terça-feira, 11 de outubro de 2022

Acabo de ler "1776" de David McCullough

 



"Queremos grandes homens que, quando o destino se zanga, não se sentem desencorajados"
Coronel Henry Knox

Uma simples colônia, vendo-se afrontada, decide atacar a força armada mais poderosa do planeta. Com um bando de camponeses famintos, de roupas rasgadas e de nenhum treinamento militar de caráter suficiente, inicia-se uma guerra com um inimigo muito maior e mais bem preparado. Os comandantes dessa operação suicida também não eram homens preparados, tinham até uma formação deficiente na arte da guerra.

Uma história cheia de acúmulos de problemas, que se sucediam um após o outro, não poderia dar certo. Na verdade, teria tudo para dar errado. Em grande parte do tempo, o exército americano simplesmente esteve a fugir e viu toda a sua força desgastada e a sua imagem desmoralizada. Mesmo em uma situação tão adversa, a guerra continuou. Uma batalha não é feita só de fadiga física, ela também se localiza na exaustão psicológica. Muitas vezes se questionou a possibilidade de ir adiante. Muitos queriam rendição, outros eram até mesmo favoráveis à Inglaterra.

Washington, líder revolucionário e comandante da operação, é descrito nesses termos: "Ele não era um brilhante estrategista ou tático,  nem um orador talentoso, e também não era um brilhante intelectual". Como é que então um homem tão simples pôde vencer a mais poderosa nação da Terra? A resposta dada pelo autor do livro é: "a experiência foi sempre o seu maior mestre" e também "nunca se esqueceu de tudo que estava em risco, e em momento algum desistiu".

A história dessa guerra é mais do que uma simples leitura da história. Ela é também um convite para a guerra. Ela nos inspira a seguirmos em frente, enfrentando as adversidades com labuta. Pode-se dizer que ela tem um importante núcleo inspiracional e ensina-nos a importância da persistência e coragem, mesmo que nas horas mais inacreditavelmente sombrias.

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