terça-feira, 13 de dezembro de 2022

Acabo de ler "Fastos da Ditadura Militar" de Frederico de S. (Eduardo Prado)




"Ninguém duvidará então de que quem escreve estas linhas só atacou os dominadores do Brasil porque, como homem civilizado e do seu século, aborreceu a traição, amou a liberdade e detestou a tirania"
Frederico de S. (Eduardo Prado)

A proclamação da República inseriu, no Brasil, uma grotesca ditadura que dava aos golpistas um poder onipotente para fazerem o que bem entenderem da coisa pública. Em vez de ser uma conquista que maximizava os progressos do tempo imperial e dava-lhe novos toques de elevação civilizacional, essa destruiu parte do progresso imperial e adicionou novos males.

A liberdade de imprensa acabou, a economia foi destroçada, o crédito do Brasil no exterior despencou, parte do território foi cedido a Argentina, algozes se autopromoveram galgando em cargos imerecidos e aumentos salariais desproporcionais. Além disso, decretos surgiam aqui e acolá sem o consentimento da população brasileira e por puro capricho de usurpadores e tiranetes onipotentes.

Em meio a toda essa barbárie, um bravo homem vem anunciar as mentiras e retrocessos civilizacionais que os revolucionários positivistas fizeram ao país. Frederico de S. (Eduardo Prado), foi combatente e a favor duma verdadeira soberania nacional - localizada em representantes legitimamente eleitos pelo povo e a ele submissos. Dito isso, nenhuma ditadura pode ter soberania nacional pois seu poder retira o poder decisório do próprio povo.

Nesse brilhante livro, vemos a defesa militante e responsável das liberdades civis e da capacidade soberana de autogestão dum povo. Um ataque frontal as arbitrariedades de homens que, postos no poder, alteram tudo para que tudo caiba na pequeneza de suas estaturas diminutas.

Certamente um dos maiores clássicos da literatura nacional e um livro que, certamente, recomendo a cada brasileiro para o conhecimento mais amplo da história de sua pátria. 

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