A questão da crise da fronteira americana é problemática. Há muita desinformação e formação narrativa por todos os lados do espectro político. Além disso, a visão dos cidadãos nativos é muitas vezes ignorada ou simplesmente acentuada. Ora se dá margem para um discurso de "aumentar a imigração a qualquer custo", pouco importando os impactos negativos que ela causa. Ora nos deparamos com campanha anti-imigração inflamados pela mais inflamada retórica racista – isso quando não nos deparamos com nacionalistas brancos.
Os democratas muitas vezes acentuam o gasto público para promover políticas de bem-estar social para imigrantes ilegais. Essas políticas de bem-estar social são custeadas pelo dinheiro de cidadãos nativos. Esses cidadãos nativos se revoltam – e com certa razão – contra essa "transferência de renda". As políticas de bem-estar social deveriam cobrir aqueles que pagam os impostos, não aqueles que não contribuíram. Deveria ser estabelecido um tempo mínimo de contribuição para os beneficiários de programas sociais. Dar assistência, sem mais nem menos, apenas consagra a retórica anti-imigratória. Pior do que isso, dá margem para ampliação de grupos extremistas da pior espécie.
Existem, é claro, falácias no campo da alt-right. Essas falácias se concentram no ódio a toda e qualquer imigração de grupos étnicos não-brancos. O ódio contra indianos, por exemplo, disparou. Em verdade, os Estados Unidos são "sugadores de cérebro". Eles se beneficiam diretamente da sua capacidade de atrair "capital humano" do mundo todo, tendo a sua produção e qualificação amplificada. A retórica anti-imigratória pode levar a uma perda da competitividade da economia americana.
Um problema muito visto, sobretudo que vejo ser repetitivamente usado por latino-americanos, é a ideia que a política anti-imigração levaria a expulsão de latinos que estão legalmente nos Estados Unidos. Essa retórica, usada para fortalecer o Partido Democrata, não é boa. Ela apenas fará com que um debatente mais exímio utilize essa falácia para atacar com mais maestria quem se opõe a anti-imigracionistas.
Outra questão apresentada no documento é o fator educacional. As crianças, muitas delas desacompanhadas, apresentam um aumento de gastos na educação pública. Muitas dessas crianças não possuem um inglês adequado e não conseguem acompanhar as aulas adequadamente. Para tal, os professores gastam um empenho a mais tentando ensiná-las a língua inglesa. O aumento recorde desses alunos se torna um grande problema econômico, social e acadêmico – tudo isso de forma crescente.
O pequeno arquivo – ele só tem 13 páginas – termina com um aviso: nenhuma nação poderia sobreviver com fronteiras abertas e Estado de bem-estar distribuído a todos que entram. E isso é um fato: seria a falência econômica do Estado.
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