sexta-feira, 26 de setembro de 2025

Acabo de ler "The Reagan Revolution" de Prudence Flowers (lido em Inglês/Parte 2)

 


Livro:
The Reagan Revolution

Autora:
Prudence Flowers


Ronald Reagan teve que se deparar com a estagflação, o desemprego e a turbulência econômica. Para tal, usou corte de taxas, diminuiu o orçamento dos programas sociais, tomou medidas anti-sindicalistas e colocou uma agenda desregulatória. Com isso, a diferença entre ricos e pobres aumentou bastante nos Estados Unidos da América.

A The Heritage Foundation defendia uma linha econômica supply-sider, onde deveria existir um corte de taxas para os ricos e os grandes negócios, além da desregulação da indústria. Isso, segundo os especialistas, levaria ao crescimento econômico e reduziria o desemprego. Além disso, o dinheiro poderia parar na inovação e investimento. Fora isso, existia a defesa do conservadorismo fiscal.

Reagan se espelhava na Margaret Thatcher que defendia uma linha de pensamento semelhante em suas políticas: corte de taxas, desregulação da indústria, limitação da burocracia governamental, redução do poder sindical e corte no gasto governamental.

Convém mencionar que a The Heritage Foundation não possui só o Project 2025, como auxílio, nessa época, Reagan com um documento de 3.000 páginas chamado "Mandate for Leadership".

As crises nos movimentos conservadores eram constantes. Falava-se das pautas dos conservadores sociais — leia-se: defensores do tradicionalismo moral —, o que fez Reagan responder que não existia uma agenda social, uma agenda econômica e uma agenda da política exterior, mas que todas eram uma só agenda.

Cortes de taxas eram feitos para os grandes negócios, para os ricos, para a classe média e para a classe trabalhadora. Reagan acreditava que reduzir taxas e cortar programas sociais eram um incentivo para que as pessoas voltassem a trabalhar, visto que os programas sociais levavam a dependência do Estado.

Apesar da diminuição nas taxas e a ideia de diminuição do gasto governamental, houve um aumento no setor militar. Entre 1981 e 1982, o orçamento militar cresceu 17.5%. Além disso, o gasto federal cresceu significantemente, o deficit anual e a dívida nacional triplicaram.

O governo seguiu atacando sindicalistas e programas sociais. O resultado foi extremamente impactante para a classe trabalhadora, para os desempregados, para os pobres, para as minorais raciais e étnicas. Além disso, Reagan fez um corte em um programa que dava almoço para estudantes, fazendo com que 3 milhões de estudantes deixassem a escola até o final de 1982. Fora isso, graças a uma medida de Reagan, apenas 45% dos desempregados conseguiram pegar o seu auxílio desemprego. 

As medidas de Reagan, antisindicalistas e pró-desregulação, aumentaram drasticamente o processo de desindustrialização que havia começado nos anos de 1970. Profundas divisões sociais se radicalizaram: apenas certos setores industriais, os grandes negócios e as elites ganharam com as medidas. Os ricos foram os que mais ganharam com os cortes de taxas, fora isso, os especuladores de Wall Street também. A face mais cruel era apresentada para os desempregados, para os pobres e para os moradores de rua.