Memórias Cadávericas: um acervo de textos aleatórios que resolvi salvar (no blogspot) para que essas não se perdessem.
Contexto: postagem no Threads. Expandida para fins de recordação.
A esquerda e a mídia precisam parar de escrever "extrema-direita". É uma estratégia que não funciona mais. Muitos direitistas apenas olham e dizem: "sou de extrema-direita mesmo".
Seria infinitamente mais útil pegar comentários racistas, misóginos, LGBTfóbicos, xenofóbicos e exibi-los indefinidamente. Essa estratégia ganha "fator turbo" no período eleitoral.
Exemplos:
- Política ou discurso antimigracionista no Sul contra nordestinos = ódio contra nordestinos = exiba as mensagens ou as políticas do Sul no Nordeste em massa = direita perde base eleitoral no Nordeste;
- Discurso LGBTfóbico em redes sociais ou políticas públicas LGBTfóbicas em qualquer local do Brasil = ódio contra LGBTs = exiba as mensagens ou as políticas LGBTfóbicas para LGBTs em massa = direita perde base eleitoral entre LGBTs.
Infelizmente vocês não estão prontos para essa malandragem. No período eleitoral, vira até autofire. Qualquer discurso, qualquer política, em qualquer ponto que seja: pode e deve ser usado contra o próprio criador do discurso. Isso é uma estratégia mais inteligente do que ficar escrevendo "extrema-direita" indefinidamente, visto que essa relatividade conceitual gera receio até entre a centro-direita.
Se você pega os males discursivos ou políticas enlouquecidas da direita woke (você lembrou de pesquisar "woke right" no Google, não é? Essa é a milésima vez que escrevo isso), ninguém vai querer ser identificado como apoiador delas.
Isso fará que eles tenham um número limitado de escolhas:
1. Acusar uns aos outros;
2. Pedir perdão público;
3. Deixarem de praticar políticas divisíveis.
É evidente que você também não pode praticar os mesmos exageros retóricos. Dizer que "pessoas ricas têm muito privilégios nesse país com baixa distribuição de renda" é muito melhor do que dizer "brancos têm muito privilégio nesse país". Você precisa tornar os seus adversários reféns verbais das próprias palavras que eles proferiram sem que você se torne refém verbal das suas palavras também.
Claro, isso é só um "conselho bobo" de um escritor mequetrefe sem influência alguma. No fim, minha opinião ou a ausência dela não impactam em nada.
