sexta-feira, 13 de agosto de 2021

Terminei de ler "Fé Cristã, Razão e Secularismo: uma síntese do pensamento de Joseph Ratzinger"

    Terminei de ler "Fé Cristã, Razão e Secularismo: uma síntese do pensamento de Joseph Ratzinger" escrito por Heber Ramos Bertuci.


    A teologia que é o discurso sobre o divino é algo que sempre houve, houve até mesmo antes do surgimento do cristianismo, mas que é característica distinta da religião cristã devido a sua qualidade, quantidade e intensidade. O cristianismo desde o seu nascimento buscou a aproximação com a filosofia, sempre fusionando a mentalidade grega com a hebraica. Tal caldo cultural possibilitou o surgimento do discurso cristão enquanto tal. Apesar das constantes brigas e intrigas: o cristianismo é uma religião intelectual e sempre o foi. 


    Poder-se-ia dizer várias razões para se falar da intelectualidade cristã, mas deveríamos visar em primeiro lugar o básico. O que são as "religiões do livro"? São as três religiões abraâmicas: judaísmo, cristianismo e islamismo. Nessas religiões, só se é possível ser verdadeiramente fiel se se for alfabetizado. Decorre-se desse fato a necessidade de se alfabetizar para se religiosizar. Já que todas essas religiões requerem a leitura de seu livro religioso. Começa-se a partir daí o desenvolvimento intelectual cristão: o contato com a sua religião depende da leitura de um livro. Só que quem quer se tornar mais cristão, inserir-se-á num esforço erudito de leitura comparada acerca de sua religião. A meditação cristã é, também, caracterizadamente intelectual: lê-se e reflete. É por isso que as pessoas cursam teologia, estudam teólogos, leem comentaristas bíblicos, estudam história da Igreja, buscam entender a vida de grandes santos. 


    Os primeiros cristãos entregavam-se a apologética (defesa da fé) já de maneira intelectual. A própria noção de teologia cristã é assim dita: 

"Assim, a Fides et Ratio conceitua que a teologia no sentido cristão: trata-se da '... elaboração reflexiva e científica da compreensão da palavra divina à luz da fé...'". 

    O cristianismo nunca se furtou ao debate intelectual e sempre produziu grandes intelectuais. E a doutrina cristã sempre se ampliou e ainda se amplia em constante evolução intelectual.

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