O que fazer num subcontinente em que, devido a fragilidade unitária, está sempre em violentas ebulições sociais e rupturas institucionais? A verdade é que a América Latina é um local bastante hostil.
Desde o momento de sua fundação, analisou Carlos Rangel, estamos com dois problemas básicos:
1. A fundação veio duma ideia retrógrada no campo econômico, profundamente mercantilista, e igualmente retrógrada em todas as outras áreas;
2. O tecido social da sociedade colonizadora (Espanha, neste caso) estava rompido e era impossível que ela se traduzisse numa verdadeira unidade (eu plural).
O caso de El Salvador é a mesmíssima novela latino americana: uma brutal incapacidade de conviver harmonicamente, levando sempre a grupelhos e tiranetes brigando entre si pela hegemonia dentro do país sem se importar com uma real unidade nacional. Não por acaso, El Salvador foi palco duma série de problemas explosivos.
O Partido Social Cristão teve que viver e tentar mudar essa triste realidade, porém como mudá-la se o tecido social é fragmentário desde antes de sua origem? Um pequeno e bom livro, mas de um triste enredo tipicamente latino americano.
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