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sexta-feira, 14 de novembro de 2025

NGL #12 — O que a nova geração deve fazer?

 


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Não me aposentei enquanto escritor underground. Aposentei-me enquanto gerador de OC (Original Content) da cultura channer, visto que cumpri a tarefa de sistematizar e transferir o esoterismo para as novas gerações. Tal como anteriormente escrito.

O que vem depois de mim? Eu não sei. Cada geração precisa tomar as suas próprias decisões. O que a nova geração fará depois da minha aposentadoria? Também não sei, não cabe a mim dizer aos mais jovens como devem ou não devem agir. Se eu acredito num futuro para a cena? Creio que o futuro não é algo que apenas se "acredita", mas se constrói.

Só tenho um único conselho: leiam de tudo, retenham o que é bom. Estudem várias escolas de pensamento, isso cria pragmatismo. Evitem escolhas exageradas, isso trará arrependimento. Construam uma vida que possam se orgulhar, mesmo que não sejam conquistas financeiras. Procurem se conectar e aprender com os mais diferentes tipos de pessoas. E se lembrem: qualquer que seja a era em que se viva, qualquer que seja a sua geração, livros serão sempre os mecanismos mais importantes de se ter acesso ao conhecimento. O surgimento das Inteligências Artificiais, e o futuro da Inteligência Artificial Geral, não mudam a pedra basilar de uma boa vida: que é a leitura e a reflexão. Ler e refletir é sempre moderno e sempre tradicional, é a conexão do passado, do presente e do futuro. Nunca subestimem o poder do estudo, da leitura e da reflexão.

NGL #11 — Sou um vilão?

 


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Muitas vezes os conceitos de vilão e herói passam por construções e percepções históricas distintas. Confesso que tive períodos bastante tóxicos na minha vida e particularmente não me considero uma boa pessoa.


Também creio que estamos em uma era de automarketing moral onde todo mundo precisa passar a imagem de santidade (dentro dos parâmetros modernos), o que leva as pessoas a não considerarem os próprios erros... um dos primeiros passos para alguém se tornar mau é se crer bom. Creio que só lendo "A Gravidade e a Graça" da Simone Weil para compreender.


Para alguns, eu sou um vilão. Para outros, eu sou um herói. Lembro-me do bullying na pré-adolescência e na adolescência, além do deslocamento social por ser autista. Fora isso, as diversas experiências pessoas pela bifobia.


Passei minha vida em fóruns undergrounds e em livros. Muitas vezes vendo animes e lendo mangás, embora tenha me afastado bastante do ambiente otaku nos últimos tempos. Jogos? Joguei e ainda jogo vários, mas bem menos. Os únicos hábitos constantes são os livros. Hoje assisto mais vídeos informativos sobre Inteligências Artificiais e outros assuntos. Assista aqui e ali algum documentário. Fora isso, vejo uns vídeos sobre SCP Foundation antes de dormir. O livro que leio agora é "Running Against the Devil" do Rick Wilson. Um livro engraçadíssimo.


Quando falei mal do trumpismo e bolsonarismo, muitos ficaram extremamente irritados comigo. Quando fui um dos primeiros a trazer o termo "woke right" (direita woke) e acusar grande parte da direita de ser canceladora e censuradora, ocorreu o mesmo. Me dizem muitas coisas, me acusam de muitas coisas. Eu particularmente prefiro manter a crença particular que "as ideias têm consequências" (Richard M. Weaver) e seguir uma linha pragmática. O custo é o isolamento. Não sigo cartilha para ser considerado bom e prefiro ler múltiplas escolas de pensamento antes de chegar a uma conclusão temporária.


Não sei se eu poderia ser considerado "mau" ou um "vilão", vai do imaginário de cada um. Eu particularmente sou um pessimista antropológico e uma pessoa bem deslocada. Fora isso, mantenho uma vida relativamente liberal e amizades com pessoas dos mais diversos espectros políticos. Estou numa linha tênue e sei disso.


No fim, sou eu e os múltiplos livros que leio que estarão comigo.