O que é a internet? Um local maravilhoso cheio de pornografia e um punhado de futilidade. Talvez um mundo aberto para a livre exploração. Ou talvez um desenvolvimento de uma potência que se fez morta. De qualquer modo, é possível ter acesso a muitos dados de qualidade ímpar. Todavia quem lerá o conteúdo qualificado com tanta coisa divertida que rapidamente se prende a nossa consciência como um macaco numa árvore para fugir dum predador feroz?
O que há na internet se não uma série de possibilidades que, na maioria das vezes, não se concretiza? O desejo inicial do criador do 4chan era um local para discutir a cultura otaku. Essa intenção primária foi sabotada pelo próprio fluxo natural do tempo. E acabou por se tornar algo muito maior: um fórum com uma potência gigantesca onde variados agrupamentos sociais postam anonimamente.
O criador do texto se perdeu tão logo quanto ganhou seu primeiro computador e começou a pesquisar conteúdos na internet. Sua vida se dividiu entre pornografia e games. É claro que houve um desenvolvimento intelectual nesses enormes tutoriais de jogos – na época de forma textual e não audiovisual – e muita, muita e muita pornografia. Não posso dizer, analisando-me biograficamente, que não sofri de processo semelhante.
De qualquer modo, o 4chan veio para instaurar uma condição bastante nova. Isto é, a condição dum faroeste virtual onde as suas visões importam mais que seu status virtual. É o anonimato que possibilita a livre circulação de ideias em um ambiente anárquico. Vaidades sociais pouco importam nesse processo.
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