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sábado, 8 de outubro de 2022

Acabo de ler "Resident Evil IV" de S. D. Perry

 



O livro acontece logo após os incidentes de Resident Evil 2 (o jogo) ou do volume III (no caso do universo criado por S. D. Perry). Dessa vez, encontramos personagens autorais de Perry (David, John, Trent, Reston) ao lado de personagens mais canônicos (Claire, Rebecca, Leon). Na trama do livro, finalmente ficamos sabendo - bem no final - os objetivos do personagem enigmático chamado Trent.

Antes de mais nada, gostaria de dizer que esse livro poderia ser encarado como um "filler". Só que há o fato de que o universo de S. D. Perry ganhou uma forma original de ver o universo de Resident Evil. Não que isso seja ruim, apesar das várias más experiências que temos tido ultimamente com isso, S. D. Perry soube conciliar bem o canônico com aquilo que poderia se considerar "sua parte criativa e autoral".

Na maior parte do tempo, o time andou dividido e enfrentando problemas diferentes num local secreto da Umbrella chamado "Planeta". Nesse livro, eles finalmente tem a chance de revelarem os odiosos segredos da Umbrella ao público. Se você se assustou com isso, saiba que estamos numa eterna demora para que a Umbrella seja descoberta. Ela sempre arranja alguma desculpa ou consegue um bode expiatório.

Quanto a experiência final do livro, estou vendo que S. D. Perry conseguiu inserir-se genialmente no universo criativo de Resident Evil. Não ficou um produto tosco gerado pela "visão genialíssima e original" de um roteirista ou diretor. O universo dele é, na verdade, bem agradável e condizente com os jogos na medida do razoável.

quinta-feira, 25 de agosto de 2022

Acabo de ler "Resident Evil Vol 2: O Incidente de Caliban Cove" de S. D. Perry

 



Essa história se passa antes dos eventos do Resident Evil 2. A personagem central aqui é a Rebecca Chambers e o vilão principal é Nicolas Griffith. E se você se pergunta em qual jogo esse livro se baseia, talvez você fique um pouco decepcionado: em nenhum. Bola pra frente, vamos encarar o conteúdo do livro - que pode ser mais do que um irritante "filler" - como um universo paralelo que acrescenta na experiência em si do Resident Evil.

Esse é um livro curto e que trata duma série de personagens que surgiram da mente do próprio S. D. Perry. Ele apostou em dar uma guinada mais autêntica e original em sua criação. Parece que isso sempre ocorre quando se trata de Resident Evil. Para falar a verdade, estamos cansados dessa bagunça que se tornou um inferno caótico. Até mesmo importantes jogos são resetados, tal como Code Veronica. Fora que existem boatos que a história do Resident Evil 4 será alterada.

Vou tentar deixar a mágoa de lado e partir pra algo que seja um pouco mais preciso. A história de Caliban Cove não é ruim. Só que é um pouco desconexa com a linha de continuidade. "Zumbis" inteligentes só apareceriam com maior maestria no Resident Evil 4 e esse livro vem com eles antes do 2. O que demonstra que tudo é uma espécie de bagunça, não? Cada um opta por ir por um caminho diferente.

No livro, Dr. Griffith consegue criar um vírus superior ao T-vírus. Esse cria pessoas de aspectos manipulável, capazes de receberem ordens de um mestre. Griffith vê nisso uma espécie de redenção da humanidade, ele alteraria ela a sua imagem e semelhança como um homem convertido em deus. Um grupo formado por Rebecca e outros membros da S.T.A.R.S. fará de tudo para impedi-lo enquanto buscam provas para destruir a Umbrella.

O livro se torna bastante apreciável, sobretudo em carga dramática, lá para o final. O terreno que o autor preparou aos poucos foi excelente, ele conseguiu de fato produzir um peso dramático a obra e uma forte carga sentimental por cada personagem que lentamente trabalhou. Vale a pena não pular esse livro e dá-lo uma chance.

domingo, 21 de agosto de 2022

Acabo de ler "Resident Evil: a Conspiração Umbrella" de S. D. Perry

 



Esse segundo livro de Resident Evil que leio. O outro foi o 0, o qual li primeiro por questão de ordem cronológica da história. Então se você está vendo essa postagem e achando-a estranha, recomendo que dê uma lurkada no Instagram, Facebook ou no blog Cadáver Minimal para achar a postagem anterior. Caso ache desnecessário ou já tenha lido a análise anterior, vá em frente com a leitura.

Esse livro adapta os acontecimentos do primeiro jogo do Resident Evil. Jogo esse lançado em 1996 pro saudoso PlayStation 1 da Sony. Antes que me perguntem: não, a leitura não requer que o leitor tenha jogado os jogos da franquia. Tenham esse  livro como um "produto em si mesmo" ou como uma adaptação funcional da franquia. Tal como o jogo, esse é um livro de terror. Se você for aficionado por terror, é uma boa pedida gastar um tempinho lendo os livros da série.

A história é definida pelos planos mirabolantes da Umbrella. Assassinatos estranhos começam a ocorrer em Raccoon City e cabe a S.T.A.R.S. investigar. A suposição é que sejam malucos canibais, um tipo de seita estranha ou um grupo desorganizado de desordeiros psicopatas. E, ah, como seria mais fácil se fosse qualquer uma dessas inconveniências. Na verdade, a Umbrella sofre de um vazamento de suas armas biológicas e zumbis andam a solta por aí.

O livro vai se construindo por uma narrativa claustrofóbica pela elegante e estranha Mansão Spencer. Uma linda obra arquitetônica recheada de segredos, enigmas, armas biológicas dos mais variados tipos e obras de arte de tirar o fôlego. Talvez essa mansão tivesse sido um pouco mais aproveitável em estadia se quase tudo que estivesse lá não tivesse o objetivo primário de te matar, mas quem sou eu de questionar a genialidade do gênio fundador da Umbrella.

Ler esse livro é ser conduzido por uma gigantesca conspiração satânica de todas coisas que não deveriam existir e como os personagens tentam sobreviver a todo inferno que experienciam. Perdemos o fôlego pela série de problemas que cada um perscruta. E, se você ama histórias com zumbis, esse é um livro indicado para você.

terça-feira, 16 de agosto de 2022

Acabo de ler "Resident Evil: Hora Zero" de S. D. Perry

 



Eu decidi ler esse livro antes de qualquer outro por um simples motivo: a história dele antecede todos os outros, mesmo que tenha sido lançado depois. Logo burlei a ordem de lançamento e parti para aquele que, se não me falha a memória, foi o último a ser lançado, mas é o primeiro em ordem cronológica. Uma situação semelhante ocorre com o Resident Evil 0 lançado para aquele videogame obscuro, porém fantástico, GameCube.


Resident Evil tem uma lore maravilhosa, embora as produções audiovisuais feitas com base nele para o cinema ou até para a Netflix - em forma de série - sejam lamentáveis. Ainda existem algumas animações em forma de filme que são apreciáveis. Recomendo que deem uma boa olhada neles. Só que um bom fã da franquia não pode se furtar a ler os livros baseados nos jogos - que gozam de uma maior fidelidade ao cânon dos jogos.


Em primeiro lugar, a pergunta que vem a pessoa é: por que esse livro (tal como o jogo) se chama 0? Basicamente por sua história se passar antes do 1. Isso pode parecer banal, todavia a história do Resident Evil é profundamente rica. Para um bom entendedor, meia palavra basta. Vira um item obrigatório para quem quer se inteirar mais sobre esse mundo cercado de zumbis e armas biológicas.


Nesse livro, acompanhamos a história de Rebecca e de Billy (um fugitivo da justiça) e como se deparam com um dos fundadores da Umbrella - revivido por grotescas sanguessugas. Toda história se passa com Rebecca suportando sua primeira missão prática que abre a sua vida para um inferno insuportável de zumbis e toda uma série de bichos modificados geneticamente. A trama conta mais um pouco da história da Umbrella (essa maravilhosa fabricadora dos maiores pesadelos de toda humanidade sã).


A sensação que tive lendo esse livro é um pouco de estranheza. Não estou muito habituado a pensar no Resident Evil como um zoológico do terror. Porém com o tempo me afeiçoei a forma distinta pela qual operaram o terror sombrio da obra. Por fim, simpatizei-me mais com vários personagens, até mesmo com os diabólicos vilões. Valeu-me muitíssimo a pena imaginar cada detalhe, a sensação psicológica foi diferenciada.