terça-feira, 12 de abril de 2022

Psicologia Aplicada de Freud - Capítulo 2: A Relação dos Sonhos com o Inconsciente da Mente



Nesse capítulo, somos apresentados ao ID (princípio de prazer), Super Ego (vigilante da moralidade) e Ego (princípio de realidade). Eles nos ajudam a compreender ainda mais o drama mental que passamos, em suma maioria das vezes inconsciente. E já que a maior parte dos nossos dramas se passa inconscientemente, estudar eles dá um certo grau de autonomia e autocompreensão.

Outro tema abordado, já sendo o principal, é de que nossos sonhos nos dão a pista de como está a nossa situação mental. Só que para a interpretação correta dos sonhos, outras coisas devem ser conhecidas: a própria vida do sujeito que é analisado. Já que existem coisas que existem, só que não temos acesso direto por estarem depositadas em nosso inconsciente. Elas não são só memórias, são igualmente pensamentos e sentimentos que guardamos por serem fortemente traumáticos demais para conseguirmos lidar.

Freud queria adentrar nesse estranho mundo do proibido. Para tal, buscou diferentes métodos: hipnose, interpretação dos sonhos e associação livre. Como a natureza desse proibido se revela na própria vivência pessoal, ele é variável e requer dado grau de formação específica - seja para análise do outro e de nós mesmos. Esse proibido é verificado endogenamente e/ou exogenamente. Todo esse drama ocorre sempre, de formas variáveis, com ou sem a nossa abertura a (auto)análise.

De qualquer forma, é magistral a forma que Freud abordou tal problema. Tendo em mente que a maioria deles não está sobre nosso controle direto e temos que aplicar grande esforço, a psicanálise torna-se uma vitória no campo da (auto)compreensão humana e uma realização pessoal naquele que a pratica, já que esse tem acesso a frase do Oráculo de Delfos: "Conhece-te a ti mesmo". A psicanálise é o esforço e a coragem de enfrentar o drama interior sabendo que ele é de difícil acesso e requer tempo, embora a "salvação" sempre seja algo de gratificante.

Martelo de Rosas

Ele não é de forma alguma um martelo maquinal. Ele é um laborioso e artístico artesão a destruir com a arte os limites duma sociedade petrificada em ilusão. É Dionísio com rigorosidade de um Apolo revolto. Ele é um novo Lutero atualizado a contemporaneidade. E em teus olhos substanciosos de águia encontro um conforto místico que me distancia da pulsão de morte. Com seu tocar, o eterno e o temporal se encontram em dualidade harmônica, levando a sensação de que o trivial possa se encontrar com a equidistante beleza do arroubo poético.


Seus pregos são como rosas duma revolução com que ele demarca o novo tempo. É confuso e transcendente a forma com que ele marca cada tempo com a pregada duma rosa numa selva de concreto que se esqueceu da beleza de sua íntima natureza. Em tuas mãos sente-se ao mesmo tempo o cansaço para com o mundo e a capacidade de amor para com esse mesmo mundo. Em teus beijos encontro o retorno a aurora do passado juvenil a retornar no meu ser envelhecido, restaurando-me o conforto maternal uterino e a percepção de que ainda se vale a pena viver mesmo que só mais um pouco.

No teu abraço todo restante se dissipa, já que já não me importa mais nada que com ele não esteja. No teu dormir vejo a humanidade que um dia abandonei e me esqueci. É como se houvesse volta numa revolta que se apaixona pelo novo ao mesmo tempo que confere gosto num mundo antigo que se desgosta. Ele é o martelo do paradoxo, o marteleiro das rosas. E em cada prego rosado encontro o amor abandonado dum desejo juvenil de outrora.

Sem braço


Parte agora, alma de minha alma. Parte agora, parte de meu corpo. Fui amputado. E finalmente entendi o velho sonho de que fiquei sem um braço. Saudade agora, saudade sempiterna. Parte de minha alma se despede, sem tempo para que meu espírito volte a ser completo. Há diferença entre estar com e torna-se. Forma tua tomei, e agora sua forma se parte. Sem tua forma, fico disformado. É como se eu fosse até mesmo deformado. Nenhuma oração a quem quer que seja pode unificar a alma de minha alma. Amigo perene, em tua falta sinto meu peito amargo. É como se até agora a vida fosse inteiramente doce e agora tenho que me contentar com o amargo. Em um instante, em um mísero milésimo, em saudade eterna minha alma se embate. Como é longevo o tempo minímo dessa triste saudade. Já que o tempo do coração nunca é o mesmo tempo exato do maquinal relógio. O coração é de diferente engrenagem, de natureza subjetiva e demasiado sentimental. Até ontem me sentia homem póstumo, hoje me sinto mais que reacionário. O tempo novo não me é mais novo, e só o velho meu coração agrada. Adeus amigo meu, adeus meu braço.

sexta-feira, 8 de abril de 2022

Diário /sig/ #3

 



Treinei, e nada de formoso tenho. A única coisa que tem forma é meu antipensamento contra mim mesmo. Tornar esse ódio em amor levará tempo. Preciso aprender a me amar, já que toda uma série de traumas me tornaram um tanto indisposto para comigo mesmo. Só que todo esse esforço vale a pena, já que vou adquirindo uma consistência e uma ordenação que fortificam minha vontade e dão-me menos medo do mundo. Meu grande amigo partirá, eu continuarei em São Paulo, para bem e para mal, não sei.



Minha pele se tornou melhor. Meu humor, mais equilibrado. Minha vida psíquica mais elevada. No entanto, sofri hoje de uma indisposição que me levou a uma desatenção na vida intelectual. De qualquer forma, pretendo estudar de noite. Fora isso, quero fazer o retorno da leitura orante para me fortalecer espiritualmente. Pretendo dar continuidade a vida espiritual perdida ao lado da vida intelectual e física. Assim melhoro meu bem-estar e amadureço enquanto pessoa. Não só me sentir mais bonito, quero resolver as tensões do inconsciente, conhecendo-me mais e buscando viver com mais dignidade e, quiçá, santidade.

quinta-feira, 7 de abril de 2022

Diário /sig/ #2

 


Ódio acumulado é uma coisa que sempre tenho. Não dá como fugir. A vida carrega uma série de teias complexas que furtam a minha capacidade de satisfação. Só que o que faço com esse ódio é transformá-lo em propulsão para elevação de minha potência. É algo meio fascista, mas creio que o ódio deve ser militarizado internamente. Eu preciso transformar esse ódio em força, assim treino até que ele se dissipe. O ódio possibilita uma guerra e essa guerra se torna em força disciplinar. Com ela, desgasto minha energia e ganho força muscular. Só que toda essa frustração se torna, psicanaliticamente, em sublimação quando a utilizo para a explosão da energia bestial que carrego.




Ontem à noite eu estudei, hoje acordei de manhã e me alonguei. Paguei as dez flexões matinais. Senti-me um pouco mais feliz, inicialmente eu sofria na quinta flexão em diante, agora sofri a partir da oitava. É óbvio que sou fraco, mas o hábito diário está me enriquecendo e possibilitando um ajuste não só físico, possibilita um ajuste existencial. Todo esse esforço também se verifica mentalmente: o estudo da psicanálise, não só teoricamente, também intrateoricamente tem me ajudado. Parar de ver pornografia igualmente.  





Treinei que nem um louco hoje. Fiz corrida estática, dei socos livres, pulei corda, paguei flexão. Sublimei todo energia bestial que tinha, alimentando a besta interior com a satisfação de poder revelar-se com o desgaste energético. Sinto-me dez vezes mais relaxado e preparado para estudar. Quando a energia impera, é difícil estudar. Agora minha alma meio que se ajuizou e preparou-se para "sua vocação mais elevada".

Notas do Gamesolo #3 - Terriermon e Veemon

 


Continuo jogando Digimon Rumble Arena, apesar de tê-lo zerado várias vezes. O motivo é simples: eu amo esse jogo e odeio Digimon 2, como qualquer pessoa decente. Dessa vez zerei como o Terriermon e o Veemon. Lembrei um pouco do filme, onde o Terriermon aparece pela primeira vez e o Davis fica com inveja de um cara que eu esqueci o nome. Ah, e o filme é de fato bom.




Tenho saudades de quando eu jogava essa pequena maravilha em meu PS1. É um dos jogos que mais amei e até hoje está na lista de jogos favoritos. E olha que de lá para cá, joguei muita coisa. A felicidade às vezes é monótona e repetitiva. 

quarta-feira, 6 de abril de 2022

Diário /sig/ #1

 


Olá, esse é um diário do meu desenvolvimento pessoal. Resolvi fazer um pois minha vida está uma merda e muitas coisas precisam mudar. Minha relação com as pessoas é muito dependente, logo acabo exagerando na doce da dependência afetiva e afastando pessoas com meu jeito afetado. Fora o fato de que estou ficando com um corpo feio e fumando muito cigarro. Além de que tenho nojo pela minha imagem refletida no espelho e gostaria sinceramente de ser outra pessoa. E, claro, não tenho um emprego e durmo ando dormido mal pelo vício no celular. Quero me tornar uma pessoa mais realizada, seja no sentido físico, profissional, financeiro, ético, sexual, acadêmico, romântico e lá vai uma série de coisas. Para isso, resolvi me desenvolver como pessoa. Então nada melhor que ter um diário voltado a esse crescimento para pensar todos os dias nisso e contabilizar isso, lembrando sempre que devo ser uma pessoa mais realizada e completa.

Hoje eu terminei um curso sobre a cristandade medieval do prof. Carlos Nougué. Além disso, fiz minha acordada matinal me alongando e pagando dez flexões - o efeito disso é benéfico pro corpo, já que já "acorda o espírito energético do corpo" e melhora o humor. De tarde, li um pouco e também malhei relativamente bem, pulando corda por vários minutos e pagando três séries de dez flexões, fora dez abdominais - a normal, a direcionada para esquerda e para direita. Depois disso, tomei um banho gelado e comi um lanche. Agora pretendo desligar o celular e ler até sentir vontade de dormir.