terça-feira, 14 de janeiro de 2025

Acabo de ler "Liberal Education’s" de Rachel Alexander Cambre (lido em inglês/Parte 1)


Nome:

Liberal Education’s Antidote to Indoctrination


Autora:

Rachel Alexander Cambre, PhD


O que é uma educação verdadeiramente livre? É possível ter uma educação livre? O modelo deve pender à esquerda ou à direita? Qual a possibilidade efetiva de concretizar uma educação que não seja doutrinária? Essas questões sempre voltam a aparecer, seja nos Estados Unidos, seja no Brasil, seja em qualquer outro país do mundo. A doutrinação é uma temática universal, a educação também o é.


Há quem afirma que toda educação tem um ponto doutrinário, uma cosmovisão que se esconde por trás dela. Se essa afirmação é de fato verdadeiro, decorre-se que nenhuma escola pública é de fato possível, visto que ela seria um cerceamento e uma imposição ideológica. Outra solução plausível seria a adoção de professores dotados de visões intelectuais bastante distintas. Todavia a segunda via apresenta uma problemática: o número de professantes de determinado sistema de pensamento não é igual e tampouco é financeiramente viável contratar todos os tipos de diferentes pensadores para lecionar – além disso, qual seria a quantidade de tempo para formar alguém que precisa passar minuciosamente por todas as escolas de pensamento do mundo em cada uma das matérias?


A autora do texto tratará dessas questões. Creio que se focará em trazar uma linha objetiva de educação – se essa for, é claro, possível.

segunda-feira, 13 de janeiro de 2025

Acabo de ler "Philosophy" de Roger Scruton (lido em inglês/Parte 1)

 


Nome:

Philosophy Principles and Problems


Autor:

Roger Scruton


Para que serve a filosofia? Essa é pergunta é extremamente fundamental e extremamente necessária. Ao mesmo tempo que pode surgir de forma completamente instrumental e carregar outro sentido: eu vou ganhar dinheiro com o estudo da filosofia? Ela também pode apresentar outra questão: para que eu usarei a filosofia em minha vida? Todos esses posicionamentos são relevantes e devem ser considerados.


Existe algo muito interessante na filosofia. A filosofia é inevitável. A filosofia é um saber de marca maior, visto que é um saber que se direciona a todas as coisas. Quando fazemos uma pergunta filosófica, fazemos uma pergunta sobre um determinado conhecimento. Ou seja, a filosofia é um saber sobre um saber. Quando entramos num questionamento sobre a filosofia, sobre a sua utilidade ou sobre a sua natureza, já estamos filosofando. Aí é que mora o perigo: a filosofia pode ser um processo que, na sua maioria das vezes, é inconsciente.


A filosofia é tão universalmente praticada que se esquecem que ela existe até mesmo quando a praticam. E isso faz com que esqueçamos que ela existe, pois ela habita o nosso inconsciente, pois estamos imersos na questão filosófica. O ser humano é, por natureza, um ser filosófico.


Entendermos a razão do mundo, entendermos o que essencialmente estamos buscando, essa é a razão filosófica. A filosofia é a busca de sentido. A busca por um sentido que antecede e justifica a ação que tomamos dentro do mundo. Sem filosofia, nada faz sentido. Tudo vira uma aparência na qual estamos imersos. A razão filosófica é sair das aparências.



domingo, 12 de janeiro de 2025

Acabo de ler "How Cultural Marxism Threatens the United States" de Mike e Katharine (lido em inglês/Parte 6 Final)


Nome:
How Cultural Marxism Threatens the United States—and How Americans Can Fight It 

Autores:
Mike Gonzalez;
Katharine C. Gorka.
 

O documento – bastante sucinto – é bem interessante. Antes mesmo do famoso "Project 2025", a Heritage Foundation já fundava as bases atuacionais da direita americana. De fato, as atuações da Heritage Foundation são bem interessantes e muito bem delineadas. É interessante a incrível capacidade da direita americana em comparação a direita nacional.

É um documento altamente estratégico. Fornece formas de organizações. Ensina principais pontos da atuação da esquerda no território americano – embora sua atuação seja semelhante nos países da América Latina e Europa –, ensina como combatê-los, dá um delineamento acerca de táticas e práticas institucionais para quebrar a esquerda na política. Deveras interessante. 

Creio que esse "Special Report" foi bastante interessante para compreender pontos basilares da política dos Estados Unidos da América. Recomendo a sua leitura, visto que a Heritage fornece questões essenciais para a condução política americana.

sábado, 11 de janeiro de 2025

Acabo de ler "How Cultural Marxism Threatens the United States" de Mike e Katharine (lido em inglês/Parte 5)

 



Nome:
How Cultural Marxism Threatens the United States—and How Americans Can Fight It 

Autores:
Mike Gonzalez;
Katharine C. Gorka.

O que forma os Estados Unidos enquanto nação? O que faz, o que dá forma, o que eleva, qual é, por fim, a identidade americana? O drama espiritual americano, aquilo que se esconde por trás de toda a sua formação sociohistórica, é a questão da liberdade. É a luta contínua pela questão da liberdade. Já que os americanos encaram a liberdade como pré-condição para o florescimento humano.

Dessa questão profundamente humana, mas exemplarmente dedicada aos Estados Unidos enquanto experiência nacional, buscam criar uma ordem política baseada no respeito ao autogoverno, na liberdade de fala, nos direitos individuais, no direito das minorias. Não porquê a ordem humana pode ser perfeita, mas porquê só a partir do autogoverno é possível corrigir e aperfeiçoar a ordem sociopolítica.

É pelo fato da humanidade estar sujeita a corrupção que o poder não pode ser concentrado. O poder concentrado leva ao aumento da abuso e a impossibilidade mesma de correção desse abuso de poder.

O que é essencial nos Estados Unidos não é uma raça, não é uma religião, não é um idioma, não é uma organização planejada. O essencial dos Estados Unidos é a liberdade. Ou, mais especificamente, a perseguição da ideia da liberdade através da história.

Acabo de ler "How Cultural Marxism Threatens the United States" de Mike e Katharine (lido em inglês/Parte 4)



Nome:
How Cultural Marxism Threatens the United States—and How Americans Can Fight It 



Autores:
Mike Gonzalez;
Katharine C. Gorka.

Estamos dentro de um cenário de guerra. Esse cenário de guerra não é marcado pelo uso de armas, visto que a maior arma utilizada não é a força. Essa guerra é caracteriza pelo poder das letras, pelo poder das falas, pelo poder das batidas do coração e pelo imaginário que se encontra na mente de cada humano que vive e respira.

A esquerda, dentro das universidades americanas, começou seu domínio pela formação dos alunos. Criou um ecossistema em que só os alunos que fossem ideologicamente correlacionados aos seus meios e fins poderiam ser promovidos. Em meio a isso, foi instituindo uma prática de perseguição e censura dentro dos campos universitários. Com o tempo, foi cerceando pessoas que tinham visões não-esquerdistas. O pleno domínio foi se efetuando a passos de tartaruga.

Com o tempo, quase todas as instituições, formadoras de visões sociais, foram sendo levadas para a esquerda por meio de uma tática de contra-hegemonia. Essa contra-hegemonia que foi se institucionalizando, pouco a pouco. Essa contra-hegemonia que foi se tornando hegemonia. Polícias da fala, prevenção contra alunos que não eram de esquerda, ensinamentos sobre uma visão que não era americana, mas anti-americana.

O que viria depois? Organizações sociais dedicadas a aumentar uma imigração massiva de pessoas com visões não-americana ao lado de uma visão anti-americana passada para cada criança, adolescente e adulto americano. Organizações sociais dedicadas a redistribuição de recursos, oportunidades e dinheiro com base em critérios de raça, gênero, sexualidade e nacionalidade. Substituição geral de todos os valores e fundamentos de cima para baixo. A criação de uma cultura do cancelamento para destruir qualquer possibilidade de debate.

O fundamento geral disso tudo é uma estratégia de uma consolidação de uma hegemonia que se constrói e de um poder que se consolida. Consolida-se para metamorfose. A metamorfose de uma nação para algo que é o exato oposto do que ela era. Não de forma democrática, mas por meio de uma estratégia complexa, sutil e perniciosa. 

quarta-feira, 8 de janeiro de 2025

Acabo de ler "El camino del libertario de Javier Milei" de Juan Fernando (lido em espanhol/Parte 2 FINAL)



Nome:

El camino del libertario de Javier Milei



Autor:

Juan Fernando Suazo Irachez

 

Como o artigo era muito pequeno, apresentando tão somente três páginas, resolvi fragmentar menos a análise do artigo. Não se preocupem, não pulei parte alguma e, como sempre, exporei o essencial.


Javier Milei, ao estudar economia, chegou a algumas conclusões:

1. As economias que possuem maior intervenção do estado crescem menos;

2. A não intervenção do estado na economia é melhor para a assignação de recursos;

3. A coerção sobre a propriedade atrapalha o desenvolvimento do país.


Outras conclusões se juntariam a essas, mas a principal é: o melhoramento, o crescimento econômico e o avance da economia de um país se devem a acumulação capitalista. Para tal, deve-se fortalecer os seguintes critérios:

  • Mercados Livres;
  • Propriedade Privada;
  • Competência;
  • Divisão de Trabalho;
  • Cooperação Social.

Para Javier Milei, o capitalismo não é economicamente favorável. O capitalismo também é ética e moralmente superior ao socialismo. Só no capitalismo o indivíduo poderia se desenvolver plenamente, visto que no socialismo o indivíduo não pode se superar. Tal razão é decorrente do sistema coletivista imposto em (alguns) países socialistas em que o fim coletivo está sempre acima do fim individual, onde todos se perdem numa pulsão gregária.

Acabo de ler "How Cultural Marxism Threatens the United States" de Mike e Katharine (lido em inglês/Parte 3)

 


Nome:

How Cultural Marxism Threatens the United States—and How Americans Can Fight It 


Autores:

Mike Gonzalez;

Katharine C. Gorka.


Os conservadores chamam de marxistas culturais aqueles que poderiam ser chamados de "New Left" ou, simplesmente, pós-marxistas. Poderíamos catalogar o marxismo cultural como uma reunião de táticas da guerra cultural impulsionadas por uma síntese de esquerda.


Uma das crenças básicas do marxismo é a separação da sociedade em diferentes categorias antagônicas. Algumas beneficiadas socialmente, outras que perdem seus recursos – que deveriam ser de direito – para grupos sociais mais privilegiados por causa da estrutura social. Se os marxistas clássicos dividiam a sociedade em trabalhadores e burgueses, os marxistas culturais dividem a sociedade por gênero, por sexualidade, por raça, por nacionalidade. Todas essas distintas catalogações servem como divisão para o trabalho revolucionário.


Para que os marxistas culturais consigam moldar a cultura, eles precisam destruir todos os traços da antiga cultura – que eles julgam pervasiva. Para tal, criam dois aparatos reguladores da atividade cultural:

1. Doutrinação em todos os meios de produção cultural;

2. Regulação da fala em todos os meios possíveis para cercear a possibilidade de discurso de visões alternativas de mundo.


É evidente que se comprovada ou admitida a existência de um marxismo cultural, cabe-se o entendimento lógico de que o marxismo cultural é um projeto de poder totalitário, de rigor tecnocrata e que ameaça qualquer possibilidade de uma sociedade livre por querer moldar toda a sociedade aos seus próprios critérios com base em doutrinação e censura. Não é uma crença, nem uma prática, que possa ser admitida ou tolerada dentro de uma sociedade livre, visto que é um veneno aos próprios critérios de liberdade.