terça-feira, 12 de março de 2024

Notas de Logística #4 - O Processo de Tomada de Decisões

 


No texto anterior, publicado agora pouco, escrevi que a Logística também aborda - mesmo que brevemente - a questão sociológica e psicológica dentro de estruturas organizacionais. Esse texto reforça mais um pouco da esfera psicológica dentro do estudo da logística: como tomamos decisões?


No estudo dessa unidade nos tornamos um pouco mais céticos em relação à racionalidade humana. Será que somos tão racionais quanto queremos parecer? A ideia de razão pura, acima de todas as oscilações sentimentais, é algo criticado por uma continuidade gigantesca de filósofos e pensadores de outras disciplinas. Freud, Jung, Foucault... Todos esses demonstraram, em seus métodos, que não há um processo de pensamento que transcende todas as características humanas e dá vôos divinos de imparcialidade absoluta.


Quando é dito na administração e na logística que temos pressupostos racionais e que eles são objetivos ou estamos contando uma mentira ou nos autoenganando. É evidente que existe uma capacidade, dentro de nós, de sermos mais racionais, porém todo raciocínio parte de algum lugar e tem alguma limitação. E é disso que surge, na crítica contemporânea, a abertura para a singularidade e, igualmente, para o uso da intuição e dos sentimentos na hora de decidir.


O exercício da razão sempre vem acompanhado de lacunas, de particularismos, de limitações, de falhas nas totalidades dos dados. Não estamos no terreno das certezas infalíveis, mas na dinâmica duma areia movediça onde até nossa capacidade interior é limitada.

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