quinta-feira, 3 de março de 2022
Zumbis
quarta-feira, 2 de março de 2022
Acabo de zerar "The Legend of Zelda: Twilight Princess" no GameCube (no Wii)
Esse é certamente o jogo mais difícil que eu zerei. E valeu cada segundo. O jogo é simplesmente uma obra de arte que usa todo poder do GameCube - sim, optei pela versão de GameCube, já que ela é mais difícil e o jogo foi criado originalmente nela. E se o jogo queria dar uma despedida honrosa ao nosso querido console em formato de cubo, esse foi o melhor enterro da história dos consoles.
Pra começar, esse Zelda é o mais sombrio de todos. Há quem pensa que trevas e Nintendo não combinem, mas esse jogo existe para provar o contrário. O aspecto sombrio, a ideia de viver num mundo imerso nas trevas, o tom maturo da história, as transformações em lobo, um mundo totalmente fragmentado pelo poder do mal... esse é um Zelda simplesmente único. Difícil acreditar que veio depois do infantil Wind Waker.
A frase da Zelda, no final do jogo, é simplesmente fantástica: "Luz e sombras são as duas faces da mesma moeda. Uma não pode viver sem a outra". O mundo das trevas e o mundo da luz só são ruins quando desarmônicos, na retidão são dialeticamente necessários. Ganondorf não é o mal por ser das trevas, mas por ser desequilibrado. A missão de Link nessa obra é restaurar o mundo em seu equilíbrio, não destruir as trevas. E a verdadeira representante das trevas, Midna, é uma pessoa boa. O desequilíbrio é o erro.
Sem dúvidas é um dos mais belos jogos que joguei. Como foi extremamente difícil, lembrar-me-ei dele como uma eterna conquista. Uma verdadeira obra de arte.
domingo, 27 de fevereiro de 2022
Acabo de ler "Harry Potter e a criança amaldiçoada" de J. K. Rowling, Jack Thorne & John Tiffany
Esse livro é como uma pack de extensão. Apresenta um universo já rico e trabalha com esse universo. Embora o formato de texto teatral não seja o mais adequado em minha visão. Mesmo sendo uma adição, quiçá interessante, faltou o mesmo gosto dos livros anteriores. Dá-se então o estranho gosto de fan service. Só que a curiosidade para com essa adição é muito bem respondida em alguns pontos.
Quando Snape descobre que há um futuro em que o filho do Harry Potter tem o nome dele, por exemplo, é fantástico. E até mesmo ele sentir orgulho disso é também fascinante, porém a forma com que isso se apresenta é mal colocada. O filho do Harry não fez nada de bom, até aquele momento, para ser merecedor de tal orgulho do Snape. Se fossem por outras ações - e isso exigiria mais tempo de desenvolvimento - teria sido algo mais interessante e até melhor.
O livro trabalha com um problema que é fixo em quase toda obra que segue esse estilo - tipo Boruto ou o filho do Batman - um conflito geracional que quase sempre surge por alguma idiotice cometida pela geração posterior. Só que sempre que algo assim ocorre, é sempre com um tom excessivamente dramático e fatalista. Você sempre se pergunta: "como é possível que ele tenha errado tanto?". Não é como se jovens não errassem, mas o ponto do erro é quase sempre excessivo e qualquer um que tenha consumido o suficiente disso, já está cansado disso.
Alvo Severo Potter lembra bem o Harry da Ordem da Fênix, comete erros altos. E nisso o livro decepciona: é como se toda a escala evolutiva acentuada voltasse para um estado anterior tão somente para agradar gerações mais novas e por elas ser compreendida. O que não é uma ideia ruim, porém quase sempre mal-executada (seja em Boruto, com o filho do Batman e até com o do Harry). De todo modo, o livro é uma leitura interessante.
sábado, 19 de fevereiro de 2022
Acabo de ler "Tudo o que você precisou desaprender para virar um idiota" do Meteoro Brasil
Definir o livro é bastante difícil, já que ele se lida com uma série de áreas que são bastante diferentes. Logo é um livro em que cada parte apresenta, em si, um gosto diferente. Embora seja possível construir uma relação geral do objetivo central do livro.
O livro é bastante interessante, particularmente me interessei mais pela parte que tratou do aspecto do "meme" - o qual, em meu tempo de vida atual, considero um mal - e de suas implicâncias negativas. A própria ideia de reprodutibilidade máxima é o farol do esvaizamento conteudístico contemporâneo. Não por acaso, canais do YouTube se esforçam na mera feitura de vídeos de reação a conteúdos simplórios ou de caráter jornalístico. Essa é a razão de eu odiar a internet moderna.
Várias explicações são interessantes. Como sou um típico leitor alienado que prefere tudo escrito a em vídeo, preferi esse formato aos vídeos do Meteoro Brasil - que infelizmente se tornou um grande canal de react aos dados da atualidade e perdeu a feitura de vídeos de maior qualidade, seja em roteiro, seja em edição. De qualquer modo, como já dizia o não tão velho ditado: "na vida o que interessa é dinheiro no bolso e os problemas são eternos".
A sensação que tenho ao terminar o livro é a que detenho uma maior gama de conhecimento geral sobre vários assuntos e que a leitura foi, sim, proveitosa.
sexta-feira, 18 de fevereiro de 2022
Novas aquisições!
Ganhei recentemente dois livros. "Grandes Contos" de H. P. Lovecraft, é um livro extremamente belo, de capa grossa e com 1.174 páginas do gênio do terror. Já o outro "200 crônicas escolhidas", possui 488 páginas e é do brilhante Rubem Braga, um dos melhores cronistas brasileiros.
segunda-feira, 14 de fevereiro de 2022
Acabo de ler "Harry Potter e as Relíquias da Morte" de J. K. Rowling
Toda jornada tem seu fim, embora essa possa se tornar eterna no meu coração e no de muitos. Pelas minhas contas, li todos os livros em PDF, juntando todas as páginas de todos os livros: foram 2.260 páginas. Não me arrependo de nenhuma maneira por nenhuma delas, rejubilo-me.
A maior lição que temos de extrair de Harry Potter é a de que o amor é o maior poder. O amor anula a contradição, e por Voldemort não compreender o amor: fragmentava-se tolamente em itens amaldiçoados. Voldemort temia a morte, era temeroso e supersticioso. Seu medo se tornou em mal e quando a morte lhe sobreveio, a sua figura no outro mundo não era a de uma pessoa completa, mas a de uma criança deformada. Já que Voldemort nunca cresceu, estagnou em seu medo e criou uma longa crença narcisista sobre si mesmo, sem jamais compreender-se.
Por outro lado, Harry Potter nunca se julgou digno. Nunca desejou um poder imenso. E por não desejar: nunca se fragmentou em atos tolos. Quando se entregava a algo, era verdadeiro. Era de fato livre. Não estava aqui ou ali, onde estava é onde estava. As suas ações não se perdiam em multifacetagens diabólicos. Por amar, por aceitar a morte, era mais poderoso que Voldemort: aceitar que a vida é o que é leva ao melhor encaminhamento vocativo da vida. Ao aceitar a morte, aceita-se que se deve viver integralmente, de forma sã. O poder do amor é a união do sujeito no todo. Nenhum tirano compreenderia.
sábado, 5 de fevereiro de 2022
Acabo de ler "Harry Potter e o Enigma do Príncipe" de J. K. Rowling