Às vezes meu passado póstumo volta-me como que numa forma de revólver
Por vezes sonho dormir como num desejo náufrago
E por mais que eu queira quebrar os turbilhões agônicos que me acorrentam neste cadáver plástico
Tenho uma interior luminescência que me ata neste corpo pútrido
Ressuscitar, mais uma vez
Já que se vive enquanto morto, pode-se também ressuscitar-se enquanto morto, infinita e nauseabundamente
Como numa tautologia de Lázaro
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