O que leva a um jovem de família burguesa, sobretudo um conhecido pela sua vida festeira, largar a riqueza e a vida boêmia e seguir o evangelho de Jesus Cristo da maneira mais radicalmente vívida possível?
Francisco de Assis é uma figura obrigatória, sendo referenciado por pessoas das mais diversas religiões e até mesmo por cristãos não-católicos. Um homem que tomou ações impensáveis e levou a uma imersão dialógica que a Igreja, por demasiado institucionalizada e petrificada, não poderia chegar.
Francisco quis, por muito tempo, ser cavalheiro e se envolveu em diversas tramas para adquirir tal posição. Porém ficaria marcado não como um burguês que virou nobre cavalheiro, mas sim como um burguês que ficou tão nobre que se tornou um dos maiores santos da história.
Poeta nato, teve várias lutas espirituais e viu todo um ataque estrutural por onde passava. Nem aqueles que entravam em sua ordem queriam segui-lo de fato. E a própria Igreja Católica conseguiu, pouco a pouco, arrefecer a potencialidade do seu projeto evangélico.
Esta não é uma biografia romantizada, ela demonstra a várias faces de um santo que também era um homem e todos os meandros dum mundo que não poderia compreendê-lo e nem abarcá-lo. Não caindo numa simples apologética, seja para com o próprio Francisco e tampouco com a Igreja Católica.
É sempre entusiasmante ler biografias de homens notáveis, é ainda mais notável quando lemos sobre um dos homens mais notáveis de toda a história universal.
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