sexta-feira, 14 de novembro de 2025
NGL #13 — Uma liderança intelectual?
terça-feira, 8 de julho de 2025
Acabo de ler "QAnon: Radical Opinion versus Radical Action" de Sophia e Clark (lido em Inglês)
Nome:
QAnon: Radical Opinion versus Radical Action
Autores:
Sophia Moskalenko;
Clark McCauley.
Essa pesquisa, embora pequena, é bastante útil para quem estuda a obra de QAnon. Um fato bastante interessante é esse: os fóruns de QAnon são fóruns que criam coletivamente os mitos. O projeto qanonista é um projeto coletivo.
Eles analisam a radicalização com base em dois triângulos. Um meio de classificar o topo (extremismo) e o menor grau de engajamento. O que é um sistema interessante.
Triângulo 1:
- Obrigação moral pessoal;
- Justificação;
- Simpatizantes;
- Neutros.
Triângulo 2:
- Terroristas;
- Radicais;
- Ativistas;
- Inertes.
Há a questão que a pesquisa apresenta: seria a visão radical alinhada com a ação radical? Historicamente existem diferentes padrões na Janela de Overton e algo que é radical pode se tornar mainstream.
Creio que vale a pena os leitores darem uma olhada.
quarta-feira, 2 de julho de 2025
Acabo de ler "Exploring psyop-based conspiracy theories on social media" de Justin (lido em inglês)
Nome:
Exploring psyop-based conspiracy theories on social media
Autor:
Justin Bonest Phillips
Redpill, QAnon e /pol/ (4chan): quando esses nomes entram juntos, eles explodem o debate público. E quando aparece uma teoria da conspiração e psyop, há um prato cheio para todo analista.
Pensando bem, o que é uma teoria da conspiração? Uma teoria da conspiração se distingue por conter algumas características:
1. Ver padrões uma sequência não coincidente de eventos;
2. Identificar atores que aplicam o plano secreto em correlação com outros;
3. Expõem a intenção hostil dos conspiradores;
4. Lutam para revelar a verdade para todos.
O que é uma psyop? Um grupo de pessoas agindo secretamente, desejando mudar o comportamento de determinado grupo.
Uma teoria da conspiração pode surgir por múltiplos motivos, mas existem três razões bem interessantes para gerar uma teoria da conspiração: (1) epistêmica, (2) existencial e (3) social.
1. Epistêmica: estabiliza as visões de mundo;
2. Existencial e social: atende aos anseios daqueles que se veem como dominados ou em um mundo instável.
Em última instância, a teoria da conspiração é um mecanismo de defesa natural que satisfaz uma necessidade. Ela serve como um mecanismo de reforço epistêmico e um mecanismo de defesa simultaneamente. Ela também estabelece, para um grupo, um senso de pertencimento.
O interessante dessa pesquisa é que ela analisa que plataformas mais mainstream possuem um público menos ávido por teorias da conspiração e plataformas mais extremas (4chan e Telegram, por exemplo) possuem um público mais ávido por esse tipo de conteúdo. Além disso, a versão de uma teoria da conspiração é mais leve dentro de plataformas de nicho mainstream e é mais pesada e ofensiva dentro de plataformas de nicho underground. Fora isso, existe um consumo e postagem maior de teorias da conspiração em plataformas extremistas.


