quarta-feira, 10 de maio de 2023

Acabo de ler "El Diálogo de Civilizaciones" de Fidel Castro Ruz (lido em espanhol)

 



Em primeiro lugar, devo dizer que esse pequeno livro é, na verdade, a junção de dois discursos que foram proferidos por Fidel Castro em momentos diferentes. Um no ano de 1992 e outro no ano de 2005.


O conteúdo da primeira parte do livro, ou seja, do primeiro discurso também pode ser encontrado em outro livro que igualmente li, também em espanhol, recentemente: "Ecocidio, crimen capitalista". Esta obra também se trata duma transição de um discurso oral para um escrito, só que abordando duas falas (Hugo Cháves e Evo Morales) além da de Fidel Castro. A análise pode ser encontrada no blog, no Instagram ou no Facebook.


O que Fidel Castro pensa? Esta é uma das questões que mexe particularmente com latino-americanos, já que ele é uma figura histórica de importância primordial para o desempenho de nosso povo - e civilização - no século XX. Porém não abordarei, neste diminuto espaço, o fato da América Latina ser uma civilização e nem farei uma análise pormenorizada do quadro geopolítico do século XX.


Fidel foi um marxista-leninista, todavia teve um espaço muito maior e privilegiado para pensar e colocar em pauta as suas ideias. A primeira se deve ao fato de ter vivido no início do século XXI e a segunda ao fato de que tinha poder político em Cuba. Então pensamentos ecológicos e formas de guiar um país socialista, além dum bloco não inteiramente socialista que fizesse oposição aos Estados Unidos, são preocupações adicionais ao nortear seu pensamento e papel.


Neste livro, Fidel não fala duma organização socialista em confrontação aos Estados Unidos e a sua aliança imperialista. Fidel fala dum bloco de vários países distintos, cada qual com seu modelo político e econômico, fazendo frente às pressões imperiais americanos. Esta posição coloca-o, geopolítica e estrategicamente, muito próximo ao Dugin. E é importante delinear as suas últimas colocações a partir desse contexto e conjuntura.

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