Livro:
A UDN e o Udenismo
Autora:
Maria Victoria Benevides
O período de 1940 a 1945 foi marcado por vários movimentos civis. As camadas médias e altas da população brasileira se reuniram em distintos grupos sociais contra o Estado Novo. Manifestos foram feitos, jornais clandestinos foram lançados, congressos se ergueram, manifestações estudantis pipocaram. O clímax disso apareceu em 1945, sobretudo quando houve a deposição de Getúlio Vargas no dia 29 de outubro. O anti-clímax apareceria com a derrota de Brigadeiro nas eleições de dezembro.
Podemos ver movimentos estudantis como as manifestações de 1942 organizadas pela UNE (União Nacional dos Estudantes). Além do jornal "Resistência", que era descendente da Folha Dobrada (1939), da Faculdade de Direito do Lago de São Francisco. O VI Congresso da UNE foi bastante simbólico.
Liberais-conservadores fundaram a "Liga da Defesa Nacional", composta por civis e militares. Houve também a Sociedade Amigos da América.
Liberais de Esquerda fundaram a "Esquerda Democrática", a "Legião Cinco de Julho", "Associação Brasileira de Escritores" (ABDE) e a "União de Trabalhadores Intelectuais" (UTI).
Católicos apareceram com a Liga Eleitoral Católica (LEC) e as mulheres com o Comitê Feminino Pró-Democracis.
Podemos ver um movimento consagrado, os liberais-conservadores e os socialistas apoiavam o Brigadeiro. Só que os setores populares, junto ao crescente movimento sindical, era fiel à política trabalhista. Um movimento bastante complexo em nossa história.