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quinta-feira, 30 de maio de 2024

Acabo de ler "Em Defesa de Stalin" de Vários Autores (Parte 22)

 


Voltamos a análise do Instituto Marx Engels Lenin sobre a vida de Stalin (páginas 289 à 304). Aqui estamos no pipocar da Segunda Guerra Mundial e em que se concentrava a União Soviética naquele período de extremos e radicalismos. Ao contrário do que se esperava, a União Soviética buscava a paz – para o seu autodesenvolvimento – e as potências imperialistas estavam divididas: França, EUA e Inglaterra tinham a sua neutralidade e o eixo fascista queria a sua empreitada expansionista. É evidente que a postura das primeiras só reforçou o ímpeto das segundas.


Naquele período, a União Soviética já tinha a sua coletivização e mecanização dos campos. Essa foi uma das pedras angulares que permitiram que a União Soviética tivesse autossuficiência para encarar a agressão nazista. Sem essa preparação, não haveria possibilidade real de que a União Soviética sobrevivesse. O que demonstra que, apesar da turbulência, tal procedimento foi necessário.


É preciso ter em mente que Stalin compreendia a natureza cultural da revolução socialista. Não bastava que o proletariado junto ao campesinato assumisse os meios de produção e criasse o Estado socialista. Para um país socialista se faz necessário uma mentalidade social socialista. Não se trata da mentalidade de um grupo de pessoas socialistas, mas que o próprio povo se faça socialista. É por isso que escrevi "mentalidade social socialista" e não apenas "mentalidade socialista". Logo o povo inteiro se colocaria nos estudos do marxismo-leninismo e tal processo seria ajudado, promovido e impulsionado pelo próprio Estado soviético.


Stalin também falou da necessidade da União Soviética superar todos os outros estados. Só pela superação contínua das potências capitalistas poderia se falar da vitória do socialismo. O socialismo demonstraria a sua superioridade em todos os setores como principal propaganda da superioridade do sistema socialista. Essa seria uma "resposta pacífica" e "propaganda suficiente" da superioridade socialista. É por isso que Stalin promoveu uma espécie de competição de produtividade e qualidade, o sistema que mais oferecesse vantagens ganharia.

segunda-feira, 30 de agosto de 2021

Acabo de ler "Barbaria em Berlim" de G. K. Chesterton



     Acabo de ler "Barbaria em Berlim" de G. K. Chesterton.


    Nesse livro podemos ver o posicionamento de Chesterton na primeira guerra mundial e como as suas previsões serviram até mesmo para se chegar a Alemanha nazista - a qual ele não esteve vivo para ver por completo, mas que antecipou com clareza. Esse livro não demonstra só um mero posicionamento antiprussiano, mas também um posicionamento antirracista.


    Chesterton sempre foi um excelente analista do pensamento. A razão dele ter se colocado como antiprussiano se dá pela incapacidade que a Prússia tinha de adotar padrões necessários a vida civilizada real. Em outras palavras, a Prússia se entregava a parcialismos grosseiros que achavam que era inovações, quando eram, na verdade, apenas uma limitação de uma consciência precária. Um desses era a ideia e o ato constante de fazer promessas e traí-las, encontrando nisso uma suposta compreensão científica e civilizacional. Um desses parcialismos era o teutonismo, teoria pra lá de racista.


    Para Chesterton, havia-se a diferença entre o "bárbaro pré-civilizado" (bárbaro negativo) e o bárbaro que, com suas ideias tortas, poderiam destruir a civilização (bárbaro positivo) com seus modos e pensamentos. Quando a Prússia criou o seu modo de agir grosseiro, ela propriamente criou um patriotismo que queria destruir as outras pátrias por acreditar que só ela mesma era uma pátria. Mais uma vez, noção parcial e bárbara. Mais uma vez, pensamento que gera ação destrutiva, expansionista e belicosa. E a cereja do bolo do pensamento da Prússia nessa época (que também seria a cereja do bolo da Alemanha nazista) era a sua teoria racial que distorcia tudo para "propósitos de raça". Racismo é, propriamente, um reducionismo de raça - bem ao contrário do biopsicossocial e espiritual - e esse parcialismo grosseiro gerou uma série de desastres pelo mundo. É isso que Chesterton sabiamente enfrentou.