domingo, 7 de abril de 2024

Acabo de ler "As mudanças do diretor teatral e suas respectivas evoluções" de Carlos Alberto Ferreira Silva



Antes do surgimento da figura do diretor, existia um cargo mais ligado ao ensaiador. A figura consistia no preparo dos atores para a peça. Com o tempo, a mudança tecnológica - como as técnicas de iluminação e sonorização - exigiam um diretor mais atento ao processo geral da peça, o que exigia um cargo de natureza mais sistemática.


A figura do diretor teatral surge lá para o final do século XIX. As necessidades do cargo eram: cuidar do processo teatral para que gere um produto final. Deste modo, o diretor não era, tão somente, uma figura que pegava a dramaturgia e colocava ela em cena de forma despreocupada. Era necessário que essa obra fosse passada teatralizadamente, num processo cênico de qualidade e com todos os arranjos ambientes e sonoros necessários. O diretor era também autor pois era o responsável pela condição cênica que seria passada ao público.


O diretor meio que verticaliza o processo das várias distintas figuras que se unem para o fazer teatral. Ele é influenciado por todas elas e dialogicamente influencia todas em direção do resultado criativo. O que o torna de suma importância. Visto que o diretor é, também, um teórico sistemático do fazer teatral e é responsável pela concepção do teatro na plena expressão de sua totalidade.


O teatro é, certamente, uma das artes mais belas. E compreender a questão da teatralidade e de sua necessidade na vida humana - visto que exercemos através de nossas máscaras sociais papéis distintos em nossas vidas - é libertador e, ao mesmo tempo, extremamente complexo.

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