O professor Richard Epstein começa com a seguinte pergunta:
— Seria o Direito Romano primitivo?
Ele mesmo dá a resposta:
— O Direito Romano pode ser um sistema ancião, mas certamente não é um sistema primitivo.
O Direito Romano, o texto romano, representa um enorme avanço na sistematização, sendo superior a todos os sistemas prévios em qualquer lugar do globo. Nele podemos ver um compreensivo e organizado sistema de lei.
O professor Richard dá dois exemplos de perguntas que costumam ser feitas:
— Qual a taxa de depreciação?
— Quanto de desintegração sofreu o Direito Romano após dois mil anos de pressão do tempo?
A resposta é assustadora: nas áreas nas quais o Direto Romano domina, há a possibilidade de ser 10 a 15% de depreciação. Isso é uma durabilidade fenomenal.
Existem muitas áreas nas quais os romanos possuem um melhor entendimento dos princípios legais básicos que a Moderna Common Law.
— Mas qual a diferença entre o Direito Romano e a Common Law?
Podemos dizer que a Common Law é desenvolvida por um modo de ser, por um sistema que caminha e desenvolve através de julgamentos que se incrementam. Os juízes olham casos que apareceram e casos que nunca apareceram em uma ordem lógica.
Já o Direito Romano não é feito por juízes. Eles eram jogadores relativamente insignificantes na articulação doutrinária. O Direito Romano é feito por professores. Eles sistematizavam e organizavam um campo particular. Era como uma linguagem que organizava a si mesma.