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domingo, 11 de maio de 2025

Acabo de ler "The Politically Incorrect Guide to The Presidents" de Steven (lido em Inglês)

 


Nome:

The Policatilly Incorrect Guide to The Presidents: from Wilson to Obama


Autor:

Steven F. Hayward


Mais um texto analisando um livro que fala sobre a história americana. Isso é algo que vem me mobilizado bastante nos últimos tempos. E espero que quem acompanha o blog esteja curtindo. Adentrar em uma cultura, uma história, em um país, estudar para compreender parcimoniosamente uma língua e um povo, tudo isso expande o horizonte de consciência e o torna mais capaz de analisar os fatos do mundo. Mesmo que não possamos, evidentemente, nunca chegar a uma interpretação da realidade objetiva dos fatos, podemos aumentar a nossa capacidade analítica pela expansão contínua do nosso horizonte de consciência.


A razão que me mobiliza aqui é um estudo do debate, olhando os múltiplos pontos e tentando absorvê-lo. Como escrito anteriormente em uma análise, escolhi introduzir o meu estudo com base no conservadorismo americano pois as fontes primárias do Project 2025 estavam nessa parte do debate. Depois disso, fui galgando para uma compreensão da crítica do próprio movimento conservador as iniciativas conservadoras ou supostamente conservadoras — ou aquelas que estavam no quadro da direita política sem, contudo, pertencerem ao cânon do conservadorismo americano em sentido puro. Após isso, tive meu primeiro contato com um autor progressista para entender a história do Partido Republicano e a sua transformação.


Adentrar ao espírito americano envolverá outras cruzadas intelectuais que ainda me escapam, como a visão histórica dos diferentes movimentos de esquerda que disputaram, através dos tempos e dos espaços, o poder político, cultural e social dos Estados Unidos. Também preciso compreender mais e melhor a forma com que esses movimentos que acolhem ideias pós-liberais encontrariam conformância numa sociedade que surgiu pela sua criação nesses valores liberais. Creio que aí está uma agonia da esquerda americana: apresentar como palatáveis valores pós-liberais ou desdobramentos da própria mentalidade liberal para o cidadão americano que vê como sagrada a sociedade que surge com o rompimento do Antigo Regime/Mundo.


Mesmo que eu ainda não tenha adentrado profundamente nos escritos da esquerda americana, foi-me salutar assistir vídeos do First Thought, Second Thought, Red Pen e Contrapoints. Eles me deram um balanceamento interessante do debate. E continuam me dando. Ler um e outro escrito do proudhoniano Kevin Carson também me deixou vislumbrar um problema contínuo do moderno Estados Unidos, marcado por corporações que sobrepujam o poder civil. Ver essa suspicácia pelas grandes empresas poderiam adentrar, igualmente, na visão cética de Christopher Lasch também é um conexão interessante para a compreensão global do debate americano.


A visão do autor desse livro se estabelece na longa e contínua tradição do conservadorismo americano, essa tradição possui um respeito intelectual enorme pela Constituição Americana e a sua forma de ver o mundo é inegavelmente constitucionalista. Ela vê, com bastante preocupação, o aumento do tamanho do Estado como suspeito, visto que isso pode levar a recriação do Antigo Regime por outros meios. Grande parte da análise conservadora americana surge da crítica liberal ao Antigo Regime e é nesse sentido que o conservadorismo americano se contrapõe aos diferentes conservadorismos que existem no mundo. E é por essa razão que o autor prende muito das suas críticas ao grau de constitucionalismo que os presidentes americanos apresentaram durante o seu ofício.

quinta-feira, 2 de janeiro de 2025

Acabo de ler "The Real Costs of America's Border Crisis" da "Heritage Foundation" (lido em inglês)

 


A questão da crise da fronteira americana é problemática. Há muita desinformação e formação narrativa por todos os lados do espectro político. Além disso, a visão dos cidadãos nativos é muitas vezes ignorada ou simplesmente acentuada. Ora se dá margem para um discurso de "aumentar a imigração a qualquer custo", pouco importando os impactos negativos que ela causa. Ora nos deparamos com campanha anti-imigração inflamados pela mais inflamada retórica racista – isso quando não nos deparamos com nacionalistas brancos.


Os democratas muitas vezes acentuam o gasto público para promover políticas de bem-estar social para imigrantes ilegais. Essas políticas de bem-estar social são custeadas pelo dinheiro de cidadãos nativos. Esses cidadãos nativos se revoltam – e com certa razão – contra essa "transferência de renda". As políticas de bem-estar social deveriam cobrir aqueles que pagam os impostos, não aqueles que não contribuíram. Deveria ser estabelecido um tempo mínimo de contribuição para os beneficiários de programas sociais. Dar assistência, sem mais nem menos, apenas consagra a retórica anti-imigratória. Pior do que isso, dá margem para ampliação de grupos extremistas da pior espécie.


Existem, é claro, falácias no campo da alt-right. Essas falácias se concentram no ódio a toda e qualquer imigração de grupos étnicos não-brancos. O ódio contra indianos, por exemplo, disparou. Em verdade, os Estados Unidos são "sugadores de cérebro". Eles se beneficiam diretamente da sua capacidade de atrair "capital humano" do mundo todo, tendo a sua produção e qualificação amplificada. A retórica anti-imigratória pode levar a uma perda da competitividade da economia americana.


Um problema muito visto, sobretudo que vejo ser repetitivamente usado por latino-americanos, é a ideia que a política anti-imigração levaria a expulsão de latinos que estão legalmente nos Estados Unidos. Essa retórica, usada para fortalecer o Partido Democrata, não é boa. Ela apenas fará com que um debatente mais exímio utilize essa falácia para atacar com mais maestria quem se opõe a anti-imigracionistas.


Outra questão apresentada no documento é o fator educacional. As crianças, muitas delas desacompanhadas, apresentam um aumento de gastos na educação pública. Muitas dessas crianças não possuem um inglês adequado e não conseguem acompanhar as aulas adequadamente. Para tal, os professores gastam um empenho a mais tentando ensiná-las a língua inglesa. O aumento recorde desses alunos se torna um grande problema econômico, social e acadêmico – tudo isso de forma crescente.


O pequeno arquivo – ele só tem 13 páginas – termina com um aviso: nenhuma nação poderia sobreviver com fronteiras abertas e Estado de bem-estar distribuído a todos que entram. E isso é um fato: seria a falência econômica do Estado.