terça-feira, 17 de setembro de 2024

Acabo de ler "Militância enquanto Convite ao Diálogo" de Dani Vas e Danilo (Parte 1)

 


Nome:

Militância enquanto Convite ao Diálogo: o Caso da Militância Monodissidente


Autores:

Dani Vas;

Danilo Silva Guimarães.


Em primeiro lugar se faz necessário compreender o que é monodissidência. A palavra "mono" se refere a um só. A militância bissexual, enquanto movimento político e social organizado, se refere a heterossexuais e homossexuais como "monossexuais" – atração por um único gênero. Já a ideia e/ou teoria de que só existe uma única forma de atração como "monossexismo". E o comportamento de apagar a existência de bissexuais como "monossexismo". É daí que vem a luta bissexual, ora direcionada aos heterossexuais, ora direcionada aos homossexuais. Um bissexual seria um "monodissidente", isto é, uma pessoa que está contra o padrão estabelecido de atração por um único gênero e todas as consequências disso.


A militância bissexual surge num momento histórico em que há a proliferação das doenças sexualmente transmissíveis. Nesse contexto, a maioria das pessoas homossexuais – lésbicas e gays – tomam uma ação de normatização, se assemelhando aos padrões de exigência de heterossexuais. Eles criavam a chamada cultura homonormativa, em que os padrões do mundo LGBT deveriam se enquadrar nos padrões do mundo heterossexual. Os bissexuais, em sua revolta, criam um avanço teórico da teoria queer: uma espécie de radicalização que iria contra os padrões de normatização.


O principal combate do movimento bissexual é contra à bifobia e ao monossexismo. O monossexismo é um sistema que privilegia, antes de tudo, pessoas monossexuais (heterossexuais e homossexuais). É claro que existe uma hierarquia nesse privilégio, heterossexuais estão no topo e homossexuais precisam se virar com a pouca soma de políticas públicas que conseguem adquirir. Depois disso, surge a invisibilidade bissexual e a negação visceral de pessoas transexuais.


A militância é um trabalho de transformação da realidade. A razão pela qual se quer uma transformação se dá pelo seguinte fato: a realidade é, muitas vezes, injusta. O mundo bissexual é marcado por uma impenetrável rede de exclusões, negações sistemáticas, vedações e defesas psicológicas em relação ao ambiente. A militância bissexual visa transformar o mundo num local mais aberto e livre a própria existência das pessoas bissexuais.

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