. Eles variam desde pequenos grupos operando em vários sites e fóruns ou até mesmo sites de informação falsa. Vários países do mundo têm atuado dessa maneira. Os Estados Unidos não é uma exceção a regra, mas um dos principais vetores dessa prática.


Em última instância, vivemos numa época em que a informação é onipresente. A conexão mundial da Internet fortalece tal onipresença. Quem ganha a guerra é quem possui superioridade informacional. Vivemos numa era da guerra informacional e usam a informação para gerar novas e novas formas de mudança comportamental. A diferença é que agora tudo isso pode ser feito a uma distância razoável.


Em vez de produzirem diretamente milhares e milhares de drones para invadir um país, pode-se antes disso produzir uma equipe técnica que é capaz de produzir várias informações ou conduzir as informações de modo favorável. Isso leva a uma redução sem precedentes dos custos da guerra. A guerra atinge, antes disso, o coração e a mente. Isso é melhor do que ficar soltando tiros.


Nesse pequeno artigo — ele possui só trinta páginas — podemos ver a possibilidade de emprego tático de operações psicológicas em videogames, streaming, chats, fóruns, mensageiros instantâneos. Tudo isso é fortemente considerado para gerar uma nova forma do ser e do agir da guerra.