terça-feira, 19 de outubro de 2021

Acabo de ler "Pais Apostólicos" (Coleção Patrística) da página 277 até 388.



   
    Acabo de ler "Pais Apostólicos" (Coleção Patrística) da página 277 até 388.

    Caracterizado pela certa leveza em abstração, o conteúdo do livro lembra muito bem o Novo Testamento e com ele se confunde em forma, mas não em importância. A Patrística é aquilo que vem depois da Bíblia, a forma como os cristãos encararam o mundo em sua jornada vivencial e vários dramas expostos demonstram como era a vida, os ensinamentos e a forma de ver o mundo dos cristãos antigos. Há um discurso que é mais práxis do que teorético, muitas vezes lembrando aquele antigo conceito de theosis.

    Cabe aqui um adendo: a teologia cristã ortodoxa compreende três estágios, esses são: katharsis (purificação), theoria (iluminação) e theosis (prática). A theosis é, basicamente, a práxis do cristão convertido. É a harmonia. Para os antigos, era-se de vital importância não só o aparecimento, mas o ser profundo que se choca com o mundo através de seu modus vivendi. Estar em conformância com uma pureza de ser - ligada a um estilo de vida - era de importância crucial. A vida era ditada por um essência que não se deixava abater, mas continuava a se esforçar para ser. Pode-se, é claro, falar-se de fanatismo. E é sempre bom ser prudente, mas devemos lembrar que a vida também requer uma dedicação essencialmente contínua que realize o ser diariamente. Ou seja, viver é viver todos os dias, mesmo que seja uma construção mínima e de longo prazo. É preciso que se construa, que se faça.
 
    O que define o essencial é o mínimo de cada dia. Viver o mínimo de cada dia é se ater aquilo que de fato queremos fazer enquanto seres viventes. O mínimo de cada dia responde: "quem somos". Já que quem somos está correlacionado a vontade que, por sua vez, chega na práxis diária.

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