quarta-feira, 1 de outubro de 2025
Acabo de ler "A UDN e o Udenismo" de Maria Victoria Benevides (Parte 8)
Acabo de ler "A UDN e o Udenismo" de Maria Victoria Benevides (Parte 7)
Acabo de ler "A UDN e o Udenismo" de Maria Victoria Benevides (Parte 6)
Livro:
A UDN e o Udenismo
Autora:
Maria Victoria Benevides
A autora explora a "Declaração do 1° Congresso dos Escritores" e o "Manifesto dos professores da Faculdade Nacional de Direito". Dois eventos importantes.
Em dezembro de 1943, Armando de Salles Oliveira, exilado em Buenos Aires, escreveria a "Carta aos Brasleiros". Em abril de 1944, Dario de Almeida Magalhães também escreveria uma declaração.
O 1° Congresso dos Escritores conseguiu unir liberais e diversas tendências de esquerda. Nesse Congresso participariam várias pessoas que fundariam a UDN:
- Arnon de Melo;
- Carlos Lacerda;
- Homero Pires;
- Hermes Lima;
- Prado Kelly.
As reivindicações eram:
- Liberdade democrática como garantia de completa liberdade de expressão de pensamento;
- Da liberdade de culto;
- Da segurança contra o termo a violência;
- Do direito a uma existência digna;
- Sistema de governo eleito pelo povo mediante sufrágio universal, direto e secreto.
A maior parte dos intelectuais não comprometidos com o Estado Novo e o Partido Comunista participaram da Frente Ampla que surgiria em torno da futura UDN. Excetuando-se o professor Fernando de Azevedo.
terça-feira, 30 de setembro de 2025
Acabo de ler "A UDN e o Udenismo" de Maria Victoria Benevides (Parte 5)
Acabo de ler "A UDN e o Udenismo" de Maria Victoria Benevides (Parte 4)
Pugna Legalis #3: Democracia
Demo = povo
Kratos = poder
O termo democracia significa poder do povo. O professor, Wallace Corbo, concentra-se na democracia que ressurgirá no século XVIII. Sistema que é predominante no mundo ocidental, onde as maiorias políticas governam e as minorias políticas exercem o seu papel de oposição. Em outras palavras, minorias conservam o seu direito.
A democracia como conceito jurídico: regra da maioria e proteção de direitos fundamentais das minorias.
Acontece que nenhum país hoje é efetivamente governado pela maioria dos cidadãos. Temos uma disputa eleitoral entre as elites em vez de um autogoverno. Alguns teóricos dirão que a democracia não é só voto, mas participação e deliberação. Na esfera pública, discutem-se temas e propõem-se ideias. Em forma de engajamento ou embate. Em outras palavras, democracia também é a possibilidade de deliberar, discutir e refletir.
Só que aí adentramos nas desigualdades e exclusão de grupos sociais. Isso impede o efetivo poder político e a garantia de direitos. É por isso que se fala da representatividade, ou seja, a presença de diferentes grupos sociais na tomada de decisão.
A Constituição Federal de 1988 traz três ferramentas.
1- Ferramenta: Voto Secreto, Universal e Periódico
Esse ocorre de dois em dois anos. A partir de um sistema proporcional, os partidos que recebem mais votos ganham mais cadeiras, os partidos que recebem menos votos ganham menos cadeiras.
Existe a proposta de um "Distritão" (Sistema Majoritário). Que resumidamente é um sistema que quem ganha mais votos, leva tudo; e quem ganha menos votos não leva nada. Nesse sistema, há a consagração das maiorias políticas e diminuição da representatividade.
2- Ferramenta: Democracia Semidireta
Cidadãos participam de uma parcela da elaboração das leis.
- Plebiscito: consulta se uma lei deve ser aprovada;
- Referendo: consulta depois da lei ser aprovada;
- Iniciativa popular de lei: quando a população mesma se mobiliza, como no caso da Lei Ficha Limpa.
3- Ferramenta: Democracia Participativa
Participação cidadã em conselhos e instituições. Como ocorre no SUS e na educação. Em outras palavras, existem canais para darem vazão a voz do povo.
A democracia brasileira sofre de desigualdades e falhas de representação. Para promover a maior representatividade, criou-se o financiamento de candidaturas de mulheres e negros, ambos em 30%. A aula terminou com o alerta de que se faz necessário um mobilização constante, abertura institucional do Estado e superação das desigualdades.
Acabo de ler "A UDN e o Udenismo" de Maria Victoria Benevides (Parte 3)
Livro:
A UDN e o Udenismo
Autora:
Maria Victoria Benevides
A UDN, já em seu início, marcou-se mais por um fusionismo tresloucado do que pela unidade ideológica ou, pura e simplesmente, por um movimento comum. Não é como se ela pudesse ser um partido de diferentes movimentos. Nesse ponto, senti-me tentado a citar a história do Partido Republicano, mas com a ascensão do Trump, a realidade já é meio distinta.
No começo da UDN já podemos ver alguns desmembramentos: PL, PR e PSP. De qualquer forma, a autora cita alguns grupos que compunham a UDN:
A) Membros das oligarquias destronadas a partir de 1930;
B) Os antigos aliados de Getúlio;
C) Os que participavam do Estado Novo;
D) Os liberais nos Estados;
E) As esquerdas.
Há uma breve nota da autora comentando que a esquerda nunca chegou a integrar organicamente a UDN. A chamada ED (esquerda democrática) não conseguiu formar uma aliança nacional. Naquele tempo, exigia-se dez mil assinaturas e presença em cinco estados. Já a UDN aceitou o pedido visto que queria apoio da esquerda para dissolver a imagem de conservadora. Naquele período, a UDN defendia a autonomia sindical e liberdade de greve. A ED, por outro lado, identificar-se-ia posteriormente com o Partido Socialista. Ela queria a transformação do regime capitalista e uma sociedade sem classes.






