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segunda-feira, 17 de novembro de 2025

Nota de Pesquisa (NDP): Política Econômica de Esquerda (links)

 



Conteúdo recomendado pelo Leftypol (https://leftypol.org)


Youtube Playlists

Anwar Shaikh - Historical Foundations of Political Economy

https://www.youtube.com/playlist?list=PLTMFx0t8kDzc72vtNWeTP05x6WYiDgEx7

Anwar Shaikh - Capitalism: Competition, Conflict and Crises

https://www.youtube.com/playlist?list=PLB1uqxcCESK6B1juh_wnKoxftZCcqA1go

Anwar Shaikh - Capitalism

https://www.youtube.com/playlist?list=PLz4k72ocf2TZMxrEVCgpp1b5K3hzFWuZh

Capital Volume 1 high quality audiobook from Andrew S. Rightenburg (Human-Read, not AI voice or TTS voice)

https://www.youtube.com/playlist?list=PLUjbFtkcDBlSHVigHHx_wjaeWmDN2W-h8

Capital Volume 2 high quality audiobook from Andrew S. Rightenburg (Human-Read, not AI voice or TTS voice)

https://www.youtube.com/playlist?list=PLUjbFtkcDBlSxnp8uR2kshvhG-5kzrjdQ

Capital Volume 3 high quality audiobook from Andrew S. Rightenburg (Human-Read, not AI voice or TTS voice)

https://www.youtube.com/playlist?list=PLUjbFtkcDBlRoV5CVoc5yyYL4nMO9ZJzO

Theories of Surplus Value high quality audiobook from Andrew S. Rightenburg (Human-Read, not AI voice or TTS voice)

https://www.youtube.com/playlist?list=PLUjbFtkcDBlQa-dFgNFtQvvMOgNtV7nXp

Paul Cockshott - Labor Theory of Value Playlist

https://www.youtube.com/playlist?list=PLKVcO3co5aCBnDt7k5eU8msX4DhTNUila

Paul Cockshott - Economic Planning Playlist

https://www.youtube.com/playlist?list=PLKVcO3co5aCDnkyY9YkQxpx6FxPJ23joH

Paul Cockshott - Materialism, Marxism, and Thermodynamics Playlist

https://www.youtube.com/playlist?list=PLKVcO3co5aCBv0m0fAjoOy1U4mOs_Y8QM

Victor Magariño - Austrian Economics: A Critical Analysis

https://www.youtube.com/playlist?list=PLpHi51IjLqerA1aKeGe3DcRc7zCCFkAoq

Victor Magariño - Rethinking Classical Economics

https://www.youtube.com/playlist?list=PLpHi51IjLqepj9uE1hhCrA66tMvNlnItt

Victor Magariño - Mathematics for Classical Political Economy

https://www.youtube.com/playlist?list=PLpHi51IjLqepWUHXIgVhC_Txk2WJgaSst

Geopolitical Economy Hour with Radhika Desai and Michael Hudson (someone says "he's CIA doing reheated Proudhonism" lol)

https://www.youtube.com/watch?v=X7ejfZdPboo&list=PLDAi0NdlN8hMl9DkPLikDDGccibhYHnDP


Potential Sources of Information

Leftypol Wiki Political Economy Category (needs expanding)

https://leftypedia.miraheze.org/wiki/Category:Political_economy

Sci-Hub

https://sci-hub.se/about

Marxists Internet Archive

https://www.marxists.org/

Library Genesis

https://libgen.is/

University of the Left

http://ouleft.sp-mesolite.tilted.net/Online

bannedthought.net

https://bannedthought.net/

Books scanned by Ismail from eregime.org that were uploaded to archive.org

https://archive.org/details/@ismail_badiou

The Great Soviet Encyclopedia: Articles from the GSE tend to be towards the bottom.

https://encyclopedia2.thefreedictionary.com/

EcuRed: Cuba's online encyclopedia

https://www.ecured.cu/

Books on libcom.org

https://libcom.org/book

Dictionary of Revolutionary Marxism

https://massline.org/Dictionary/index.htm

/EDU/ ebook share thread

https://leftypol.org/edu/res/22659.html

Pre-Marxist Economics (Marx studied these thinkers before writing Capital and Theories of Surplus Value)

https://www.marxists.org/reference/subject/economics/index.htm

Principle writings of Karl Marx on political economy, 1844-1883

https://www.marxists.org/archive/marx/works/subject/economy/index.htm

Speeches and Articles of Marx and Engels on Free Trade and Protectionism, 1847-1888

https://www.marxists.org/archive/marx/works/subject/free-trade/index.htm

(The Critique Of) Political Economy After Marx's Death

https://www.marxists.org/subject/economy/postmarx.htm

Nota de Pesquisa (NDP): esquerda na Austrália e Oceania (links)

 



Esquerda na Austrália e Oceania.


Conteúdo recomendado pela esquerda australiana e da Oceania do leftypol (https://leftypol.org).


Links:

https://www.greenleft.org.au

https://www.auscp.org.au/militant-monthly

https://solidarity.net.au

https://redflag.org.au

https://marxistleftreview.org/?topic=australia

https://www.michaelwest.com.au

https://overland.org.au

https://arena.org.au

https://www.themonthly.com.au

https://www.crikey.com.au

https://www.redblacknotes.com

https://www.surplusvalue.org.au/McQueen/index.htm

https://reddit.com/r/AustralianSocialism 

https://www.labourstart.org/news/country.php?country=Australia&langcode=en

https://anarchistnews.org/content/spotters-guide-anarchism-australia-and-aotearoa

https://thewhiterosesociety.writeas.com



domingo, 16 de novembro de 2025

Memória Cadavérica #31 — Em vez de chamar de extrema-direita...

 


Memórias Cadávericas: um acervo de textos aleatórios que resolvi salvar (no blogspot) para que essas não se perdessem.


Contexto: postagem no Threads. Expandida para fins de recordação.


A esquerda e a mídia precisam parar de escrever "extrema-direita". É uma estratégia que não funciona mais. Muitos direitistas apenas olham e dizem: "sou de extrema-direita mesmo". 


Seria infinitamente mais útil pegar comentários racistas, misóginos, LGBTfóbicos, xenofóbicos e exibi-los indefinidamente. Essa estratégia ganha "fator turbo" no período eleitoral.


Exemplos:

- Política ou discurso antimigracionista no Sul contra nordestinos = ódio contra nordestinos = exiba as mensagens ou as políticas do Sul no Nordeste em massa = direita perde base eleitoral no Nordeste;

- Discurso LGBTfóbico em redes sociais ou políticas públicas LGBTfóbicas em qualquer local do Brasil = ódio contra LGBTs = exiba as mensagens ou as políticas LGBTfóbicas para LGBTs em massa = direita perde base eleitoral entre LGBTs.


Infelizmente vocês não estão prontos para essa malandragem. No período eleitoral, vira até autofire. Qualquer discurso, qualquer política, em qualquer ponto que seja: pode e deve ser usado contra o próprio criador do discurso. Isso é uma estratégia mais inteligente do que ficar escrevendo "extrema-direita" indefinidamente, visto que essa relatividade conceitual gera receio até entre a centro-direita.


Se você pega os males discursivos ou políticas enlouquecidas da direita woke (você lembrou de pesquisar "woke right" no Google, não é? Essa é a milésima vez que escrevo isso), ninguém vai querer ser identificado como apoiador delas.


Isso fará que eles tenham um número limitado de escolhas:

1. Acusar uns aos outros;

2. Pedir perdão público;

3. Deixarem de praticar políticas divisíveis.


É evidente que você também não pode praticar os mesmos exageros retóricos. Dizer que "pessoas ricas têm muito privilégios nesse país com baixa distribuição de renda" é muito melhor do que dizer "brancos têm muito privilégio nesse país". Você precisa tornar os seus adversários reféns verbais das próprias palavras que eles proferiram sem que você se torne refém verbal das suas palavras também.


Claro, isso é só um "conselho bobo" de um escritor mequetrefe sem influência alguma. No fim, minha opinião ou a ausência dela não impactam em nada.

quinta-feira, 30 de outubro de 2025

Memória Cadavérica #20 — Brasil na Eterna Adolescência

 



Memórias Cadávericas: um acervo de textos aleatórios que resolvi salvar (no blogspot) para que essas não se perdessem.


O Brasil inteiro é uma adolescência sem fim. O ódio e o amor ao socialismo é coisa de adolescente, o ódio e o amor ao capitalismo é coisa de adolescente. Toda figura, sistema ou condição, tudo é sempre encarado de uma forma sem nuances. Ou totalmente bom, ou totalmente ruim. Não por acaso, nossos conservadores são adolescentes. Nossos socialistas são adolescentes. Ninguém vê os próprios erros e tampouco é capaz de citar múltiplos pontos de uma mesma escola. Só existem fetiches mentais.

Memória Cadavérica #19 — IPhone sempre foi coisa de esquerdista

 



Memórias Cadávericas: um acervo de textos aleatórios que resolvi salvar (no blogspot) para que essas não se perdessem.


O iPhone sempre foi a marca odiada pelo Partido Republicano, sabe a razão? Por ser encarado como uma marca de esquerdista californiano. Lembro-me de saber isso com 14 anos de idade ou menos. Só nesse país, marcado pelo aspecto provinciano, que as pessoas acham que iPhone é uma marca associada culturalmente à direita.

domingo, 5 de outubro de 2025

Memória Cadavérica #13 — Underground




Memórias Cadávericas: um acervo de textos aleatórios que resolvi salvar (no blogspot) para que essas não se perdessem.


Nunca ganhei um único centavo sendo escritor. Sempre fui escritor por hobby. Ou, talvez, por vocação. Quando vejo as pessoas dizendo: "não sei se me pociono ou deixo de me posicionar de tal forma", percebo que segui um caminho mais certo. Também pouco espero de apoio social ou financeiro.


O brasileiro está sempre quebrado, quem é independente precisa trabalhar na hora extra para não receber nenhum tostão.


Não espero fama, não espero viver bem. A única coisa que se acumula são as dores nas minhas costas e o cansaço para com o debate público. Debate público que, além de emburrecer cronicamente, piorou muito.


Tenho muitas opiniões extremamente polêmicas. Guardo comigo uma série de visões que escapam, seja do exuberante patrimonialismo intelectual brasileiro — o qual chamamos de universidades públicas —, seja da direita woke e mainstream que agora cresce que nem piolho.


Eu não espero compreensão. Muito pelo contrário, afasto-me de bandos tal como o diabo se afasta da cruz e o boêmio se afasta da carteira de trabalho.

terça-feira, 29 de julho de 2025

Acabo de ler "The Dark Enlightenment" de Nick Land (lido em Inglês/Parte 7)

 


Nome:

The Dark Enlightenment


Autor:

Nick Land


Nesse capítulo, há a continuidade da descrição psicológica e social da forma que age a direita e a esquerda. Além disso, há um estabelecimento de causas históricos e a forma de atuação dos dois grupos dentro do contexto americano.


Um dos eventos que continuam a ser mencionados é o racismo e a fundação dos Estados Unidos da América. O racismo não é hm evento acidental, mas parte da estrutura mesma da criação dos Estados Unidos. Para corrigir tal condição, identidades raciais são catalogadas, o crime de ódio é detectado, remédios sociais são dispostos, as análises impactam estudos, há o uso da discriminação positiva, a tomada de ações afirmativas e a promoção da diversidade. Tudo isso é realizado pela esquerda enquanto a direita é ainda incapaz de apresentar uma solução sintética.


Nick Land apresenta as razões da esquerda ser mais bem sucedida intelectualmente do que a direita. Em primeiro lugar, a dialética e a política são o mesmo. A direita, por sua vocação anti-dialética, apresenta-se como antipolítica. Não por acaso, a vantagem intelectual que a esquerda vem apresentado é cada vez maior. Além disso, a ausência de unidade na direita também pesa.


A direita vem apresentado uma dificuldade enorme em adentrar nas agendas das ciências humanas modernas. Fora isso, a integração ao debate público muitas vezes move ao lado esquerdo do espectro. Há uma fundamental futilidade no conservadorismo mainstream, ele não se encaixa e é incapaz de apresentar soluções intelectualmente robustas para os problemas dos nossos tempos.


O conservadorismo é incapaz do trabalho dialético, logo é incapaz de compreender as simultâneas contradições e o poder da inconsistência. O problema que essa incapacidade carrega é que política é em si mesma dialética, a política é em si mesma composta por simultâneas contradições e pelo poder inconsistente.


A resolução da direita para os problemas políticos não é a unidade articulada e sintética, mas o separamento. Em vez de uma unidade resolutiva, apresenta-se a pluralidade irresoluta, a separação dos poderes, o federalismo, a proliferação de políticas, a localização do poder, a diversidade de sistemas de governo, uma abertura econômica e tecnológica, o individualismo. Em outras palavras, a fragmentariedade e a anti-unificação. Isso é anti-dialético e anti-sintetizante.

segunda-feira, 21 de abril de 2025

Acabo de ler "The Myth of Left and Right" de Hyrum e Verlan (lido em inglês)

 


Nome:

The Myth of Left and Right: how the political spectrum misleads and harms america


Autores:

Hyrum Lewis;

Verlan Lewis.


Grande parte do conflito contemporâneo — e que é uma efetiva ameaça a democracia — é o fenômeno da seitização, da polarização e da tribalização da política. O fato é: se a democracia se dá pela convivência harmoniosa entre diferentes ideias, como estabelecer uma democracia em que o diálogo se torna cada vez mais raro e as pessoas se encontram presas em suas tribos políticas?


O livro trata sobre a questão da visão essencialista dos espectros políticos. Usualmente tomamos esquerda e direita como aspectos essenciais e invariáveis. Tomamos a ideia de que as pessoas escolhem as suas ideias e depois assumem um grupo político para si. Só que essa teoria essencialista foge da realidade: as ideias de esquerda e direita variam tanto historicamente que podem até ser autocontraditórias se colocadas em quadros históricos diferentes. Uma ideia de esquerda pode se tornar de direita e uma ideia de direita pode se tornar de esquerda.


Um exemplo disso é a contradição histórica entre determinadas políticas. Stalin, por exemplo, ressuscitou o nacionalismo na Rússia — o socialismo marxista era internacionalista. Ronald Reagan era pró-migração, pró-acordos multilaterais, pró-comércio global e Donald Trump é o exato oposto disso tudo. Como algo pode ser uma coisa e depois se tornar o absoluto oposto disso? As políticas econômicas de Lenin levaram a abertura do mercado (Nova Política Econômica) e as políticas de Stalin (planos quinquenais) levaram ao fechamento dele. Atualmente, os conservadores falam de uma nova doutrina econômica com um mercado mais fechado à concorrência externa e um Estado mais participativo na esfera econômica.


Outra questão que o livro aborda é a ausência de sistematização real das ideias quando postas lado a lado. Por exemplo, o que ser a favor das fronteiras abertas tem a ver com ser a favor de um Estado mais atuante na esfera econômica? O que ser contra o aborto tem a ver com a redução dos impostos? Em verdade, essas opções que usualmente adquirem o rigor de uma sistemática nada tem a ver uma com a outra e poderiam ser muito bem pensadas separadamente. Mas usualmente pensamos numa adesão em bloco, de forma muito mais religiosa do que filosófica. O pensamento em bloco indica a unidade da fé, o pensamento que vai pouco a pouco, direcionando e analisando cada aspecto, é o pensamento filosófico. Atualmente temos muito mais a adesão em bloco do que uma análise minuciosa de cada parte.


Temos que admitir hoje em dia que muito do que pensamos, não pensamos de fato. Isto é, grande parte de nossas visões vieram de "compra casada". Ou seja, adquirimos essas visões mais por um processo de socialização e adesão grupal do que um processo reflexivo, duradouro e consistente. Devemos voltar a pensar com desprendimento, mas com rigor. Pouco importando as decisões da tribo política. É preciso analisar várias formas sem se prender a uma ritualidade tribalizante, buscando um livre pensamento, desprendido de vieses de confirmação.


Atualmente não temos muito da seriedade democrática. Muito pelo contrário, o que temos são diferentes grupos brigando pelo poder e distorcendo o poder de todas as formas para dar continuidade ao projeto de poder. Ou seja, a própria noção de convivência democrática e a possibilidade de aprender com o adversário ou pessoa de ideia diferente é completamente ignorada. A democracia existe mais institucionalmente do que internamente. Ela é uma instituição que caminha morta pela força dos ventos, visto que não mais habita os corações e mentes. Nessa condição, quem garantirá a continuidade da democracia? Se a democracia já está morta a nível social de forma inconsciente, basta que as pessoas se deem conta disso para que ela acabe a nível institucional.

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2025

Acabo de ler "The MAGA Doctrine" de Charlie Kirk (lido em inglês)

 


Nome:

The MAGA Doctrine


Autor:

Charlie Kirk


Tradicionalmente o conservadorismo americano apresentava algumas divisões. Existiam os libertários, os conservatários, os paleoconservadores, os neoconservadores, os anticomunistas, os conservadores sociais, os conservadores fiscais. Várias subdivisões. Com a vitória do Trump, o movimento nunca mais foi o mesmo.


Atualmente surge um novo tipo de conservador na tradição do conservadorismo americano. Esses novos conservadores, um gigantesco movimento de massas, são chamados de "MAGA conservatives" (Make America Great Again [Faça a América Grande de Novo]). Um conservadorismo de uma verve mais populista.


Se perguntarmos de onde surgiu o apoio a Donald Trump temos em vista um cenário em que os grandes partidos (Democrata e Republicano) param de apoiar a população para se ancorar em sólidas relações com grandes corporações. Grande parte do povo americano se sentiu abandonado pelos políticos. Trump é um fenômeno dificilmente ignorável. Ele é, em verdade, o clamor de um povo que vê cada vez mais o seu voto sendo anulado pelas gigantescas correlações dos dois grandes partidos com grandes corporações. Trump vem com uma mensagem, uma retórica, que se aproxima das massas populares e suas crenças.


Não é possível deixar de citar o caso dos intelectuais. Os intelectuais, durante o surgimento do movimento MAGA, estavam mais ocupados em defender as suas próprias pautas do que pensar no que o próprio povo queria. O afastamento, sempre maior, do intelectual médio (aqui em gostos e afinidades) para com o povo se tornou cada vez mais triste. A cada dia que passa, o intelectual médio se torna cada vez mais distante do povo. O intelectual médio é visto como um burocrata que aparece tão somente para ditar regras e acabar com a diversão. Essa separação acaba gerando um sentimento de que intelectuais são contra o povo. E rapidamente o povo se torna contra os intelectuais.


A eleição de Trump e a reeleição de Trump demonstram algo que o mundo inteiro ainda não absorveu ao todo. É demonstrado cabalmente que a aliança entre políticos, corporações e intelectuais gera um rival que é notoriamente anti-político, anti-corporação e anti-intelectual ao menos no que se refere a retórica. Em todo mundo, intelectuais passam a ser vistos como cordeiros ou como cúmplices ou como parte do establishment. Em outras palavras, parte do problema e não a sua solução. Visto que são parte do sistema que simplesmente ataca e zomba do povo.


Num cenário em que o intelectual médio é anticristão, em que o intelectual médio é defensor de "formas alternativas de amor", em que o intelectual médio é a favor de uma regulação cada vez maior do discurso – o que infringe sobretudo as massas populares –, em que o intelectual médio quer controlar e regularizar tudo com base em seus próprios gostos, é natural que o povo crie sentimentos cada vez mais anti-intelectuais. O que não é uma aversão ao intelectualismo ou o academicismo em si mesmo, mas ao intelectualismo e academicismo de esquerda ou qualquer versão que se alinhe a linha a trindade governo-corporação-academia.


Creio que muito dificilmente os problemas serão entendidos. Atualmente a maioria dos intelectuais seguirá uma vida excêntrica, desprezando o povo – e rindo dele –, os políticos continuarão com os seus sólidos laços corporativistas e novos populismos surgirão. Esse século pode ser marcado pela trindade governo-corporação-academia contra o eixo outsider-populista.

domingo, 12 de janeiro de 2025

Acabo de ler "How Cultural Marxism Threatens the United States" de Mike e Katharine (lido em inglês/Parte 6 Final)


Nome:
How Cultural Marxism Threatens the United States—and How Americans Can Fight It 

Autores:
Mike Gonzalez;
Katharine C. Gorka.
 

O documento – bastante sucinto – é bem interessante. Antes mesmo do famoso "Project 2025", a Heritage Foundation já fundava as bases atuacionais da direita americana. De fato, as atuações da Heritage Foundation são bem interessantes e muito bem delineadas. É interessante a incrível capacidade da direita americana em comparação a direita nacional.

É um documento altamente estratégico. Fornece formas de organizações. Ensina principais pontos da atuação da esquerda no território americano – embora sua atuação seja semelhante nos países da América Latina e Europa –, ensina como combatê-los, dá um delineamento acerca de táticas e práticas institucionais para quebrar a esquerda na política. Deveras interessante. 

Creio que esse "Special Report" foi bastante interessante para compreender pontos basilares da política dos Estados Unidos da América. Recomendo a sua leitura, visto que a Heritage fornece questões essenciais para a condução política americana.

quarta-feira, 8 de janeiro de 2025

Acabo de ler "El camino del libertario de Javier Milei" de Juan Fernando (lido em espanhol/Parte 2 FINAL)



Nome:

El camino del libertario de Javier Milei



Autor:

Juan Fernando Suazo Irachez

 

Como o artigo era muito pequeno, apresentando tão somente três páginas, resolvi fragmentar menos a análise do artigo. Não se preocupem, não pulei parte alguma e, como sempre, exporei o essencial.


Javier Milei, ao estudar economia, chegou a algumas conclusões:

1. As economias que possuem maior intervenção do estado crescem menos;

2. A não intervenção do estado na economia é melhor para a assignação de recursos;

3. A coerção sobre a propriedade atrapalha o desenvolvimento do país.


Outras conclusões se juntariam a essas, mas a principal é: o melhoramento, o crescimento econômico e o avance da economia de um país se devem a acumulação capitalista. Para tal, deve-se fortalecer os seguintes critérios:

  • Mercados Livres;
  • Propriedade Privada;
  • Competência;
  • Divisão de Trabalho;
  • Cooperação Social.

Para Javier Milei, o capitalismo não é economicamente favorável. O capitalismo também é ética e moralmente superior ao socialismo. Só no capitalismo o indivíduo poderia se desenvolver plenamente, visto que no socialismo o indivíduo não pode se superar. Tal razão é decorrente do sistema coletivista imposto em (alguns) países socialistas em que o fim coletivo está sempre acima do fim individual, onde todos se perdem numa pulsão gregária.

Acabo de ler "How Cultural Marxism Threatens the United States" de Mike e Katharine (lido em inglês/Parte 3)

 


Nome:

How Cultural Marxism Threatens the United States—and How Americans Can Fight It 


Autores:

Mike Gonzalez;

Katharine C. Gorka.


Os conservadores chamam de marxistas culturais aqueles que poderiam ser chamados de "New Left" ou, simplesmente, pós-marxistas. Poderíamos catalogar o marxismo cultural como uma reunião de táticas da guerra cultural impulsionadas por uma síntese de esquerda.


Uma das crenças básicas do marxismo é a separação da sociedade em diferentes categorias antagônicas. Algumas beneficiadas socialmente, outras que perdem seus recursos – que deveriam ser de direito – para grupos sociais mais privilegiados por causa da estrutura social. Se os marxistas clássicos dividiam a sociedade em trabalhadores e burgueses, os marxistas culturais dividem a sociedade por gênero, por sexualidade, por raça, por nacionalidade. Todas essas distintas catalogações servem como divisão para o trabalho revolucionário.


Para que os marxistas culturais consigam moldar a cultura, eles precisam destruir todos os traços da antiga cultura – que eles julgam pervasiva. Para tal, criam dois aparatos reguladores da atividade cultural:

1. Doutrinação em todos os meios de produção cultural;

2. Regulação da fala em todos os meios possíveis para cercear a possibilidade de discurso de visões alternativas de mundo.


É evidente que se comprovada ou admitida a existência de um marxismo cultural, cabe-se o entendimento lógico de que o marxismo cultural é um projeto de poder totalitário, de rigor tecnocrata e que ameaça qualquer possibilidade de uma sociedade livre por querer moldar toda a sociedade aos seus próprios critérios com base em doutrinação e censura. Não é uma crença, nem uma prática, que possa ser admitida ou tolerada dentro de uma sociedade livre, visto que é um veneno aos próprios critérios de liberdade.

domingo, 27 de outubro de 2024

Acabo de ler "Campus Battlefield" de Charlie Kirk (lido em inglês/Parte 16 - Final)



Nome:

CAMPUS BATTLEFIELD

HOW CONSERVATIVES CAN WIN THE BATTLE ON CAMPUS AND WHY IT MATTERS


Autor:

Charlie Kirk


A sociedade precisa de amplos pontos de vista e um debate aberto para que o exercício do autogoverno seja melhor. Quando adentramos num mundo em que todo mundo se isola em viés de confirmação e temos diferentes bolhas batalhando entre si, acabamos por cair numa sociedade tribalizada. Se faz necessário uma abertura cultural.


Não há muito o que dizer do final desse livro. Além do fato de que ele foi bastante interessante de se ler. Quanto o último capítulo, ele é mais uma propaganda das ações do grupo do que um capítulo argumentativo. Todavia recomendo a leitura do livro para se compreender mais da realidade política dos Estados Unidos da América.

Acabo de ler "Campus Battlefield" de Charlie Kirk (lido em inglês/Parte 15)


Nome:

CAMPUS BATTLEFIELD

HOW CONSERVATIVES CAN WIN THE BATTLE ON CAMPUS AND WHY IT MATTERS


Autor:

Charlie Kirk


A distorção se tornou uma gravidade nos ambientes universitários. A diversidade, por exemplo, não é enquadrada mais como poderia ser, mas como apenas um monte de pessoas de diferentes quadros geográficos, sexualidades, gêneros... Mas todas com as mesmas ideias.


Hoje em dia, se pode dizer que a "separação dos poderes" é algo ofensivo. Como chegamos a tal ponto de distorção argumentativa? Aparentemente, tudo adentrou numa nova era linguística em que tudo o que aparece, em aparece numa forma intoxicada pelas distorções mais profundas para fins narrativo-ideológicos.


O debate, tal como alertado na análise anterior, é previamente moralizado de forma excessiva. É evidente que a modalidade do debate deve ser assegurada, todavia há uma questão: a própria moralização do debate é feita para fins imorais. A moralização não existe para que o debate seja bom ou para que não entremos num extremismo anti-humanitário, a moralização é feita como uma criminalização de outros pontos de vista antes mesmo que eles sejam anunciados. Só pontos de vista daqueles que iniciaram essa campanha "moralizatória" são possíveis dentro desse debate regulado pela falsa moralização.


A questão não é a defesa de gente racista, de gente LGBTfóbica ou, simplesmente, a defesa de pessoas intolerantes. A questão é que a arma da moralização para combater determinados comportamentos é usualmente utilizada não só para criminalizar o bestialógico nazismo e/ou o supremacismo branco, é utilizado para censurar todos aqueles que possuem apontamentos liberais clássicos ou conservadores. Até pontos de vista mais tradicionais, associados a uma mentalidade religiosa, podem ser potencialmente censurados. Entregam-nos, dia após dia, falsas noções do que se quer fazer. Depois disso, acabam atacando grupos a mais nesses pacotes de expansão não anunciados, mas previamente deliberados.


Não é um acaso que a palavra "fascista" acabou sofrendo uma relativização terminológica tão imensa nos últimos anos. Ela foi relativizada para posteriormente ser aplicada a uma série de grupos que precisamente nada têm a ver com o fascismo. Se o fascismo hoje abarca uma série de agrupamentos não-fascistas, quando existe uma pressão para combater o fascismo, adentramos num ataque a uma série de grupos que mesmo não sendo fascistas precisam ser combatidos – seja pela força aparato repressivo do Estado, seja pela força da sociedade organizada.


Pense na união dessas ações: relativização terminológica do fascismo + nova classificação de vários grupos como fascistas + necessidade de combater o fascismo. O que teremos, nessa conjuntura, não é uma sociedade melhor e "menos fascista", mas sim uma sociedade que reprime vários grupos não-fascistas e, até mesmo, antifascistas com a alegação de que eles são fascistas. Se isso ocorre, temos uma engenharia social monstruosa e a criação de um Estado policial que em nome de combater o totalitarismo adentra cada vez mais em seu próprio totalitarismo.

Acabo de ler "Campus Battlefield" de Charlie Kirk (lido em inglês/Parte 14)

 


Nome:

CAMPUS BATTLEFIELD

HOW CONSERVATIVES CAN WIN THE BATTLE ON CAMPUS AND WHY IT MATTERS


Autor:

Charlie Kirk


A academia não é formada por sentimentos, embora eles façam parte dela. A academia é formada por uma série de pessoas que, ao debaterem livremente, possuem uma possibilidade maior de compreensão dos fatos. As diferentes escolas de pensamento, os seus diferentes pontos de vista, enriquecem o debate e as informações e compreensões que existem nele. É a liberdade de expressão, além de um olhar cauteloso perante sistematismos dogmáticos, que forma o debate.


Atualmente muito se fala sobre a organização do sistema econômico. Só que essa argumentação tem sido pautada por um excesso de moralismo para que não se veja os diferentes lados dessa história. A grande maioria chega a supor que os intelectuais de esquerda querem grandes burocracias pois seriam os beneficiários primários do poder político e econômico que essas grandes burocracias teriam. A outra grande maioria crê que os intelectuais de direita defendem a iniciativa privada por supostamente odiarem os pobres e o acesso que eles teriam a maiores oportunidades de vida. É evidente que isso descarta o debate a priori, já que as argumentações acerca da produtividade econômica – o que é mais favorável para a distribuição de recursos sociais – é amplamente ignorada.


A argumentação da direita acerca da economia tende a ser a de que um sistema descentralizado, onde as pessoas podem tomar diferentes iniciativas e testar diferentes fórmulas, é melhor do que um sistema centralizado, visto que esse impossibilitaria a possibilidade daquilo que poderíamos chamar de "feedback". Quando essa crítica é ignorada, como o é na maioria dos casos, o debate é simplesmente blindado. 

Acabo de ler "Campus Battlefield" de Charlie Kirk (lido em inglês/Parte 13)


Nome:

CAMPUS BATTLEFIELD

HOW CONSERVATIVES CAN WIN THE BATTLE ON CAMPUS AND WHY IT MATTERS


Autor:

Charlie Kirk


A questão não é se eu negro deve ser de direita ou de esquerda. A questão é: o negro tem possibilidade de escolha? Na ampla maioria das vezes, a pessoa negra é levada a crer que possui uma obrigação. Essa obrigação é a de ser de esquerda. Vários grupos têm sido levado a crer que são obrigados a serem de esquerda. Há uma enorme incompreensão do que seria ser de direita e, sobretudo, o que seria ser conservador.


O pensamento conservador possui múltiplas vertentes. O pensador conservador negro, Thomas Sowell, é múltiplas vezes ignorado pelos intelectuais negros. O fato é que, nas muitas vezes, a pessoa negra é levada a crer que é obrigada a tomar não uma iniciativa de compreensão de um complexo debate, vendo qual possibilidade é melhor e em que parte, mas sim votar em candidatos de esquerda por obrigação de raça.


É intelectualmente desonesto obrigar pessoas a serem de determinados grupos políticos por serem de dado agrupamento. É intelectualmente racista obrigar negros a serem de esquerda. É intelectualmente fraudulento acusar toda a direita, em sua complexidade absolutamente variável de pensamentos, de ser racista. É epistemologicamente improvável que as políticas de esquerda resultem, ao todo, na promoção de bem-estar para os grupos que ela supostamente defendem. Na melhor das hipóteses, as teorias da esquerda são hipóteses e hipóteses podem dar errado. Não deve haver obrigatoriedade de voto na esquerda por ser pertencente a determinado grupo.


Um debate é marcado não por ideias gerais, mas por uma série de dados que usualmente nos escapam. A generalização leva ao emburrecimento e empobrecimento do debate. Não podemos cair na doutrinação argumentativa que coloca tudo em debates movidos por divergentes unidades de fé em oposição absoluta.

sábado, 26 de outubro de 2024

Acabo de ler "Campus Battlefield" de Charlie Kirk (lido em inglês/Parte 12)


 Nome:

CAMPUS BATTLEFIELD

HOW CONSERVATIVES CAN WIN THE BATTLE ON CAMPUS AND WHY IT MATTERS


Autor:

Charlie Kirk


No que se baseia o poder atual? Os Estados Unidos da América historicamente se estabelece como uma nação em que a população branca foi privilegiada pelo processo colonizatório. A partir disso, uma estrutura social se formou e está tardando a ser desconstruída pelas forças históricas. Todavia a questão não pode acabar em uma histeria coletiva, ela deve entrar numa resolução concreta que se encaminhe para o fim dessa problemática.

Aparentemente, a única coisa que vem sido feita vem sido um revanchismo contínuo e não uma boa solução – mesmo que lenta – para os problemas. Além disso, a utilização de violência vem sido uma constante. Seja por parte de grupos supremacistas brancos – que só aumentam graças a influência digital de fóruns como o 4chan –, seja com a influência de certos movimentos negros que creem num processo de catarse por meio da iconoclastia.

Outro apontamento é que: mesmo que exista uma estrutura que tarda a ser dissolvida, o comportamento tóxico vindo de certos setores sociais não poderia levar a uma consagração de uma sociedade mais justa, sobretudo por eles causarem, em grande parte, mais ódio entre diferentes raças dentro da sociedade. Ademais de atacarem, de forma tribal, qualquer um que não esteja prontamente apto para corroborar com suas teses.


Acabo de ler "Campus Battlefield" de Charlie Kirk (lido em inglês/Parte 11)

 


Nome:

CAMPUS BATTLEFIELD

HOW CONSERVATIVES CAN WIN THE BATTLE ON CAMPUS AND WHY IT MATTERS


Autor:

Charlie Kirk


Uma das palavras mais constantemente ditas é "trigger", essa palavra representa o "gatilho". Esse "gatilho" é o comportamento, a palavra, que leva a um grande devastamento social a partir do que é dito ou feito. O que, por sinal, demonstra como vai a nossa sensibilidade social e o rumo da opinião pública – visto que sempre nos baseamos no que é feito nos Estados Unidos da América.


A tese é que somos vítimas de uma cultura. E se uma cultura nos vitimiza, devemos depor essa cultura. A cultura deposta será... A cultura ocidental. E o que virá depois dela? Uma cultura inclusiva – ou algo que ninguém sabe exatamente ao certo, visto que os resultados não vem sido animadores até o presente momento.


Em classes de aula, os professores não sabem muito bem como executar uma educação que não ataque os sentimentos dos seus alunos. Até o presente momento, entramos em discussões prolongadas acerca do legado ocidental e como o estudo dele pode levar a um ataque das pessoas não brancas – que sofreram a agressão ocidental. A partir disso, o ponto epistêmico deve ser trocado e dar lugar a um estudo não colonialista ou perpetuador da superioridade do homem branco.


É um objetivo nobre a expansão da atividade acadêmica, visto que há uma necessidade dessa expansão para o seu aprimoramento. Só que há um vício que manipula conceitualmente o debate. Esse vício afirma que toda forma ocidental é inerentemente ruim, ao mesmo tempo que impõe categoricamente uma série de vítimas e uma série de algozes em sentido absoluto sem que exista um enquadramento mais complexo.


Não há como fazer uma academia onde as pessoas sempre se sintam confortáveis em todas as instâncias. Isso não é só humanamente impossível, é também academicamente irrealizável, visto que a realização acadêmica só existe com base numa confrontação dialética entre diferentes ideias. O debate não pode ser ditado pelos ventos da sentimentalidade e por um esquerda autocrática.

sexta-feira, 25 de outubro de 2024

Acabo de ler "Campus Battlefield" de Charlie Kirk (lido em inglês/Parte 9)


Nome:

CAMPUS BATTLEFIELD

HOW CONSERVATIVES CAN WIN THE BATTLE ON CAMPUS AND WHY IT MATTERS


Autor:

Charlie Kirk


Quem há de definir onde e quando falar? Para determinar isso, uma série de consagrados burocratas têm trabalhado ardorosamente para definir quem poderia, em tese, pronunciar um discurso dentro de uma universidade e em qual contexto. Além disso, uma enorme lista de termos permitidos e proibidos, uma enorme lista de classificações sociológicas e psicológicas, além de uma lista de prioridades relacionadas a cor, gênero, sexualidade, classe.


A universidade não deveria ser, antes de um tudo, um local em que há uma discussão civilizada entre as mais diferentes ideias? Não é fundamentalmente a discussão civilizada que forma a ideia central de universidade? Tal como a democracia é essencialmente dialógica, a universidade é dialógica ou escapa a sua missão fundamental.


Um argumento que vem sido usado ao longo do tempo é que precisamos distinguir o que é uma simples troca de diferentes pontos de vista do que é uma troca de ofensas. Anteriormente, isso era possível. Hoje em dia, estamos saindo da classificação de falas proibidas – que são cada vez maiores – e adentrando nas ideologias proibidas – que, também, são cada vez maiores.


É evidente que existem grupos que são notoriamente contrários a democracia e ao debate livre, querendo destruir a própria possibilidade de que esses debates ocorram e que o sistema democrático funcione. Há, no entanto, um porém: o ataque e proibição dos grupos antidemocráticos se tornou uma carta coringa que faz com que diferentes grupos sociais acusem uns aos outros de fascistas para que o grupo opositor seja caçado. A relativização terminológica, junto a noção de que grupos antidemocráticos são proibidos, leva a um desenvolvimento em que todo mundo pode ser acusado de fascista por parte de uma manobra.

Acabo de ler "Campus Battlefield" de Charlie Kirk (lido em inglês/Parte 8)


Nome:

CAMPUS BATTLEFIELD

HOW CONSERVATIVES CAN WIN THE BATTLE ON CAMPUS AND WHY IT MATTERS


Autor:

Charlie Kirk


Quando o número de palavras catalogáveis em "discurso de ódio" não para de crescer, como podemos saber o que é um "discurso de ódio" de forma simples para que a maioria das pessoas saibam o que é ou não é um discurso de ódio? Entrar nessa discussão vem sido um esforço muito marcado pela incongruência e falta de precisão terminológica. Muitas vezes, a ideia de discurso de ódio vem sido usada para... Criminalizar uma série de outros discursos que, em situações normais, nem seriam classificáveis como discurso de ódio.


O caso exemplar dos discursos acerca da meritocracia é um exemplo concreto da natureza incerta acerca do propósito do "discurso de ódio". De fato, o discurso de ódio existe. Só que mesmo discordando da natureza da meritocracia na ampla maioria dos casos, não poderíamos classificar o discurso acerca da meritocracia como algo naturalmente odioso e lamentável. Isto é, não podemos classificar todo e qualquer discurso sobre meritocracia como automaticamente um discurso de ódio.


Os códigos de linguagem visam uma mudança profunda na forma com que nos comunicamos. Essas novas regras linguísticas vêm dado o que falar. Além disso, muitos ainda não "absorveram" a razão das mudanças e nem a forma com que deveriam falar a partir de agora. Só que há uma questão maior por trás desses códigos linguísticos: a forma com que nos expressamos demonstram, em parte, como pensamos. Se somos obrigados a mudar a forma como pensamos, deve haver uma razão especial para isso. Quando somos levados a repensar falas que eram muitas vezes racistas, LGBTfóbicas e até classistas, isso era um bom ponto. Todavia estamos entrando em um caminho em que precisamos revisar crenças em prol de uma crença que não é mais sobre uma simples convivência civilizada, mas uma imposição de um padrão de pensamento.


Veja que combater a meritocracia em todas as instâncias não é justo. Se uma pessoa defende a igualdade de oportunidades para que as pessoas possam de fato competir, ela seria uma pessoa defendendo um ponto de vista odioso? Uma pessoa pode, a partir disso, ser obrigada a lingüísticamente ter um discurso que defende a "igualdade absoluta" em todos os campos e em todos os termos apenas para não ser encarada como uma portadora de um "discurso de ódio". Isso não é apenas uma forma de não proferir um discurso ofensivo, é uma forma de sustentar um discurso que está contra o que ela crê.


Toda essa engenharia comportamental sútil não pode ser encarada como essencial para a convivência social e para a preservação da democracia. Já que ela já ultrapassou a barreira da civilidade e adentrou no domínio do pensamento. Esses novos códigos podem levar a destruição da democracia e a um totalitarismo que se implanta lentamente, mas de forma consistente.