Voltamos a análise do Instituto Marx Engels Lenin sobre a vida de Stalin (páginas 305 à 332). Essa é a última parte do Instituto Marx Engels Lenin, aborda todo o período da Segunda Guerra Mundial e termina nela mesma. Ou seja, o período pós-guerra não é abordado. O que não diminui o texto em sua qualidade, embora eu preferisse que fosse até o final da vida de Josef Stalin.
Lendo esse importante documento, vejo que Stalin não foi só um importante líder, mas igualmente um importante teórico do marxismo. As suas análises, bastante acuradas, muitas vezes demonstraram um desenvolvimento da teoria marxista-leninista em novos graus. O que refuta, mais uma vez, a ideia falsa de que Stalin não tinha um desenvolvimento teórico do marxismo e que não era suficientemente inteligente.
De fato, Stalin foi um estrategista, um político, um intelectual e um homem bastante ilustre – em todos os aspectos possíveis. Hoje em dia a sua imagem é marcada por uma negatividade maior do que se espera, sobretudo graças à imensa confusão informacional que temos diante de nossos olhos. Olhar para outro lado, ver outras informações, apurar e depurar os dados, é hoje de suma importância. A batalha das narrativas usualmente caem na falsificação e tribalização dos dados, das informações e das teorias. O que um grupo social apoia se torna suficiente para a validação de uma narrativa e tal condição leva a uma perda da qualidade da vida intelectual verdadeira em sua busca incessante – e sempre ilimitada – pela verdade que sempre será inabarcável.
Diante de nossa finitude, devemos nos manter vestidos com o manto da humilde, negar as narrativas e ajoelharmo-nos diante do infinito que nunca poderemos abarcar. Só assim seremos intelectuais completos, visto que aceitaremos humildemente que somos necesariamente incompletos e que nada que façamos chegará a totalidade. Assumir a totalidade é psicologicamente negá-la.
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