Se nos perguntarmos onde se encontra a psicanálise como hermenêutica mundividente encontramos a maioria das suas teorias envoltas não só naquilo que é manifesto, mas também naquilo que é considerado latente. O terreno do não dito, expressado de modo inconsciente, é o terreno psicanalítico por excelência.
O arcabouço psicanalítico é, por sua vez, uma forma de buscar uma análise que, dado após dado, possibilita uma interpretação que leva ao conhecimento narrativo das partes que constituem a pessoa de forma unitária. A desfragmentação, gerada após uma coleta minuciosa de dados, é o dever cabal da técnica psicanalítica.
Graças a este aparato, a psicanálise traz consigo não só uma capacidade de autoanálise, permitindo que vejamos com mais pormenoridade a nós mesmos, como igualmente nos dá instrumento para a percepção mais íntegra do outro em seus atos e falas. O que é, sobretudo no terreno latente, algo impressionante.
Neste capítulo, vemos a importância da psicanálise para locupletação daquilo que nos escapa. Diminuto em seu tamanho, conquanto que profundo em sua forma, traz em seu seio a semente daquilo que um psicanalista perceberá durante a sua prática analisante.
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