terça-feira, 30 de setembro de 2025

Acabo de ler "A UDN e o Udenismo" de Maria Victoria Benevides (Parte 5)

 


Livro:
A UDN e o Udenismo

Autora:
Maria Victoria Benevides

O Manifesto dos Mineiros ocorreria no dia 24 de outubro de 1943. Ele seria um dos elementos decisivos para a queda de Getúlio e o fim do Estado Novo. Ele é considerado como o primeiro Manifesto ostensivo, coletivo e assinado. Feito por membros das elites liberais, mesmo que essas elites, como nota a autora, tenham enveredado por caminhos (ou descaminhos) autoritários.

A UDN encarou o manifesto como pedra fundamental. Esse teria sido preparado pelo Congresso Jurídico Nacional, que ocorreu em agosto de 1943 no Rio de Janeiro, feito pelo Instituto dos Advogados Brasileiros. Naquele período, a Bancada Mineira procurava por liberdade pública e as delegações cariocas e baianas eram governistas.

No manifesto destacam-se os nomes: 

- Pedro Aleixo;
- Milton Campos;
- Virgílio de Mello Franco;
- Luis Camilo de Oliveira Neto;
- Afonso Arinos;
- Dario de Almeida Magalhães;
- Odilon Brega.

Todos esses também foram fundadores da UDN. Eles clamaram que o golpe dado responsável pela espoliação do poder político de Minas Gerais a partir da ascensão de Getúlio Vargas.

O manifesto, embora pouco concreto, defendia:
1. Todas as liberdades individuais;
2. Instauração de um estado de bem-estar;
3. Maior participação política e econômica para as próprias elites.

Eles sofreram, por esse ato, algumas sanções como aposentadoria ou demissões de cargos em instituições geralmente vinculadas ao Estado. A autora comenta que o mesmo tratamento não seria dado caso eles fossem da classe operária, visto que esses sofreriam de prisões e violência física como ocorre com comunistas, anarquistas e sindicalistas.

O grupo apresentou uma defesa puramente formal da democracia. Existiram três pontos pouco absorvidos por eles:

1. O problema do trabalho;
2. Ampliação na participação política dos setores populares;
3. Liberdade sindical.