Livro:
A UDN e o Udenismo
Autora:
Maria Victoria Benevides
A UDN, já em seu início, marcou-se mais por um fusionismo tresloucado do que pela unidade ideológica ou, pura e simplesmente, por um movimento comum. Não é como se ela pudesse ser um partido de diferentes movimentos. Nesse ponto, senti-me tentado a citar a história do Partido Republicano, mas com a ascensão do Trump, a realidade já é meio distinta.
No começo da UDN já podemos ver alguns desmembramentos: PL, PR e PSP. De qualquer forma, a autora cita alguns grupos que compunham a UDN:
A) Membros das oligarquias destronadas a partir de 1930;
B) Os antigos aliados de Getúlio;
C) Os que participavam do Estado Novo;
D) Os liberais nos Estados;
E) As esquerdas.
Há uma breve nota da autora comentando que a esquerda nunca chegou a integrar organicamente a UDN. A chamada ED (esquerda democrática) não conseguiu formar uma aliança nacional. Naquele tempo, exigia-se dez mil assinaturas e presença em cinco estados. Já a UDN aceitou o pedido visto que queria apoio da esquerda para dissolver a imagem de conservadora. Naquele período, a UDN defendia a autonomia sindical e liberdade de greve. A ED, por outro lado, identificar-se-ia posteriormente com o Partido Socialista. Ela queria a transformação do regime capitalista e uma sociedade sem classes.