Mostrando postagens com marcador classe. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador classe. Mostrar todas as postagens

domingo, 16 de junho de 2024

Acabo de ler "Em Defesa de Stalin" de Vários Autores (Parte 27)

 



Essa parte foi escrita por Dolores Ibárruri, vai da página 365 à 376. O que dizer da condução política de Stalin? Ele foi um fervoroso combatente revolucionário, seja pelo uso intelectual do discurso, seja pela força das armas. Ele queria uma revolução e não uma "condução pacífica e reformista" ao socialismo. O gradualismo social-democrata não lhe agradava e ele acreditava que isso tiraria o rumo e a própria possibilidade de construir uma pátria socialista.


Stalin acreditava que muitos partidários da revolução temiam as massas e não acreditavam no potencial revolucionário delas. Isto é, as massas precisariam ser domesticadas e caladas no momento necessário. Stalin, por sua vez, ia na posição contrária: o exercício de crítica e autocrítica dependeria das massas e das informações que elas possibilitavam a condução política revolucionária. A posição paternalista de alguns revolucionários era a reconstituição dum ímpeto aristocrático que se colocava acima das massas. A verdadeira postura revolucionária seria, então, a de colocar-se pelas massas e para as massas, de forma dialógica e responsável.


O exercício de Stalin seria uma escuta atenta às necessidades que as massas apresentavam. Elas eram aquilo que poderia ser chamado de "sistema de feedback". Sem elas, a própria capacidade da construção socialista seria furtada, visto que teríamos uma elite dirigente e não uma "classe dirigente". A construção do socialismo se dá pela classe trabalhadora, seja rural ou urbana. É evidente que um grupo de burocratas, posto acima da classe, torna-se automaticamente acima da classe que delegou esse poder a essa elite. Ou seja, há a reconstrução dum sistema hierárquico que é propriamente antirrevolucionário e reconstituidor daquilo que foi anteriormente abolido.