domingo, 19 de janeiro de 2025

Acabo de ler "Rebooting the American System" de American Compass (lido em inglês/parte 3)

 


Nome:

Rebooting the American System


Autor:

– American Compass;

– Wells King.


O que é necessário para uma nação se desenvolver saudável e forte? Deixá-la livre para correr nos ventos do livre-mercado? Atá-la um compulsivo projeto de planejamento central? Ou unir o melhor do planejamento central junto ao mais dinâmico sistema de mercado? Observar as devidas proporções e os devidos ajustamentos históricos é extremamente necessário.


Três colocações centrais podem ser feitas:

  1. Um Banco público para o financiamento de um concreto e elaborado projeto nacional;
  2. Um escudo para com a produção estrangeira através de tarifas e um incentivo fiscal para as empresas nascentes;
  3. Uma infraestrutura que conecte os centros comerciais ao restante do país.
É evidente que esse planejamento, por mais simples e mínimo que seja, encontrou posição até no solo americano. O substituto para tal programa era o livre-comércio puro e simples, sem qualquer outra questão ou plano adicional.

Enquanto a esquerda se preocupa com a globalização e a redistribuição de renda, a direita apenas ignora as necessidades atuais dos cidadãos e as necessidades econômicas do país. Esse documento da American Compass, instituição conservadora americana, traz uma nova luz ao debate.


Acabo de ler "Rebooting the American System" de American Compass (lido em inglês/parte 2)

 


Nome:

Rebooting the American System


Autor:

– American Compass;

– Tom Cotton.


Nenhuma nação pode ser considerada verdadeiramente livre se não tem uma indústria forte o suficiente para suprir o essencial. Nenhuma nação pode ser considerada livre se não é capaz de fabricar aquilo que lhe é essencial, em especial no suprimento militar. Nenhuma nação pode ser considerada livre se os instrumentos essenciais da sua defesa nacional estão sujeitos a especulação de indivíduos ou de nações estrangeiras. Visto que indivíduos particulares seguem seus próprios interesses e nações estrangeiras pensam em defender a si mesmas e a perseguir seus próprios interesses.


A razão do surgimento do Banco Central nos Estados Unidos não era outra: a construção de uma indústria forte para assegurar a independência do seu próprio país frente a ameças externas. Em outras palavras, a segurança de uma nação depende da própria nação, visto que a confiança em fatores externos é prejudicial: países e indivíduos particulares estão na busca dos seus próprios interesses. A segurança nacional é de importância e interesse nacional, não pode correr riscos e nem se deixar levar por uma vaidade.


Durante o período da covid, máscaras respiratórias e medicamentos básicos ficaram a mercê da China, nação inimiga e hostil aos interesses dos Estados Unidos. Para piorar a situação americana, a China era o centro de suprimento global. A China vem colocado tecnologia avançada na comunicação em prol de agentes de espionagem chineses. As pretensões chinesas variam, mas podem ser descritas:

  1. Tecnologia avançada;
  2. Economia forte;
  3. Destruir a ordem americana global;
  4. Tecnologia avançada, sobretudo de duplo uso;
  5. Roubo de propriedades intelectuais.
A China foi considerado um parceiro estratégico durante a Primeira Guerra Fria. Atualmente estamos na Segunda Guerra Fria. Os Estados Unidos precisam passar por alguns processos para conseguirem se preparar para a Segunda Guerra Fria. Entre eles:

  1. Construção de uma força militar mais potente e em constante atualização;
  2. O governo federal deve fazer investimentos estratégicos em tecnologia avançada e em infraestrutura crítica;
  3. Aumentar o investimento federal em pesquisa e em desenvolvimento de forma continuada;
  4. Trazer de volta: medicina, semicondutores e tudo que for essencial;
  5. Correlacionar a protagonismo estratégico do governo a um capitalismo dinâmico para uma robusta economia nacional.
O mundo de hoje é um mundo em que duas potências (Estados Unidos e China) voltam a se confrontar numa guerra fria. A Segunda Guerra Fria já é realidade. Esse processo não pode ser ignorado. Ele influenciará todos os dias da nossa vida.

sábado, 18 de janeiro de 2025

Acabo de ler "Rebooting the American System" de American Compass (lido em inglês/parte 1)

 


Nome:

Rebooting the American System


Autor:

– American Compass;

– Marco Rubio.


A crise gerada pelo coronavírus levou a grandes reflexões mundiais. Não só pela questão dos chamados lockdowns e tudo que permeava as questões sobre a preferência do bem comum, dos direitos individuais ou do autoritarismo governamental. Questões econômicas também surgiram. Vários governos endossaram uma ampliação do papel do estado e outros falaram sobre como essa ampliação era nociva. Muitos falaram sobre o custo econômico das medidas e sobre a capacidade de recuperar a atividade econômica dos seus países. Nos Estados Unidos, essa discussão não foi diferente – teve as suas especificações próprias, tal como em qualquer outro país.


O documento que tenho instalado nos arquivos do meu celular é diferente. Usualmente se correlaciona muito o conservadorismo americano com uma espécie de suspeita geral para com o tamanho do estado e para com o poder que o estado possui. Conservadores americanos endossam um estado menor que os democratas. Pois bem, a reflexão da American Compass é fruto da discussão dos impactos do coronavírus. A lição que alguns conservadores americanos extraíram da crise foi a correlação entre segurança nacional e economia, levando a um apontamento da necessidade de uma soberania econômica, sobretudo nos setores estratégicos e cruciais para a segurança dos Estados Unidos da América.


Durante o período pandêmico, os Estados Unidos dependeram fortemente da produção industrial chinesa para cobrir as necessidades que surgiram graças aos impactos do coronavírus. Porém essa dependência da China foi construída graças a políticas econômicas que enfatizaram o papel da iniciativa privada como peça central na atividade econômica. Com base nas vantagens comparativas, o mercado preferiu produzir onde era mais barato e, naquele momento, a produção mais barata era na China. Graças a isso, muitas empresas americanas deixaram de empregar americanos e começaram a produzir uma série de itens dentro da China. Acontece que, durante o período pandêmico, os Estados Unidos ficou com a dependência da China para ter acesso a medicamentos e até mesmo para máscaras.


É evidente que a dependência crescente para com a China antecede o período pandêmico. E essa dependência, cada vez mais crescente, leva a um alerta sobre a segurança nacional dos Estados Unidos da América. Não só aos Estados Unidos da América, mas também para qualquer país do mundo que acredite que possa confiar setores estratégicos da soberania nacional para outro país. Não há como uma nação ser soberana e extremamente frágil naquilo que é essencial para o exercício da soberania dentro do próprio país.


Hoje em dia, os Estados Unidos não dependem da China tão somente para o acesso a medicamentos essenciais. Os Estados Unidos também dependem da China para a produção de produtos de alta tecnologia. Seja em matéria de produtos concernentes a segurança nacional, seja em minerais raros, seja em recursos integrados. Isso gera uma série dúvida a respeito dos Estados Unidos conseguir manter a sua soberania e se ele conseguirá vencer a China se a sua dependência se tornou cada vez crescente.


A reflexão que os conservadores americanos tiveram levou as seguintes conclusões:

1. Os Estados Unidos precisam autossuficiência na produção de suprimentos medicais;

2. É preciso criar uma política que seja a favor da empresa americana;

3. É preciso identificar quais setores econômicos são vitais para os Estados Unidos e proteger, incentivar e desenvolver setores de interesse nacional;

4. Restaurar e reestabelecer trabalhos na maioria crítica dos setores manufaturados.


Creio que todas essas reflexões não são só de interesse especial nos Estados Unidos. Essas reflexões são universais no tratante a qualquer país que ouse sonhar uma política verdadeiramente soberana. A soberania que não se baseie numa autossuficiência em setores críticos é autocontraditória para consigo mesma. 

Acabo de ler "Liberal Education’s" de Rachel Alexander Cambre (lido em inglês/Parte 6 Final)

 


Nome:
Liberal Education’s Antidote to Indoctrination

Autora:
Rachel Alexander Cambre, PhD


Uma educação livre é muito baseada na liberdade de expressão. A liberdade expressão, no ambiente acadêmico, tem a premissa de que os argumentos devem ser logicamente embasados. E é através dessa ligação (liberdade argumentativa + argumentos logicamente embasados) que o debate ocorre.

Os seguintes comportamentos devem ser observáveis: encorajamento para fazer perguntas, avançar nos argumentos, receber críticas lógicas aos argumentos anteriormente observados.

Deve ser também observado: que os alunos recebam o pensamento de pensadores de diferentes épocas e lugares para que não haja uma redução espaço-temporal da sua capacidade de pensar.

É evidente que a educação não termina nunca. Ela se torna uma expressão em si mesma da vida. O aluno deve ser convidado a se tornar um estudante para a vida toda. Se isso não ocorre, a educação não ocorreu de fato.

Quando a educação é real, ela se integra a personalidade do indivíduo. Ela se torna expressão mesma da sua personalidade e está em todos os processos vivenciais que o indivíduo se insere.

Acabo de ler "Liberal Education’s" de Rachel Alexander Cambre (lido em inglês/Parte 5)

 


Nome:
Liberal Education’s Antidote to Indoctrination

Autora:
Rachel Alexander Cambre, PhD

Não importa se um argumento é de esquerda, de direita ou de centro. O que importa é se ele é verdadeiro e bem estruturado. Quando pensamos se algo é de direita, de centro ou de esquerda, se tem algo ou não a ver com a "nossa tribo", já não estamos pensando livremente. Muito pelo contrário, estamos adentrando num tribalismo onde o que importa é a adesão formal a tribo e ao seu modus pensandi.

Uma educação livre, de fato libertadora, requer uma capacidade de estudar e ir além dos limites impostos pela maioria e pela simplificação do debate. Transcender o horizonte da maioria das opiniões sobre um assunto ao mesmo tempo em que providencia uma série de argumentos competitivos – contraditórios e em disputa por si mesmos – é o fundamento de um bom entendimento de um debate livre e de um intelecto livre.

Doutrinação:
Propõe um escopo monolítico.

Educação:
Convida a discordância dentro da conversação.

Uma educação verdadeira, longe das câmeras de eco, é uma educação baseada na discordância e na compreensão estrutural das discordâncias que levam aos levantamentos dos diferentes pontos de vista dentro de um debate. Uma educação livre é um ponto de inquirição, um debate e que leva a um julgamento pessoal acerca de algo.

Tal educação não se baseia em fontes secundárias. Baseia-se em fontes primárias. Não aos comentários ou comentários dos comentários das obras. Mas ao entendimento do debate a partir das fontes primárias que se chocam. Em outras palavras, adentram no estudo dos mais diversos grandes autores e grandes escolas de pensamento. Isso tudo, é claro, alinhado a um profundo entendimento da ação moral dentro do mundo.

sexta-feira, 17 de janeiro de 2025

Acabo de ler "Liberal Education’s" de Rachel Alexander Cambre (lido em inglês/Parte 4)

 


Nome:
Liberal Education’s Antidote to Indoctrination

Autora:
Rachel Alexander Cambre, PhD

A ordenação da alma é um dos principais tópicos da educação. O principal objetivo da educação é a ordenação da alma e é o mais espetacular objetivo humano. O objetivo da educação não é apenas o de dar uma formação básica, mas o de ensinar virtudes. Sejam as virtudes morais, sejam as virtudes intelectuais.


Uma pessoa intelectualmente saudável e moralmente íntegra é capaz de navegar entre diferentes tipos de pensamentos e diferentes tipos de argumentos. Não só por uma erudição qualquer, mas pela busca da verdade. Uma verdade que transcende os limites da esquerda e da direita. Uma verdade que ama a verdade que está além das definições das agendas ideológicas e narrativas.


Uma pessoa que busca a verdade busca estar além das maiorias. E isso requer a coragem de estar além do que a sociedade propõe ou o que a sociedade espera. Visto que o verdadeiro intelectual opõe vigorosamente uma série de argumentos e perspectivas, tentando encontrar a verdade entre esses diferentes pontos e sendo prudente na escolha de suas ações.


Mais do que isso: a inteligência é piedosa e indica uma ligação do presente com todo o legado que a precede e com o futuro que se constrói. O exercício intelectual não é a destruição do passado, mas uma reverência ao passado e uma gratidão pelo passado. Visto que o intelectual honesto é um intelectual humilde, um intelectual grato pelo melhor da civilização.

Acabo de ler "Liberal Education’s" de Rachel Alexander Cambre (lido em inglês/Parte 3)


Nome:
Liberal Education’s Antidote to Indoctrination



Autora:
Rachel Alexander Cambre, PhD

O que é educação? A educação pode ser vista como um aumento gradativo do horizonte de consciência. Isto é, do número que de conhecimentos que a consciência humana abarca. O aumento contínuo do horizonte de consciência, junto com a qualidade do conteúdo abarcado, abraça o reconhecimento de uma série de fórmulas e contrastes que escapam da generalização ideológica. O problema é que numa estrutura de educação massificada, o que importa é mais uma série de conhecimentos gerais de forma simplificada do que um conhecimento reconhecedor da série de contrastes que aparecem em cada instante do saber.


Para abarcar um número alto de alunos, reduz-se a qualidade do saber. A redução da qualidade do saber se encontra no aspecto simplificatório. Uma quantidade baixa de conhecimento, as chamadas ideias gerais, assumem a condução do pensamento da maioria das pessoas. Dentro de uma estrutura política em que os governantes são eleitos democraticamente, as suas eleições se devem mais a simplificações – fetiches mentais – do que a uma análise concreta dos sérios problemas apresentados a nível local, regional e nacional.


Outra condição que marca pesadamente a democracia é que pessoas com ideias gerais não possuem compreensão profunda dos distintos fenômenos que devem pautar a escolha política. Eles são guiados mais pelas pressões socialmente impostas do que por uma noção qualificada das diversas nuances encontradas dentro de um debate.


A visão da maioria é uma visão pautada por uma lógica de simplificação para massificação de um baixo saber. Um baixo saber caracterizado por fetiches mentais – pensamentos não complexamente estruturados e reconhecedores dos diversos aspectos que sondam os fenômenos da realidade. Se a maioria da sociedade vai para um canto, a pressão social direciona todos os outros para esse mesmo canto.


A referência do cidadão médio não é uma série de modelos que reconheça profundamente. A referência do cidadão médio são uma série de noções corrompidas, pois básicas. Além do choque que a pressão social da maioria exerce. Visto que é a visão da maioria, o imaginário social, que constrói aquilo que o cidadão médio pensa acerca do mundo.


Uma democracia sólida não pode existir tendo como base simplificações. Logo ela requer uma educação de qualidade para que os cidadãos possam fazer um exercício legítimo da razão no ato de escolha política. A ligação entre educação de qualidade e funcionalidade do regime político democrático é intrínseca. Não há democracia sem educação de qualidade.