Essa parte foi escrita por Anna Louise Strong, vai da página 333 à 344. É um escrito curioso: foi feito por uma jornalista norte-americana/estadounidense. Sua análise é breve, mas dá um delineamento de como os americanos encaravam o povo soviético naquele estranho e histórico momento.
Os estadounidenses não conseguiam contato direto com o povo soviético. Tudo lhes vinha por outros meios e por outras pessoas. Ao menos, essa é a impressão que Anna nos deixa. Ela mesma foi estranhando a peculiaridade do povo soviético e a sua forma de conduzir a política.
Ela teve um contato pessoal com Stalin e alguns grandes homens. Além disso, demonstrou como Stalin era diferente das outras grandes figuras que usualmente lhe eram colocadas lado a lado: Hitler e Mussolini. Dizia-se que a conversa com Mussolini era um grande monólogo em que o Mussolini falava e você ouvia. Já Hitler tinha ataques de histeria durante as reuniões, graças ao seu humor explosivo. Stalin, por outro lado, era bastante quieto e gostava de ouvir o que os outros tinham a falar – contraste absurdo e bastante enriquecedor na análise psicológica entre essas três grandes figuras históricas.
Em relação a política, Anna não via em Stalin as imagens ditatoriais que eram atribuídas a ele. Muito pelo contrário, o Stalin relatado por Anna era parcimonioso e dialógico. A natureza de Stalin, enquanto líder, é mais uma vez amplificada: era um líder que buscava conciliar, dialogar e entender acima de tudo, sendo capaz de se manter informado acerca dos grandes dilemas nacionais e internacionais.
Nenhum comentário:
Postar um comentário