quinta-feira, 3 de julho de 2025

Acabo de ler "The Dark Enlightenment" de Nick Land (lido em Inglês/Parte 2)

 


Nome:

The Dark Enlightenment 


Autor:

Nick Land


O que é a democracia? Além de ser uma palavra muito dita, é uma das principais representantes do dogma moderno. A democracia aparece em nossas ciências sociais como acompanhante do sucesso e do progresso material — embora isso seja provavelmente uma correlação falsa. Estamos numa certa espécie de correlação automática quando pensamos em democracia. Por exemplo: (I) monarquia = ruim; (II) república = bom. Mas o que queremos dizer quando dizemos democracia? Talvez a gente nem mais lembre a resposta.


Grande parte dos intelectuais modernos correlacionam automaticamente o pensamento democrático com o anticapitalismo, não só no Brasil, como no exterior. Como dito anteriormente, muitos pensadores liberais e libertários, mais à direita do espectro político, já não veem a democracia como um regime em que se enquadra a liberdade.


Os Pais Fundadores, nos Estados Unidos, apresentavam uma suspeita enorme em relação a democracia. Viam-na como uma tirania da maioria. E, por tal razão, reduziram o seu poder com a ideia de representatividade. Assim freiando a possibilidade de se emergir uma tirania organizada pelo ódio das massas.


Não é muito estranho correlacionar a democracia moderna com um regime em que a população e as suas lideranças, de tempos em tempos, esquecem-se das consequências dos seus atos. Para se manter o poder, em última instância, faz-se necessário uma utilização de mecanismos populistas — o que por sua vez leva a uma destruição financeira. Também não é muito estranho vermos, no sistema democrático moderno, mega projetos de engenharia social e o poder legislativo de abolir a realidade através de pergaminhos burocráticos.


Com tudo isso, não é estranho que muitos intelectuais venham pensado num novo design. Se o poder representativo esmaga a hipótese de uma democracia direta, é possível tecnicalizar a escolha dos representantes através de um mecanismo ao qual podemos chamar de democracia vertical: nesse quadro, alguém só poderia ser eleito representante se cumprisse determinados requisitos. Nick Land, não falou dessa possibilidade, portanto vamos ignorá-la e deixar para uma outra análise.


Questionar a democracia, em nosso tempo, é algo que soa como uma heresia. O pessimismo corrói o cérebro de alguns e outros dão voos otimistas pensando em radicalizar a democracia. Conjectura-se que a democracia é um vírus memético, nobremente acompanhada da hegemonia progressista, do secularismo militante e de todo clero moderno. Os itens da fé moderna acompanham o homem moderno sem que ele saiba que preenchem o seu pensamento em forma de uma fé inquestionável. E questionar isso é um crime-pensar.


De fato, uma das questões que o Ocidente se deparará constantemente é a ideia de que a democracia moderna está falhando. A questão de como resolver isso é que uma incógnita. Alguns apostam na melhora da educação, outros pensam numa democracia vertical, outros falam sobre democracia direta, outros pensam na abolição da democracia. A questão persiste.

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