A vida de Jung é um grande mistério. Estudá-la pode levar a um estranhamento, podendo-se crer que ele seja um simples louco ou uma espécie de místico. Na primeira, tem-se o descrédito acadêmico como conclusão. Na segunda, chega-se a conclusão de que ele era um homem que chegou no patamar mais alto da religiosidade.
De qualquer forma, ignorar Jung não chega a ser de longe uma opção. Seus estudos são notórios, há necessidade de se pontuar sobre ele, mesmo que seja para se pontuar contra ele. Jung carrega aquilo que chamamos de inevitável. E todos aqueles que estudam, são obrigados a olhá-lo, mesmo que seja com desgosto. Porém aqueles que o estudam, podem aprender muito com a genialidade dele. Já o contrário é bem incerto.
Jung é um homem que sintetizou ciências naturais, filosofia, psiquiatria, espiritualismo, religiões. É um homem do tamanho dum universo inteiro. Difícil de ser compreendido até mesmo por seus próprios seguidores devido a complexidade de sua inteligência. A forma que muitos acadêmicos o viram foi espantosa, sobretudo numa época em que os assuntos espirituais entravam em declínio. As suas respostas suavam como um desafio ou um anacronismo.
Ignorando-se as polêmicas, Jung foi um homem capaz de estudar como ninguém os fenômenos da consciência, contribuindo com noções que até hoje são basilares à psicologia. Criou até mesmo uma escola de psicologia inteira. Talvez nos falte, ainda hoje, um olhar mais aberto para com tudo aquilo que ele nos proporcionou com seu vigoroso gênio.
Nenhum comentário:
Postar um comentário