Pensar e estruturar o que um país deve cumprir para sanar seus problemas estruturais e adequar-se as novas regras globais que cobram uma postura determinada em seu agir é uma tarefa de difícil empreitada. Ainda mais quando o modelo político está sujeito a análise da população e aos olhos das outras nações do mundo.
Para este fim, Juan Domingos Perón trouxe um importante documento em que elenca diversos problemas e sugere, de modo bem global e consciencioso, resolucionar tais problemas. Não sem, é claro, trazer consigo mecanismos mergulhados na mais profunda dialogicidade das partes políticas que compõem a Argentina. O documento não visa um governo composto por elites, mas a unidade de todos os grupos que lá estão. Um verdadeiro governo que intercala conciliação de classes e autêntica governança unitária para o prol do povo.
Juan fala acerca da necessidade de união, de sólidos compromissos com as pautas comuns e universais. Propõe uma governança global não baseada na intimidação, mas no reconhecimento de cada nação em igualdade, liberdade e autodeterminação. Além de reconhecer que, na altura do campeonato, que o mundo está cada vez mais conectado entre si e que devemos achar mecanismos de utilização responsável dos recursos.
Documento este que, graças a inteligência e síntese do autor, envelheceu muito bem e ainda traz respostas para o tempo presente. Uma pena que suas pautas não tenham sido consideradas com a tenacidade que deveriam.
Certamente se nota, ao fim da leitura, que Perón era um estadista de grande estatura e que, atualmente, faz falta não só na Argentina, como também no debate latino-americano e mundial.
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